Resultado ao intervalo

Não sou espectador habitual do P&P mas confesso que me tem espanto o tom cordato do programa de hoje. Queria realçar a excelente prestação do André e o meu espanto pela escolha do Prof Hespanha como co-respresentante da ala esquerda. Pelo menos não começou por dizer que não percebia grande coisa do tema o que não o coibiu de emitir opiniões sobre tudo e todos. A partir de hoje vou começar a falar sobre física nuclear.

20 pensamentos sobre “Resultado ao intervalo

  1. Marta

    Grande prestação do Professor Hespanha. Encostou os imberbes às cordas e a sua última tirada foi um knock-out decisivo.

  2. Miguel Noronha

    Gostei paricularmente quando ele apelou à delação faical.
    Mas concordo que com representante da vox populi esteve imbatível. Podia ter apresentado 1 ou 2 dadps comprovados. Mas não se pode pedir tudo.

  3. José

    Parece que a opinião de pessoas como o prof Hespanha vos causa confusão, ao ponto de atacarem o mensageiro enquanto evitam por completo abordar a mensagem. É como se quisessem calar o homem por ter opiniões inconvenientes.

  4. neotonto

    Este profesor Hespaña e participante e “analista da actualidade ” em algum blog?. Só gente assim pode ser tao atrevida…Quem crê saber de tudo de nada sabe…

  5. Miguel Noronha

    ” ao ponto de atacarem o mensageiro enquanto evitam por completo abordar a mensagem”
    Onde é que foi atacado o mensageiro? E já agora, é capaz de sumariar o que ele disse ontem à noite?

    “É como se quisessem calar o homem por ter opiniões inconvenientes.”
    Parece que para si criticar é “mandar calar”.

  6. lucklucky

    “É como se quisessem calar o homem por ter opiniões inconvenientes.”

    Você e o professor Hespanha é que são a favor da intervenção estatista.

  7. Luís Lavoura

    O tom do debate pode ter sido cordato, mas a senhora que estava ao lado do André passou o tempo a fazer uns sorrisos desdenhosos enquanto os representantes da ala esquerda falavam, sorrisos esses que eu considero grosseiros, ordinários. Nada que suspreenda, infelizmente, na direita moderna.

  8. jose mota

    se aqueles dinossauros representasm a esquerda, pobre esquerda. Quando o AAA falou na alternativa de deixarmos de pagar aos credores que teria como consequencia um ajustamento imediato do défice para zero…aquelas alminhas, que não se cansavam de repetir ” onde está o dinheiro, foi queimado ? enterrado? o dinheiro existe…” nem devem ter percebido bem o que é que isso significava para o país. E penso que o Lavoura também não faz ideia, coitado. Ele é mais sorrisos……

  9. “Queria realçar a excelente prestação do André…”

    Eu também.
    Aliás, eu faço questão de nunca ver o P&C, mas como o AAA estava presente, no meio do meu habitual “zaping” lá fui por vezes.
    E para mim é indiscutível, que era a única pessoa que sabia o que estava a dizer, concorde-se ou não com o que ele diz.
    Da sua colega de bancada, o pouco quee ouvi dela, só me fez desejar que estivesse calada.
    Registo de novo, que pouco ouvi do programa, pelo que aceito que possa estar a ser injusto.

    No caso do AAA quero chamar a atenção para uma intervenção que me fez subir a consideração que já sinto por ele.
    No seguimento daquela intervenção da “heroína” da função pública, que teve a “grande coragem de estar presente” para nos dizer o que “sofre” um funcionário público, André chamou a atenção, que um funcionário público pode sofrer, mas sabe que tem emprego, enquanto que um trabalhador da privada, sofre na mesma, mas não sabe, em cada dia que passa, se no dia seguinte ainda terá trabalho (acho que foi mais ou menos assim).

    É que sinceramente, opiniões de funcionários que vivem à conta dos impostos que eu pago, e que se acham superiores a mim, porque são funcionários, não me merecem a mínima consideração.

    André pode ser novo, como eu ontem ouvi alguém acusá-lo (já que não o conseguiam contradizer), mas foi o único que revelou respeito por quem lhe paga o vencimento.

    Obrigado André.
    .

  10. “…sorrisos esses que eu considero grosseiros, ordinários…”

    Com estes pruridos, está visto que o LL se recusa a ouvir e ver a Heloísa, o Louçã, aqueles dois que ladeiam o Jerónimo, aquele que parece que é o líder parlamentar do PS, etc. porque comparando com estes, aquela Senhora parecia a Madre Teresa.
    .

  11. Miguel Noronha

    “No seguimento daquela intervenção da “heroína” da função pública…”
    Exacto. Não pude conter o riso quando afirmou convicta que os serviços públicos era “gratuitos”. Presumo que a Sra, assim como os seus colegas e fornecedores do estado prestem serviço graciosamente. Tudo em nome da solidariedade e do serviço público.

  12. Miguel

    Também acompanhei o debate com muito interesse.
    Verifiquei, por exemplo, uma distinção clara na cultura -base de cada geração, o que aqui se tornou notório. Vejam se não é:
    – uma geração que viveu em tempo de uma certa estabilidade financeira, pelo menos na administração pública, e em que sempre “jorrou dinheiro” como se fosse só abrir uma torneira, em que existia uma sensação generalizada de segurança profissional e de expectativas fiáveis (reforma, protecção na saúde, etc.), em que se acredita na bondade natural do estado e do sector público em contraste com a ausência de regras do sector privado (historiador e jurista à nossa direita);
    – uma geração (a do meio) que está receptiva à ideia de que a riqueza é criada nas empresas e que a concorrência não é só economicamente saudável como imprescindível, que já consegue perceber que a tecnocracia falhará sempre quando se mete na economia, mas que ainda se agarra à segurança e a uma sensação de conforto que essa mesma tecnocracia lhe transmite;
    – uma geração ( a mais jovem) que já não se agarra a ilusões tecnocratas, que prefere lidar com a realidade da economia como motor real da máquina (criação de riqueza, trabalho, ciência, inovação, etc.), economia que está nas empresas e não em soluções estatais, e nas condições favoráveis (política fiscal e concorrência de mercado).

    Destas três gerações a mais aguerrida é certamente a mais jovem, que o André aqui representa nesta mini-amostra, e a coragem está do seu lado. Também é a que revela bom senso, sentido prático, coerência argumentativa, maturidade, e a que está mais sintonizada com as exigências actuais da economia.
    Espero que esta geração comece a ser ouvida antes de se avançar para a repetição dos mesmos erros que não nos podemos dar ao luxo de cometer.
    Só que o pânico que já se pressente a nível das lideranças europeias anuncia esses passos em falso, como percebemos pelas intervenções da representante da geração do meio. E isso é francamente preocupante.
    Ana

  13. Miguel Noronha

    “uma geração que viveu em tempo de uma certa estabilidade financeira, pelo menos na administração pública, e em que sempre “jorrou dinheiro” como se fosse só abrir uma torneira, ”
    Imagino que pensem ser essa a origem do dinheiro. Aquela questão que ambos levantaram “mas para onde foi o dinheiro?” revela o seu grau de inconsciência

  14. agfernandes

    Também me pareceu isso, Miguel

    Trata-se de uma geração que sempre pôde antecipar o aparecimento do dinheiro, ele viria de algum lado quando fosse preciso. É certo que também é a geração que está sensível à ideia de equidade, de equilíbrio: pagam-se impostos para ter direito a, desconta-se para a reforma, etc.
    De facto, não é esta a geração que coloca mais obstáculos à percepção e avaliação da realidade:
    – revelam sensibilidade e empatia ao factor “desigualdades sociais” como terrível indicador de fragilidade de uma sociedade democrática;
    – vêem o “desemprego” e a ausência de perspectivas dos jovens, como sinal de um país sem futuro;
    – e revelam suficiente flexibilidade para considerar várias hipóteses, para analisar os dados, as estatísticas, cruzar os dados, não se contentando com “receitas” pré-formatadas.
    No entanto, ainda confundem estratégias “tecnocratas estatizantes-socialistas” com “ultra-liberais”. Essa confusão é que me deixa perplexa.
    O “momento zen” do historiador: “O nosso lombo é mais fácil de cortar” (= corta-se nos cidadãos em vez das PPPs, pois os contratos são muito difíceis, etc. etc.) Achei esta perspectiva interessante.
    Portanto, apesar de tudo, os representantes desta geração até nem se saíram mal de todo. Sensibilidade, empatia e flexibilidade mental são competências sociais fundamentais.

    Já a geração do meio (e ainda por cima uma mulher) me deixou francamente preocupada. Assimilou a cultura tecnocrata pela tal segurança e conforto, também algum estatuto incluído (os tecnocratas adoram subir na pirâmide) e, apesar de argumentar de forma racional, não se verifica qualquer sensibilidade ou empatia pela vida real, a de todos os dias, dos cidadãos. Verbaliza tudo isso, as palavras certas, mas apenas para nos vender a ideia da UE, da necessidade de fortalecer os mecanismos de uma união monetária, uma união bancária, uma união política, um ministro das finanças (help!)
    Mesmo que os resultados das estratégias avançadas indiquem “erro”, “erro”, os outros é que estão errados, a culpa é dos “mercados”, e se não forem os mercados, inventa-se um culpado. Esta cegueira, sobretudo em lugares de responsabilidade, é perigosíssima, pode fazer estragos. E já fez, como se viu pela situação financeira a que chegaram alguns países.
    Esta é a geração que devemos temer, a que insiste num erro porque sim, porque se está bem por enquanto, os últimos que se governem, não há outra hipótese, etc. Receio que o actual governo beba da mesma fonte tecnocrata estatizante-socialista. Receio que não esteja receptivo a analisar todos os dados, avaliar os resultados, olhar para a realidade de diversas perspectivas. E finalmente receio que também não revele sensibilidade e empatia, noção de equidade e de equilíbrio, revelado pelas gerações das pontas.
    Ana

  15. Manuel Costa Guimarães

    Cara agfernandes,

    Do alto da minha ignorância, diria que foi uma geração que, depois de “ganhar” todas as liberdades, se tornou profundamente egoísta e individualista, por causa de uma vontade férrea de se tornarem numa geração nova que renegou o passado envergonhado. Claro que estou a generalizar e peço desculpa se estiver a ferir susceptibilidades, mas observo isto nos supostos “lisboetas” que apanhamos na nossa política e vida profissional, que foram às escondidas para a capital e que esqueceram/eliminaram as suas raízes. Quem esquece o passado, não terá grande futuro.
    Isto é talvez a maior “obra” do socialismo: a capacidade de eliminar a história a seu bel-prazer e safar-se.

  16. Pingback: Old England is dying « O Insurgente

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