“No início de Abril, a agência Bloomberg, citando fontes de mercado, dava conta de que um corretor do banco norte-americano JP Morgan, operando a partir de Londres, estava a acumular uma enorme posição em derivados de crédito sobre dívida corporativa. As ditas fontes, ou seja, corretores do outro lado das transacções, contrapartes nos tais negócios e convenientemente interessados em criar alarido, estimavam a posição do JP Morgan em cem mil milhões de dólares, num mercado globalmente avaliado em dez triliões (utilizo a escala longa). Semanas depois, mais propriamente na semana passada, o banco norte-americano, através do seu presidente executivo, reportou o que já se receava: uma enorme perda, de dois mil milhões, associada às tais transacções (…) A pequena reforma que se exigia, então e agora, é simples e passa exclusivamente por trazer este tipo de transacções para bolsas e mercados cotados. A reforma continua por fazer um pouco por todo o mundo e, assim, partindo do princípio que os grandes bancos sabem que continuam demasiado grandes para serem deixados falir, persiste o incentivo às apostas grandes de mais.”, no meu artigo desta semana no Vida Económica.
Ainda too-big-to-fail…