Da superioridade das empresas públicas sobre as privadas

Enquanto as empresas privadas com excesso de endividamento e falta de vendas são forçadas a fechas as empresas públicas demostram uma notável resiliência a estes “pequenos” problemas. Desde que consigam forçar os contribuintes a pagar a conta…

23 pensamentos sobre “Da superioridade das empresas públicas sobre as privadas

  1. António

    “Enquanto as empresas privadas com excesso de endividamento e falta de vendas são forçadas a fechas ”

    Olhando-se para BPN, BCP , BPI…isso não é verdade.

    E lembrando-nos da AIG, os outros mega bancos americanos e ingleses, a GM, a Crysler etc…as dividas das EP e PPP portuguesas são trocos…

    Infelizmente para a nossa dimensão é muito dinheiro. Mas se excluirmos os custos com encargos financeiros (juros das dividas) se calhar até já eram viávéis…pelo menos tão viáveis como pseudo privados (Fertagus) que só dão lucros po via de compensações” que o Estado transfere…

    Este país não tem soluções. E já nem sei se é só o nosso país.

  2. Miguel Noronha

    O BPN e o BPP foram nacionalizados. Nunca percebi porquê… E a partir daí passara a ser públicos e o prejuízo passou a ser pago pelos cobtribuintes.
    Quando ao dinheiro aos restantes bancos o dinheiro foi emprestado. E paga juros. Refira-se também que não sou apoiante desta medida.

    De referir que quem concede monopónios adminstrativos é o estado. Por si só os privados nunca o conseguiriam.

  3. Miguel Noronha

    “Mas se excluirmos os custos com encargos financeiros (juros das dividas) se calhar até já eram viávéis…pelo menos tão viáveis como pseudo privados (Fertagus) que só dão lucros po via de compensações” que o Estado transfere…”

    Muito bem. Provemos a sua tese.Deixemeos entáo de os subsidiar e vamos ver quem se aguenta.

  4. APC

    O António já vem defendendo esta tese em diversos posts, mas a realidade é que a maioria dos que por aqui escrevem e os simpatizantes que, como eu, vão seguindo e comentando, nunca defenderam nem defendem qualquer tipo de subsidiação ou patrocínio do estado para com privados, isso é precisamente ilustrativo do “crony capitalism” e a variável a mais é sempre o ESTADO, foram decisões do ESTADO as de injectar capital e impedir a falência de empresas que deviam efectivamente falir…

    Os Estados gostam de ter sol na eira e chuva no nabal, querem o controlo da economia, querem decidir a alocação de recursos e tirar o partido de mercados que monopolizam (os ditos, de interesse nacional ou que apoiam determinado “modelo social” e bla bla bla…), com isso nasce a promiscuidade que o António refere, e daí a necessidade premente de retirar totalmente o Estado e a sua influência sobre os mercados.

  5. António

    Miguel, qual é a solução? Aumentar os preços dos transportes públicos mais 50%, ou mais, para pagar os investimentos e juros das dividas….e as pessoas que já nem dinheiro para o carro e gasolina têm? Carros e gasolina que são péssimos para o defict externo (o nosso maior problema), que que ao baixarem essas importações drasticamente até permitiu reequilibrar esse defict…

    eu também não acho bem as más gestões e desperdícios e maus investimentos públicos, nem as “compensações” à Fertagus etc

    Mas qual a solução? Fechar o país de vez?

  6. Miguel Noronha

    “Miguel, qual é a solução? Aumentar os preços dos transportes públicos mais 50%, ou mais”
    Não sei se são 50%. Mas terá de ser o suficiente. E convém que melhorem a eficiência interna. Eu vendia as empresas ou concessionava o serviço a privados.

    ” as pessoas que já nem dinheiro para o carro e gasolina têm”
    E as pessoas que já nem têm dinheiro para pagar continuar a pagar estes prejuízos? E porquê por pessoas do Algave ou do Minho a financiar via impostos os transportes de Lisboa e Porto?

    “Mas qual a solução? Fechar o país de vez?”
    Fechar o que é inviável. Isso sim. Duvido que isso se aplique a tudo.

  7. tina

    A solução,como o Miguel apontou, é melhorar a eficiência através da privatização. Se ainda assim os custos forem incomportáveis para determinadas pessoas, então nessa altura poderia ser considerada a intervenção do Estado de uma forma em que apenas realmente os mais carenciados tivessem ajuda. Aplicar-se-ía igualmente à educação e à saúde.

  8. JS

    “… e o prejuízo” contabilístico “passou a ser pago pelos cobtribuintes.”
    Acresce que obviamente alguém ficou com o “lucro”.

  9. António

    os preços, desde há 1 ano, já foram substancialmente aumentados. Acha que é soportável aumentar 5 x , e para dobros e triplos? Isso ia fazer ainda menos gente andar de transportes colectivos, o que faria necessario aumentar ainda mais.

    Não responsabilizo este governo pela situação. E sei que é preciso combater mais investimentos e más gestões. provavlelmente alguns desses investimentso foram errados.

    Mas agora, paralisar o país, é a solução?

    E a retórica de que so privados são responsaveis está ultrapassadissima…foram os privados que votaram…e foram privados que absorveram biliões de fundos publicos…

  10. Miguel Noronha

    “Mas agora, paralisar o país, é a solução?”
    O problema é que não podemos nem temos dinheiro para continuar a sustentar essas situações. Dantes iamos contraindo dívidas para adiar o problema. Agora já não temos quem nos empreste o dinheiro.

  11. Miguel Noronha

    “…altura poderia ser considerada a intervenção do Estado de uma forma em que apenas realmente os mais carenciados tivessem ajuda”
    Aparte outras considerações seria melhor subsidiar-se directamente os utentes que criar empresas públicas.

  12. António

    João Miranda,

    Se não excluirmos a parte de subsídios estatais a fundo perdido que os privados receberam para investimentos gostava de saber se muitos desses privados sequer tinha chegado a abrir.

    A questão é: a exploração corrente não é tão deficitária. O investimento inicial, e os juros dessas dividas é que sobrecarregam tudo.

  13. Miguel Noronha

    “O investimento inicial, e os juros dessas dividas é que sobrecarregam tudo.”
    E porque razão devemos desconsiderá-los nas análises económicas?

  14. António

    Não devemos desconsiderar…

    Como não podemos esquecer que as privadas recebem milhões e milhões em subsidios variados, mais milhões e milhões em negócios com o Estado, e inclusivamente são salvas pelo contribuinte quando fazem disparates…

    a questão que está aqui é a da comparação.

  15. Paulo Pereira

    A exploração dos transportes públicos ferroviários pode ser feita por concessões , mantendo as linhas no estado.

    No metro do Porto é assim e funciona bem.

    O investimento ferroviário é estratégico para um país , porque diminui a depencia do petroleo e melhora a balança comercial.

    Os prejuizos dos serviços públicos devem ser calculados sob o ponto de vista macroeconomico e não microeconómico, senão nunca se teriam construido estradas , ou escola ou hospitais, ou não teriamos defesa, nem justiça, nem administração interna.

  16. Miguel Noronha

    “Como não podemos esquecer que as privadas recebem milhões e milhões em subsidios variados”
    Algumas rececem, outras não. Mas se a ideia é vermos que é que se aguenta sozinho não há razão para os desconsiderar. E convém não esquecer que o investimento tem de ser reposto pelo que um simples “break even” operacional pode não ser suficiente.

  17. lucklucky

    “No metro do Porto é assim e funciona bem.”

    Hahah.

    “Mas qual a solução? Fechar o país de vez?”

    Preços falsos levam a decisões erradas das pessoas.

    “Não devemos desconsiderar…

    Como não podemos esquecer que as privadas recebem milhões e milhões em subsidios variados, mais milhões e milhões em negócios com o Estado, e inclusivamente são salvas pelo contribuinte quando fazem disparates…”

    É a ideologia deste regime que defende a promiscuidade entre Estado e Privados. Você julga que a Escola Publica existe porquê, porque não há separação publico e privado.
    Se o Estado não corrompesse o privado para alimentar a dependência teríamos uma sociedade muito mais livre e independente como consequência o Ensino Publico com uma única ideologia nem seria aceite…

  18. Pisca

    Fertagus, gestão perfeita, lucros de exploração garantidos graças à visão estratégica e saber dirigir

    Incluindo é claro, material circulante da CP mais uns pozes compensatórios para ajustar a coisa

    Simples e claro

  19. Pisca

    Tal como isto:

    A Fertagus, operadora do comboio da ponte 25 de Abril, entregou 33,4 milhões de euros em dividendos aos seus accionistas desde 2005. Parte deste montante são verbas dos contribuintes entregues pelo Estado à concessionária sob a forma de indemnizações compensatórias, segundo a auditoria do Tribunal de Contas (TC) à concessão, hoje divulgada.
    «Os dividendos pagos aos accionistas em função dos resultados do ano anterior totalizaram 33,4 milhões de euros. Este valor ocorreu, também, porque o concedente entre 2005 e 2010 pagou à concessionária indemnizações compensatórias no montante de 102,8 milhões de euros», lê-se no documento do TC.

    Os 102,8 milhões de euros entregues pelo Estado à empresa do Grupo Barraqueiro cobriu os prejuízos operacionais e ainda contribuiu para a Fertagus registar lucros acumulados de 57 milhões de euros.

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