Ainda a RPP Solar

Isto está a ficar cada vez mais interessante. Uma notícia publicada n’O Mirante de 20/06/2011:

A maioria socialista no executivo da Câmara Municipal de Abrantes chumbou uma proposta dos vereadores do PSD que visava a remessa do processo referente ao projecto da RPP Solar para o Ministério Público. Os autarcas da oposição fundamentavam a proposta alegando que “face a todas as incongruências que o processo da RPP Solar encerra e tem suscitado, não podemos correr o risco de que, a existir algum ilícito, o mesmo também venha a prescrever”.

Em causa está, designadamente, o contrato de compra e venda do terreno onde está previsto implantar o complexo industrial, que foi adquirido pela autarquia por um milhão de euros e vendido no mesmo dia ao empresário Alexandre Alves por 100 mil euros. O PSD considera que a autarquia não acautelou os seus interesses ao não impor taxativamente no protocolo, firmado no anterior mandato, a possibilidade de reversão do terreno caso o projecto não se concretize.

Recordo este trecho da Público de ontem:

Isto depois de ter adquirido em 2009, por apenas 100.000 euros, os terrenos de 82 hectares destinados ao complexo fabril pelos quais a câmara municipal tinha pago no total um milhão de euros, indicava o Correio da Manhã alguns meses depois. Em 2009, à frente da câmara estava o socialista Nélson Carvalho, que em Julho de 2010 foi contratado como director de formação e projectos especiais da própria RPP Solar

LEITURAS COMPLEMENTARES: E assim se vai mais um “projecto mobilizador” da governação socialista; Alexandre Alves, o “barão vermelho” e a RPP Solar

8 pensamentos sobre “Ainda a RPP Solar

  1. jose mota

    farto-me de rir quando oiço os xuxas a falarem do capitalismo versos xuxialismo. Eles implementaram o capitalismo xuxa de estado e não querem outra coisa…percebe-se porquê, aquilo é que foi enriquecer em poucos anos….

  2. Luis António

    Daqui o escandaloso dossier da RPP solar coligido pelos vereadores http://amarabrantes.blogs.sapo.pt/2087.html
    Uma câmara socratrina no seu melhor.

    Perguntas feitas

    (1) Quem foi/foram os técnicos responsáveis por parte do município pela redacção do contrato com a RPP Solar?

    (2) Por que razão não constou da escritura a habitual cláusula de reversão? Ou seja, quem é ou são os responsáveis pela sua exclusão ou a sua não inclusão?

    (3) O número, a data de emissão e a validade da licença de construção?

    (4) Se a putativa garantia bancária enviada por fax e em inglês no última dia do prazo e que fundamentou a proposta da senhora presidente, na reunião de 15 de Setembro, para que fosse concedido um novo prazo de 60 dias, é ou não uma verdadeira garantia bancária? E, caso não seja, é o quê?

    (5) Se a garantia é “on first demand” e qual o seu valor?

    (6) Qual a entidade emitente da garantia e, sendo esta estrangeira, se tem cá representante?

    (7) Por que razão não se executa a garantia bancária?

    . (8) Finalmente, se já foi aberto o processo de inquérito interno para apuramento de responsabilidades?

    É claro que não havia garantia nenhuma….

  3. Pisca

    Esta coisa tem algo a ver com um Mega Projecto que o Sr.Silva da Coelha foi benzer em tempos alí para os lados de Odemira ? Com fotografia ao lado do Principe ou Duque uma coisa assim que ia produzir fruta às pázadas ?

  4. Pingback: A RPP Solar e as energias renováveis: um caso exemplar da acção do Estado estratega e empreendedor « O Insurgente

  5. Pingback: Intervenções dos vereadores eleitos pelo PSD sobre a RPP Solar « O Insurgente

  6. Rantanplan, o FDP

    A energia solar atravessa momentos difíceis. Têm fechado várias fábricas na Alemanha e há não mais de duas semanas foi noticiado na impressa nacional que fechou uma fábrica nos states que tinha custado 20 milhões. A energia solar tem sobrevivido graças a BRUTAIS subsídios públicos. Infelizmente sou suficientemente estúpido, como só o Rantanplan o sabe ser, para não ter aproveitado os subsidios à produção doméstica de energia eléctrica a partir da solar. O kW.h chegava a ser pago a 60 cêntimos quando a nossa compra à EDP rondava, grosso modo, os 10 cêntimos.

  7. Pingback: Um cidadão livre « O Insurgente

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