Curva de Laffer – ponto M

O sucessivo aumento da carga fiscal promovido pelos ultra-hiper-neo-liberais que actualmente ocupam o Governo aliado a uma evolução da receita fiscal desapontante trouxeram para o debate a curva de Laffer (explicada aqui). Na altura em que o André colocou estes videos julgava eu que tinha percebido os pontos principais na curva de Laffer ilustrados nos gráficos apresentados nesse video. Acontece que, pouco depois de ter visto esta apresentação, o ultra-hiper-neo-liberal Pedro Passos Coelho por se ver incapaz de reduzir a despesa do Estado ameaçou criar um imposto adicional sobre 2/14 do rendimento anual dos portugueses.

Compreendi então nessa altura que o ponto C na curva de Laffer apresentada (onde o imposto equivale a 100% do que se produz) é irrelevante uma vez que algures entre os pontos B (equivalente à maximização da receita fiscal) e C existe o ponto M. Não conhecem o ponto M? Bom… o ponto M é aquele ponto da curva de Laffer em que os súbditos da nação, fartos da roubalheira, decidem dizer “basta” e mandar o Estado à M(****). Quando se chega a este ponto (o M) os dados históricos apontam para uma descida acentuada na produtividade do sector privado que é no entanto compensada por um aumento significativo da criatividade dos contribuintes que, de um momento para o outro, decidem adicionar às manifestações adereços como alcatrão, penas e até uma guilhotina ou outra. Uma característica muito importante das manifestações pós ponto M é que os contribuintes fazem questão que esteja sempre presente pelo menos um membro do Governo para que eles possam exprimir toda a sua criatividade.

Sem dúvida os próximos tempos parecem ser de extrema importância para os economistas que terão por esta europa fora recheada de governos ultra-hiper-mega-neo-liberais oportunidades distintas para verem as políticas socialistas neo-liberais a originarem [pontos] M por todo o lado.

4 pensamentos sobre “Curva de Laffer – ponto M

  1. ricardo saramago

    Aqui chegados, já não há votos nem acordãos, nem discursos, nem confiscos, que façam aparecer dinheiro.
    Não há partidos, nem deputados, nem presidentes, nem manifestações, nem greves.´
    Só há a bancarrota do regime do 25A.
    A malta, sem emprego e sem meios para manter o estilo de vida a que se julga com direito, costuma ficar com mau feitio e “partir para a ignorância”.
    Afinal quem disse que Portugal não é como a Grécia?

  2. Paulo Pereira

    Muito bem !

    Este governo está a destruir o sector privado com aumento de impostos em vez de reduzir a complexidade e o despesismo do sector publico .

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