“Está por provar que o sector privado tenha mais eficiência que o sector público” (3)

11 pensamentos sobre ““Está por provar que o sector privado tenha mais eficiência que o sector público” (3)

  1. Pingback: A magia dos números – Aventar

  2. Joel

    É interessante como as escolas privadas produzem resultados tão díspares entre a média da nota interna e a média dos resultados dos exames nacionais. Os papás comprarem as notas dos filhos também conta como vantagem para os privados?

    E seria interessante também compararem outros factores, como origens socio-económicas e recursos investidos pelas famílias no acompanhamento dos estudos, como explicações e gabinetes de estudo.

  3. Se nos últimos lugares se encontrarem outras privadas, não deita por terra o argumento contrário ao da ministra, caro Ala que se faz tarde. Entre os privados há sempre bons e maus, e os maus vão à falência e são substituídos por outros, melhores ou piores — isso depois vê-se. Mas os bons ficam, e sabe-se que são bons porque sobreviveram à exigência dos clientes.
    O público não sofre selecção; funciona em monopólio e com financiamento externo à actividade. Ou seja, uma eventual ineficácia, ou incompetência, subsiste porque não é saneada do sistema através da escolha de quem consome o produto.

  4. Impressionante como vêem a educação como se fosse um produto, aplicando-a as velhas e serôdias máximas do capitalismo do séc XIX. Por vezes penso, que raio de sub-produto humano é este. Chiça!

  5. Ignora variáveis como a classe sócio-económica dos alunos. A quase totalidade dos estudantes destes colégios provém de famílias folgadas economicamente, que podem dar aos filhos educação extra porque têm recursos para isso. (O que distorce gravemente a chamada igualdade de oportunidades, mas isso é outra história).

  6. Carlos Guimarães Pinto

    Henrique, essa teoria não explica porque é que os pais desses alunos de alta classe sócio-económica escolhem colocar os seus filhos nessas escolas privadas. Será por serem melhores?

  7. Carlos Duarte

    Caro CGP,

    Absolutamente. Tenho os meus dois filhos em escolas privadas porque considero que terão melhor educação. E isto porquê? Porque não existindo segmentação na escola pública e dado a zona onde moro, iriam acabar numa escola onde – dada a política de nivelamento por baixo – arriscavam a não serem devidamente “puxados” pelos professores.

    Ou deixe-me reformular, não estão na privada porque os professores sejam melhores ou o ensino “em si” seja melhor. Estão porque, sendo as turmas mais homogéneas em termos intelectuais, tenho esperança que o nivelamento se faça pela média (ou mesmo por cima, mas duvido…) o que puxará por eles. E, obviamente, tenho a vantagem de poder “votar com os pés” e mudá-los de escola.

  8. Jaime

    Carlos Guimarães Pinto,

    As notas inflacionadas que são dadas pelas escolas privadas, patentes no diferencial entre nota atribuida pela escola e obtida nos exames nacionais, indicam claramente o motivo que leva a que alguns pais prefiram pagar para ter os filhos nessas escolas de facilitismo. Afinal, numa altura onde uma décima é a diferença entre entrar em cursos de sucesso garantido, como medicina, e cursos onde há competição no mercado de trabalho, naturalmente que compensa pagar a factura para garantir esse pequeno empurrão aos seus rebentos.

    Chamem-lhe uma maior eficiência do sector privado, se quiserem.

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