À semelhança do que fez Reagan nos início dos anos 80, faz algum sentido decretar a requisição civil dos controladores areos. Justificar-se-ia até que fosse aprovada legislação que impedisse ou condicionasse as greves dos controladores à manutenção da navegação em segurança no espaço aereo nacional.
Já quanto à greve dos pilotos da TAP não faz qualquer sentido nem estou a ver que motivos poderia alegar o governo para impedir a greve. Aliás, a questão só toma uma dimensão nacional e de estado porque teimosamente e contra qualquer tipo de racionalidade económica e bom senso os sucessivos governos têm adiado a privatização companhia aérea. À custa dos contribuintes, é necessário recordar. Em suma, a solução para a TAP não é a requisição civil mas a sua rápida privatização. Quem deseja manter “companhias de bandeira” que o pague do seu bolso e não com o dinheiro dos contribuintes.
O direito à greve é universal.
Em alguns escalões do IRS é só embaraçoso.
PS. defender grevistas destes é como tirar o pão da boca dos desempregados e dos precários!
Podia ter atribuido a paternidade do adágio ao Rodrigo Moita de Deus.
Mas o trabalho dos controladores aéreos é assim tão essencial? Tenho as mais sérias dúvidas.
Quero dizer, os aviões fazem serviços essenciais, como, digamos, transportar alimentos? Será que o transporte de turistas pode ser considerado um serviço essencial ao país, que justifique a requisição civil?
Compreendo que se faça requisição civil de, digamos, os camionistas que transportam gasolina ou alimentos. Ou de ferroviários. Já de controladores aéreos…
O espaço aereo português é uma via de abastecimento e de passagem não apenas de turistas (há quem o utilize apenas como meio para chegar a outros destinos). Os controladores são umas especie de “polícias de trânsito”.
“Mas o trabalho dos controladores aéreos é assim tão essencial? Tenho as mais sérias dúvidas.”
Bolas é impressionante esta dúvida!…
O nosso espaço aério é uma fonte de receita.
Se não sabe porquê vá estudar.
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Caro Miguel
Eu não sei se o Reagan podia fazer requisições civis, mas podia despedir os funcionários federais que lhe apetecesse.
Acho que o assunto foi resolvido com os militares e com a falência do sindicato dos controladores aérios.
E claro, que quem resolveu obdecer ao sindicato. em vez de ao Presidente, foi para a rua.
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A TAP já nem é uma empresa de Bandeira, porque se os seus funcionários se comportam assim, não merecem esse titulo.
Privatize-se ou deixe-se falir, e não se roube ao povo mais dinheiro para sustentar aquela gentinha.
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“Eu não sei se o Reagan podia fazer requisições civis…”
Não me recordo ao certo. Mas no vídeo que linko está a história resumida.
” têm adiado a privatização companhia aérea. À custa dos contribuintes,”
Bom, por imposição da Comissão Europeia os Estados Membros estão proibidos de dar (ou emprestar) dinheiro às companhias aéreas. Bom, o governo francês, à revelia, lá ajudou a Air France… e foi uma ilegalidade.
Mas o governo português não. A TAP não custa um tostão, i.e., um cêntimo, ao Estado português.
Só traz é dinheiro, na forma de impostos e lucros e não é pouco.
O Universo deve ser nacionalizado. Os lucros e os impostos apurados até devem enjoar e não custaria um cêntimo a quem quer que fosse.
Lucros? A TAP? Estamos a falar da mesma empresa?
Fechem a merda da TAP: morre o bicho acaba a peçonha!
“Quero dizer, os aviões fazem serviços essenciais, como, digamos, transportar alimentos?”
Santa ignorância! Quando opinamos sobre o que não conhecemos só pode sair disparate. Pergunte à divisão de carga de qualquer companhia aérea e verá o que eles transportam.
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