Munique

Espero, sinceramente, que no próximo 1º de Maio os sindicatos e os partidos se possam manifestar livre e pacificamente. Da mesma forma, espero que quem assim o desejar possa ir trabalhar, fazer compras ou exercer a sua liberdade para fazer o que lhe apetecer sem ser ameaçado ou impedido pelo governo ou pela CGTP.

 Em vez de se imiscuir em áreas que não lhe dizem respeito ou usar a minha liberdade como moeda de troca para tentar apaziguar a extrema-esquerda (que ainda para mais sempre desprezou qualquer tipo de compromisso), o governo devia concentrar-se em garantir que todos possam exercer a sua liberdade sem ameaças externas. Caso contrário fico com sérias dificuldades em saber porque razão devo votar no PSD ou no CDS.

10 pensamentos sobre “Munique

  1. Pedro Pestana Bastos

    Miguel,
    Ninguém quer utilizar a tua liberdade como moeda de troca. Mas estes não são tempos de bravata mas de compromisso. Se necessário compromisso histórico. abraço PPB

  2. Miguel Noronha

    Mas qual compromisso? Alguma vez o PC ou os seus “braços armados” tentaram algum tipo de compromisso? Achas que isto os vai satisfazer de alguma forma? E mesmo que o fizesse. O que achas que a extrema-esquerda não se sente representada pelo PC ou pela CGTP irá dizer e fazer se estes fizerem qualquer tipo com o governo? Não adianta.

    Tristes tempos em que a liberdade individual é entendida como um capricho.

  3. Ricardo Campelo de Magalhães

    Vais virar um objector de consciência em relação ao voto Miguel 🙂

    Tens sorte de não estar no Brasil 😀

  4. Anti-gatunagem

    É o que dá votar em aventalados. Primeiro correram com quem ainda não o era e agora são só aventais duma ponta à outra do parlamento, como sobejos episódios o têm mostrado, a entenderem-se uns com os outros, em função dos seus inconfessáveis interesses e não dos interesses dos cidadãos dum país livre e democrático.

  5. Miguel A. Baptista

    Portugal está a sofrer o maior esforço de ajustamento que, penso, alguma vez um país fez em tempo de paz. (Basta decompor o PIB e ver quanto decresceu a fatia do consumo privado). Não há muita volta a dar tinha que o fazer ou que houvesse um terceiro benemérito que quisesse “pagar conta” o que infelizmente não parece ser o caso.

    Num contexto destes pode acontecer um de dois cenários.

    – Ou os bandos de energúmenos vêm para a rua, pilhar lojas,queimar automóveis…. como gostariam algumas almas (pessoal do 5 dias, BE…. Até uma pessoa normalmente moderada como o Daniel Oliveira disse no Eixo do Mal que tinha pena que as pessoas não roubassem no Pingo Doce…) .

    – Ou a “coisa” passa-se num clima de relativa paz social em que a frustração da pessoas é canalizada de modo relativamente “civilizado” e ordeiro o que é dificil mas felizmente é o que tem acontecido em Portugal e, acredito, que é o que nos vai ajudar a sair do atoleiro mais rápido do que muitos pensam.

    Pensar que é limitativo da minha liberdade individual não acicatar a vertente moderada da oposição (a palavra moderada aplica-se no sentido de não-violenta) numa data simbólica num período conturbado é relativamente equivalente ao raciocínio dos tipos que recentemente na visita de Bento XVI a Portugal sentiam a sua liberdade limitada por não poderem ir distribuir preservativos para o Terreiro do Paço perto do local da missa.

    Se o bom senso diz que não é tempo de Chamberlains também dirá que não é tempo de Johnnies Rambos.

    Não fazer “petites revanches” não é sinal de cobardia ou de falta de carácter. Antes pelo contrário.

  6. Miguel Noronha

    Pelos vistos toma-se o exercício da liberdade individual como um acto de agressão. Cada um fará como bem entende e é legitimo o exercício de persuasão quando feita de forma pacífica. O que me parece inadmissível é que se legisle ou se use a coacção para obrigar toda a gente a seguir o mesmo comportamento.

  7. Pingback: Dia do Consumidor ou Dia do Trabalhador « O Insurgente

  8. lucklucky

    Mais uma vez os Chamberlains…

    Portugal tem uma oportunidade de ouro para receber e tornar clientes parte dos turistas que fogem da Grécia – e mais tarde ou mais cedo de França que é só o maior destino turístico do mundo- queria ver a esquerda a destruir com violência as cidades que votam na esquerda e a afugentar todos os turistas. Demoraria umas décadas a recuperar…

  9. Pingback: O feudalismo terminou num feriado « O Insurgente

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