Conforme já tive oportunidade de referir nestes dois textos, a crise na imprensa escrita, deve-se ao acesso cada vez mais fácil e barato à informação online, mas também à incapacidade dos jornais (em formato papel) se adaptarem.
Estes continuam a apostar na informação fácil e insignificante que pouco trabalho dá. Na mera transcrição de notícias vindas de outros locais. Para quê comprar um jornal que me diz o que já é divulgado, e constantemente actualizado, na internet? E se a imprensa diária pouco mais é que isso, a semanal não passa da repetição de reportagens (como faz a Visão e a Sábado) que vão sendo adaptadas para não serem totalmente iguais. Ou, como o Expresso, um bom meio de se saberem os mexericos de Lisboa. O disse que disse. Algo caro para comprar todos os Sábados, porque sem qualquer mais-valia.
Não sei como vai ser o futuro da imprensa escrita, mas julgo que como está, não será com certeza. Talvez devesse ser feita uma aposta em publicações menos generalistas, mais cuidadas, trabalhadas e dirigidas a públicos alvos. Publicações com menor periodicidade, boas reportagens e artigos de opinião, a par de uma edição online diariamente actualizada, essa sim noticiosa, que permitisse uma boa interligação com e entre os leitores. Talvez seja esse o futuro. Uma coisa é certa: se há dois anos já tinha trocado a compra de jornais pela sua leitura online e pela subscrição de revistas estrangeiras (que sendo em papel, tratam temas da forma que me interessam), essa decisão foi-se mantendo até hoje e é para continuar.
Imprensa portuguesa escrita só para levar para a praia e olha lá…
“Talvez devesse ser feita uma aposta em publicações menos generalistas, mais cuidadas, trabalhadas e dirigidas a públicos alvos. Publicações com menor periodicidade, boas reportagens e artigos de opinião, a par de uma edição online diariamente actualizada, essa sim noticiosa, que permitisse uma boa interligação com e entre os leitores”
André,
Excelente post. Partilho da análise.
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