Conservative MEP Martin Callanan (…) has repeatedly criticised bank bailouts as wasting taxpayers’ money and talked in favour of eurozone exits for some countries. According to Callanan, the alternative strategy is for the eurozone to reduce in size so that some countries have the ability to devalue their way back to relative competitiveness.
Durão Barroso não terá gostado das sugestões de eurodeputado britânico que acusou de estar a “deliciar-se com as dificuldades do euro. Acusou-o ainda de ser “divisivo” e de minar o “consenso” (!!!) sobre a necessidade de fortalecimento da zona euro que (jura) engloba também os países dela excluidos.
Um dia?
Não só ignoram a realidade como querem persistir no erro. A Islândia também foi à falência, teve de pedir assistência externa, esteve dois anos em recessão e o desemprego chegou aos 14%.
Mas em 2011 teve um crescimento do PIB de 2.5% prevendo-se novo crescimento de 2,5% para 2012, o triplo da União Europeia. O Desemprego caiu dos 14% para os 6%, abaixo dos actuais 9.9% da zona Euro.
Será que eles conseguiam o mesmo se estivessem dentro do Euro?
A Islândia era um país rico antes da crise. Não tem comparação alguma com o caso português ou grego. O Estado islandês tinha as contas em ordem e as exportações representavam 50% da economia islandesa. Os fundamentais estavam lá. É muito diferente de países pobres em capital humano e em instituições, como Portugal, por isso a recuperação da Islândia será muito mais “rápida”.
Lionheart, eu não fiz qualquer comparação com Portugal ou Grécia. Não vê, no meu post, qualquer referência a ambos os paises. A comparação foi feita por si.
A minha questão é se a recuperação da Islândia teria sido tão rápida caso não tivessem uma moeda própria e fizessem parte do Euro.
A nossa recuperação será sempre mais penosa, dentro ou fora do Euro.
A Islândia contou com a preciosa solidariedade escandinava, por isso já não pensa em aderir à UE para entrar para o Euro (o que era tido como uma inevitabilidade há dois ou três anos). O comportamento dos credores abriu os olhos aos islandeses e arrefeceu o entusiasmo europeísta (por não pertecencer ao Euro a Islândia teve mais margem de manobra que a Irlanda), além de que a ajuda dos vizinhos lhes garante viabilidade fora da UE. Era óptimo que Portugal pertencesse a esse “clube”, porque assim teria bem mais escolhas…
“A nossa recuperação será sempre mais penosa, dentro ou fora do Euro”
A nossa recuperação será mais penosa, é verdade, porque temos problemas estruturais e tranversais em toda a nossa economia. Mas fora do Euro teriamos, forçosamente, de fazer as tão necessárias reformas. Acabaria o crédito e a economia subsidiada o que obrigaria o estado a diminuir a sua dimensão e a concentrar toda a sua atenção em serviços prioritários (Justiça, Saúde, Administração Interna, etc). Com uma moeda mais competitiva (Escudo) as nossas empresas tornar-se-iam mais competitivas, exportando mais e necessitando de mais mão de obra, o que levaria a uma diminuição do desemprego e a um aumento das receitas enquanto as importações diminuiriam. Talvez até podessemos contar com a “solidariedade” de outros países, como o Brasil ou Angola.
O grande problema seria o preço, a curto prazo, desse ajustamento e a enorme dívida em Euros. Mas penso que a médio e longo prazo seriamos beneficiados. Dentro do Euro apenas constato que o problema se arrasta sem solução à vista e, na minha opinião, seria melhor negociarmos uma saída agora do que sermos forçados a sair.