Nem sei bem como qualificar o entusiasmo da Prof Maria do Carmo Marques Pinto com a união política e da democratização da instituições comunitárias. Uma contas simples. Os 6 maiores países da UE somam 71% da população. Que margem julgam que existirá para os restantes 21? Preferem instituições paritárias ou eleitas segundo métodos proporcionais?
No seu delírio chegou a aventar a hipótese de se eleger o Ministro das Finanças europeu. Acham que os maiores contribuintes irão colocar o seu dinheiro sem exigir em troca o poder de controlar o seu destino? Só se forem parvos.
Para além de um eventual desastre financeiro este novo “passo em frente” da UE irá plantar a semente de perigosos nacionalismos na Europa com consequências mais que previsíveis.
A Prof. Mª do Carmo Marques Pinto é um perigo. São pessoas como ela que dão origem às guerras mais sangrentas.
Se o que ela tão candidamente propõe fosse para diante o que iria acontecer seria uma explosão dos nacionalismos como o Miguel Noronha diz.
Quanto à eleição de um Ministro das Finanças Europeu seria uma inovação pois que eu saiba, em nenhum país do Mundo tal acontece.
(1) Eu diria que os seis maiores estados dos EUA tambem somam 71% da população.
(2) O Miguel está a cometer o (a meu ver) erro de identificar a União Europeia como um conjunto de países e de pensar que um (por exemplo) alemão se identifica sempre e necessariamente com outro alemão mas jamais com um (por exemplo) português.
(3) Nos países federias existem em geral duas instâncias de representação política, uma proporcional à população, outra representando os estados. Jamais existe apenas uma instância proporcional à população.
“(1) Eu diria que os seis maiores estados dos EUA tambem somam 71% da população”
Não sei mas é uma situação semelhante à da UE. E por isso mesmo na eleição do presidente (que nos EUA é o chefe do executivo) não é usado o método proporcional. E convém recordar que a câmara alta (o Senado) que tem a decisão final em muitas matérias é um orgão paritário com 2 representantes por cada estado independentemente da sua dimensão eleitoral
“2) O Miguel está a cometer o (a meu ver) erro de identificar a União Europeia como um conjunto de países e de pensar que um (por exemplo) alemão se identifica sempre e necessariamente com outro alemão mas jamais com um (por exemplo) português.”
A experiência recente recorda-nos que a solidariedade europeia é algo que só existe no reino da fantasia. Não sei se o Luís Lavoura tem alguma evidência do contrário.
Miguel Noronha #3
(1) Nada nos diz que nas instituições europeias não se possa adoptar um método similar de eleição do presidente da Comissão, etc. Recordo que o parlamento europeu já hoje não é eleito por um método proporcional, pelo contrário, os países pequenos têm mais eurodeputados em relação à sua população. De igual modo, já hoje na escolha do presidente da Comissão Europeia, e dos comissários europeus, os países pequenos têm (grande) vantagem em relação à proporcionalidade.
(2) Recordo, por exemplo, o recente discurso de Helmut Schmidt no congresso do SPD alemão. Aliás, em geral, esses partido alemão tem defendido posições muito próximas das dos países do Sul europeu, o que mostra que, na própria Alemanha, há bastnate gente solidária connosco.
“Recordo, por exemplo, o recente discurso de Helmut Schmidt no congresso do SPD ”
Aconselho-o a verificar as posições do SPD e as sondagens na Alemanha sobre esses temas.
” De igual modo, já hoje na escolha do presidente da Comissão Europeia, e dos comissários europeus, os países pequenos têm (grande) vantagem em relação à proporcionalidade.”
Pelos vistos não leu o que escrevi. Eu estava a dizer que os grandes países jamais aceitarão ceder controlo aos pequenos. Ainda para mais quando são os primeiros que por regra estão a financiar os segundos. E que isto vai gerar tensões nacionalistas.
Pelos vistos não leu o que escrevi. Eu estava a dizer que os grandes países jamais aceitarão ceder controlo aos pequenos.
Em lado nenhum vejo que o Miguel tenha escrito isso.
Mas sim, é evidente que não vão ceder o controle. Não faltava mais nada, os pequenos a controlarem os grandes.
Agora, os pequenos países certamente podem esperar que a representação não seja meramente proporcional.
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Continuar com a federalização da U.E. nesta fase é um delirio.
Primeiro há que desembrulhar a parvoice deste Euro que está a destruir a economia dos paises membros do euro.