Não era preciso ser genial para prever que o aumento pornográfico da carga fiscal levado a cabo por este Governo levaria a uma quebra da receita – que julgo que se vá agravar. Gostaria de saber duas coisas. Se os Papagaios Laranjinhas e Azuis de serviço vão pedir a demissão do senhor, como faziam sempre que Teixeira dos Santos via derrapar as contas. E quando é que este indivíduo apresenta a sua demissão.
Para mim é simples:
– Aumento de Impostos = Redução da Receita Fiscal (já passamos o máximo de Laffer…)
– Redução de Despesa é adiada sem motivos (renegociação das PPP, Pagamento de dívidas do BPN, …)
– Ministro das Finanças que não controle contas é como faca que não corta e pode ter o mesmo destino
Ainda bem que concordas. De facto, o senhor até pode saber muito de finanças, mas o que me interessa são resultados práticos.
Não, não, Vítor Gaspar é muito bom técnico e isto e aquilo… tal como Teixeira dos Santos, que Gaspar quis recomepensar.
Sim. E quem chamamos para o lugar?
Carlos Moedas? O eterno António Borges? Há várias possibilidades…
Até Miguel Frasquilho…
Eu votava no AAA para as finanças .
Ter economistas nas finanças raramente funciona ( nao me lembro de nenhum caso excepto o Ernani Lopes)
Parece-me que a liberdade de qualquer que seja o Min Fin seja muito limitada. O problema esta acima, ao nível da estratégia para resolver = cortar a serio nos gastos do estado. O Min Fin nao tem autonomia sem uma grande cobertura politica.
Passos Coelho é que tem que se demitir, não é o Vitor Gaspar !!
Passos Coelho é um incompetente…e cegueta! como você bem diz, estava à vista de todos..
para ministro das finanças, só vale a pena ter uma pessoa que defenda a saida de Portugal da zona euro e prepare Portugal para o impacto…é claro que tal pessoa teria que ser igualmente o chefe do executivo, outro perfil para o cargo era, como Vitor Gaspar o foi, uma perca de tempo…Passos, demite-te!!
e que defenda o protecionismo económico…
Engraçado, tantos liberais a queixar-se de uma execução orçamental em que o Estado cobrou menos impostos e cortou mais despesa que o esperado.
.
Tenho alguma dificuldade em perceber a vossa teoria para explicar como é que um aumento de taxas pode levar a uma descida da receita. É que nenhuma teoria imaginavel é consistente com a realidade portuguesa. Na realidade portuguesa, a poupança aumentou, o consumo caiu (como era desejável que caísse), os bancos e as empresas estão a desalavancar, o crédito sumiu, o PIB do 1º trimestre caiu menos que o esperado, as importações desceram e as exportarções aumentaram. A ideia de que o Estado teve menos receitas porque aumentou as taxas nem sequer pode ser testado uma vez que não estamos num mundo ceteris paribus. Mas mais importante que isso, existem 2 candidatos melhores à explicação: queda do crédito e implosão da procura pública.
Cada vez mais sinto este governo é um remake -substituindo prodigalidade por austeridade – do horrendo modus operandi de Guterres, que tantos danos causou. Ambos conseguem passar completamente ao lado de reformas prementes, numa altura crucial para o país. Há aqui uma falta de vontade e sentido de estado cada vez mais evidente. E não foi por falta de aviso da troika- que insistiu nas reformas e na redução e justiça da TSU: é deliberado.
A comparação com os governos de Guterres é que não tem pés nem cabeça
A comparação com os governos de Guterres é que não tem pés nem cabeça
Eu concordo com o Je. Não há vontade de mudar. Os políticos continuam a pensar que o sistema (que lhes é abundantemente generoso) é viável tal como está. Nunca o mudarão voluntariamente.
Coitado do Gaspar. A luta de um homem contra o nosso gigante Adamastor. A fome do monstro não cessa. Não lhe interessa que esteja a consumir mais do que os recursos lhe permitem. O monstro não liga a números. O Gaspar tentou-o acalmar com mais impostos mas o monstro apenas cresceu e, agora, necessita de mais. Se o seu desejo não for cumprido ele cairá mas, garante, levar-nos-á a todos com ele.
A diminuição da despesa pública é o nosso Cabo das Tormentas do século XXI e, infelizmente, temos falta de bons timoneiros.
Só quando nos cortarem o crédito de vez é que a coisa começa a mudar e vai ser uma peregrinação a Santa Comba…
joão miranda, o abrantes laranja
A velha questão será… substituí-lo por quem?
O problema é o de mudar apenas (e pouco) o discurso. A praxis mantém-se.
É a nossa sina: passamos a vida a trocar a merda dos socialistas por uns socialistas de merda. E vice-versa.
Isso explica como chegámos ao estado actual e como dele não saímos.
Algum mérito que haja da acção deste governo podemos agradecer ao chicote da troika. O além desta é conversa para boi dormir.
O Gaspar foi nomeado pela troika não pelo Coelho e &.
Agora a troika pediu para fazer os cortes em 2/3 na despesa e 1/3 na receita e isso é que não foi cumprido…
“Engraçado, tantos liberais a queixar-se de uma execução orçamental em que o Estado cobrou menos impostos e cortou mais despesa que o esperado.”
Engraçado é esta frase. Se todos ganharem o salário mínimo então a colecta de IRS desce a pique para Zero. Acha que isso seria produto de algum ideal liberal?
lucklucky,
.
Os dados conhecidos indicam que no 1º trimestre os impostos caíram mais que o PIB. Porquê? Entre outras razões porque a poupança está a aumentar:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=565373
Redução do consumo e aumento da poupança faz descer a colecta de impostos.
A poupança está a aumentar e o investimento da diminuir porque o governo assusta as pessoas e as empresas com a lengalenga da austeridade sem fim.
Deste modo a divida é impagável. Só com crescimento económico é que a divida é pagável.
joao miranda, então o governo para que fim é que aumentou os impostos? para aumentar a receita ou para incentivar o corte de despesa? é que daqui so ha 2 maneiras: receitas, baixas, logo o corte da despesa terá que ser muito maior, uma vez que para atingirmos 4 temos omar 2 +2.Se a despesa se mantiver, espero que tenha a noçaõ que o cumprimento do memorando está em risco
««A poupança está a aumentar e o investimento da diminuir porque»
.
Porque a economia portuguesa está a pagar dívidas. Poupança vai para tapar buracos.
««joao miranda, então o governo para que fim é que aumentou os impostos?»»
.
Porque ceteris paribus a receita aumenta.
.
O cuimprimento do memorando está em risco, como sempre esteve. Não se corta 3,5% de PIB ao défice sem riscos.
joao miranda, como é que pode aumentar a receita.Mais: como é que voce ainda se atreve a dizer que aumenta a receitas, quando ainda há pouco voce disse que devido á retracção da procura as receitas baixaram?
joao miranda: então se sabe isso, sabe que cumprir o memorando nos acutais termos, é uma tarefa quase impossivel, e que portanto podemos não conseguir cumpri-lo.Quando é um risco pode dar para uma margem, mas pode dar para a outra
joao: como voce sabe e já o disse,a procura reagiu a amento da fiscalidade.Isto é: o preço da oferta aumentou, a procura diminuiu.Logo como é que tudo podia-se manter constante? o ministro errou nas suas opções.Temos que assumir isso e seguir em frente
««joao miranda, como é que pode aumentar a receita.Mais: como é que voce ainda se atreve a dizer que aumenta a receitas, quando ainda há pouco voce disse que devido á retracção da procura as receitas baixaram?»»
.
A procura baixou. Isso não prova que aumentar impostos fez baixar a procura. Os principais factores que levaram à descida da procura são outros.
««joao: como voce sabe e já o disse,a procura reagiu a amento da fiscalidade.»»
.
Isso é falso. A procura desceu essencialmente porque o crédito acabou e o Estado está a cortar no défice. Quando o Estado corta no défice a procura pública cai.
««o ministro errou nas suas opções.»»
.
A partir do momento em que o ministro optou por cortar 3,5% do PIB ao défice o destino da procura estava traçado. Tinha que descer. Isso nada tem a ver com impostos.
foram outros factores, ou seja o fim do credito coincidiu exatamente com o aumento da fiscalidade da parte do ministro. mas a verdade é que num cenário de pouca disponibilidade financeira da procura ,a oferta tem de se ajustar a esta, mantendo ou baixando o preço.Ora, ao aumentar a fiscalidade sobre os produtos, as pessoas passaram a poupar mais, protegendo o pouco que tinham,comprando menos,e no caso da directa, bem esta desincentiva o investimento e a manutenção das empresas.
De qualquer forma joão miranda, não nos centremos na causa.Afinal de contas, o que foi feito está feito e não se pode voltar atrás para reescrever a história, seja qual foram os motivos, só estando nas nossas capacidades, resolver o que foi criado.Ora a verdade é que a procura fosse porque fosse, diminuiu, diminuindo assim as receitas.Como é que se vai a partir de agora fazer com que se atinga a meta orçamental diga-me? Nos actuais moldes, só conclui que o governo tem que descer muito mais a despesa a partir de agora.
joão, mas assim o governo quis o sol na eira e a chuva no nabal.A fiscalidade sim que está indexada ao comportamento da procura.É verdade que acabou o credito que este nos tempos aureos, era um trunfo que as pessoas tinham, mas é preciso dizer que a tendencia do credito vai na direcção contrario da fiscalidade.Eu percebo o seu raciocinio: ao manter-se o credito e o rendimento das pessoas, a procura assim suportaria o aumento da oferta.Mas as pessoas deixaram de ter o credito para suportar a fiscalidade, logo deixaram de suportar esta, logo assim a procura diminuiu sim, logo assim as receitas baixaram.
Sintetizando: Aumento de Impostos + Manutenção/aumento credito= Manutenção das receitas
Aumentos de impostos de Impostos+Redução ou fim rendimento credito= Redução das receitas.
O que nos leva a concluir que num cenario de baixamento de crédito, a fiscalidade passou a gerar efeitos,ou por outras palavras, que na ausencia do credito, só a manutençaõ/diminuicao é que podia fazer com que as receitas aumentassem.Isso ou o aumento de rendimento das pessoas
««Nos actuais moldes, só conclui que o governo tem que descer muito mais a despesa a partir de agora.»»
.
É uma opção, Se optar por cortar na despesa a receita baixa porque o consumo baixa. Depois vocês vão dizer o quê? A única forma de o consumo não baixar é aumentando o défice.
rr,
.
Se cortar no défice de 8% para 4,5% o consumo cai e a receita também.
“É uma opção, Se optar por cortar na despesa a receita baixa porque o consumo baixa” Em que medida é que o efeito seria o mesmo?
Mas mesmo que tenha os mesmo efeitos, é outra coisa: a despesa não é um ganho, é um gasto, e o rendimento é uma coisa e a despesa onde se aplica o rendimento é outra.Se voce descer os encargos, logo são menos encargos que o estado tem, logo é menos despesas que ele tem para suportar.Simples
Menos receita, menos consumo.Mas o défice continua para ser eliminado.Se descer as receitas,e mantiver as despesas no mesmo nivel, logo o défice mantém-se.Se as despesas descerem, logo mais se encurta o nivel de défice.É uma questão de matemática
“Os dados conhecidos indicam que no 1º trimestre os impostos caíram mais que o PIB. Porquê? Entre outras razões porque a poupança está a aumentar:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=565373
Redução do consumo e aumento da poupança faz descer a colecta de impostos.”
Esqueceu-se de incluir o défice. Se o dinheiro da poupança só foi possível com o défice então não é poupança.
Só gostava de saber se o Ricardo e todos os outros se demitem cada vez que as coisas no trabalho não correm como esperado…