Como o Post do Miguel aponta – e bem – existem vozes que consideram que ir de Férias é um Direito. Felizmente a Crise ofereceu o travão para as megalomanias consumistas de uns tantos, antes – mas não muito – que algumas vozes mais solidárias passassem a considerar o ir ao Sudoeste beber uns finos como um Direito Inalienável. Mas o mais grave factor desta questão nem é a pretensão de alguns em banalizar a questão dos Direitos, mas sim o austismo da Esquerda ao manter propostas do género perante uma Crise que, não nos esqueçamos, começou precisamente por, tanto os privados como o Estado, gastarem o que não tinham. Nem iam ter.
Inicialmente achei que fosse uma confusão entre “direito a ter férias” e “direito a ir de férias”, em que o primeiro pode ser interpretado, de facto, como um direito para quem trabalha, que aliás está consagrado na Constituição.
Mas depois olhei para cima e vi arrastao.org e percebi que era mesmo propositado. É mesmo a ir. Oh dear.
vouchers não, um Sistema Nacional de Férias, com Campos de Férias com acesso gratuito a todos os cidadãos moradores em determinadas circunscrições do país.
A mesma esquerda que negou de modo pertpétuo o direito a ter férias para quem trabalha a recibos verdes, vem agora falar em férias para quem tudo tem garantido e mais um par de botas.
Graças a essa gente, quem trabalha a recibos verdes dificilmente poderá voltar a parar uns dias para descanso – onde não ganha nada – sem faltar o dinheiro para pagar as contribuições esmagadoras que a esquerda permitiu… aparentemente a troco de aliviar as contribuições dos seus próprios sindicalizados.
Teorias têm eles… desde que protejam quem já tudo tem.
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“megalomanias consumistas de uns tantos” exemplo = ir ao Sudoeste beber uns finos.
Pobrezinha de espírito esta direitinha lusita
Onde é que já chegámos!? Quererem comparar os direitos de quem tem dinheiro com os direitos de quem trabalha!
Até o Salazar se arrependeu logo de ter criado em 1935 a FNAT e os centros de férias para cumprir uma recomendação da OIT de “1924”…