É extremente curiosa (para não dizer, incosistente) a posição de António José Seguro quanto ao previsível não cumprimento do objectivo do défice orçamental para este ano. Ao mesmo tempo que critica o governo por falhar o objectivo critica o “excesso” de austeridade e declara-se indisponível para aprovar medidas suplmentares.
Um governo socialistas teria falhado por mais, subentede-se. Provavelmente o que ele acha criticável é a “reduzida” dimensão da “derrapagem”.
E que tal exercitar um pouco a memória e constatar que essa posição de intransigência em apoiar medidas suplementares de austeridade foi justamente a posição tomada por Passos Coelho para empurrar o governo de Sócrates para a demissão e assim convocar eleições antecipadas? Com ferro mata, com ferro morre.