Espanta como se discute tranquilamente, e como se de soluções muito realistas se tratasse, a “união bancária” e a “união orçamental”. Independentemente de quaisquer considerações sobre as questões da democracia, do federalismo, da representação ou da legitimidade (embora também por causa delas) estamos perante a mais inflamatória das “soluções”.
Sobre a “união bancária”, o Ricardo já notou muito bem que só pode redundar na “união orçamental”. Curiosamente, também a sra. Merkel (veja-se este artigo de Ambrose Evans-Pritchard).
Quanto à “união orçamental”, é a loucura. Pelo menos feita agora, em cima do joelho, para desenrascar.
Como no filme Speed, estamos metidos num autocarro que não pode parar, sob pena de explodir. Como no filme Speed, alguém deveria organizar a nossa saída ordenada, deixando o autocarro espalhar-se causando o menor dano possível. Não sei o que será preciso para chegar lá.
Como começa a ser cada vez mais óbvio sem Eurobonds não pode existir Euromoney.
Uma meda Federal exige divida Federal.
Quem não quer divida federal é porque não quer moeda federal.