Espero, sinceramente, que no próximo 1º de Maio os sindicatos e os partidos se possam manifestar livre e pacificamente. Da mesma forma, espero que quem assim o desejar possa ir trabalhar, fazer compras ou exercer a sua liberdade para fazer o que lhe apetecer sem ser ameaçado ou impedido pelo governo ou pela CGTP.
Em vez de se imiscuir em áreas que não lhe dizem respeito ou usar a minha liberdade como moeda de troca para tentar apaziguar a extrema-esquerda (que ainda para mais sempre desprezou qualquer tipo de compromisso), o governo devia concentrar-se em garantir que todos possam exercer a sua liberdade sem ameaças externas. Caso contrário fico com sérias dificuldades em saber porque razão devo votar no PSD ou no CDS.
Miguel,
Ninguém quer utilizar a tua liberdade como moeda de troca. Mas estes não são tempos de bravata mas de compromisso. Se necessário compromisso histórico. abraço PPB
Mas qual compromisso? Alguma vez o PC ou os seus “braços armados” tentaram algum tipo de compromisso? Achas que isto os vai satisfazer de alguma forma? E mesmo que o fizesse. O que achas que a extrema-esquerda não se sente representada pelo PC ou pela CGTP irá dizer e fazer se estes fizerem qualquer tipo com o governo? Não adianta.
Tristes tempos em que a liberdade individual é entendida como um capricho.
Vais virar um objector de consciência em relação ao voto Miguel 🙂
Tens sorte de não estar no Brasil 😀
É o que dá votar em aventalados. Primeiro correram com quem ainda não o era e agora são só aventais duma ponta à outra do parlamento, como sobejos episódios o têm mostrado, a entenderem-se uns com os outros, em função dos seus inconfessáveis interesses e não dos interesses dos cidadãos dum país livre e democrático.
Portugal está a sofrer o maior esforço de ajustamento que, penso, alguma vez um país fez em tempo de paz. (Basta decompor o PIB e ver quanto decresceu a fatia do consumo privado). Não há muita volta a dar tinha que o fazer ou que houvesse um terceiro benemérito que quisesse “pagar conta” o que infelizmente não parece ser o caso.
Num contexto destes pode acontecer um de dois cenários.
– Ou os bandos de energúmenos vêm para a rua, pilhar lojas,queimar automóveis…. como gostariam algumas almas (pessoal do 5 dias, BE…. Até uma pessoa normalmente moderada como o Daniel Oliveira disse no Eixo do Mal que tinha pena que as pessoas não roubassem no Pingo Doce…) .
– Ou a “coisa” passa-se num clima de relativa paz social em que a frustração da pessoas é canalizada de modo relativamente “civilizado” e ordeiro o que é dificil mas felizmente é o que tem acontecido em Portugal e, acredito, que é o que nos vai ajudar a sair do atoleiro mais rápido do que muitos pensam.
Pensar que é limitativo da minha liberdade individual não acicatar a vertente moderada da oposição (a palavra moderada aplica-se no sentido de não-violenta) numa data simbólica num período conturbado é relativamente equivalente ao raciocínio dos tipos que recentemente na visita de Bento XVI a Portugal sentiam a sua liberdade limitada por não poderem ir distribuir preservativos para o Terreiro do Paço perto do local da missa.
Se o bom senso diz que não é tempo de Chamberlains também dirá que não é tempo de Johnnies Rambos.
Não fazer “petites revanches” não é sinal de cobardia ou de falta de carácter. Antes pelo contrário.
Pelos vistos toma-se o exercício da liberdade individual como um acto de agressão. Cada um fará como bem entende e é legitimo o exercício de persuasão quando feita de forma pacífica. O que me parece inadmissível é que se legisle ou se use a coacção para obrigar toda a gente a seguir o mesmo comportamento.
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Uns são de Saturno outros de Sartre
Mais uma vez os Chamberlains…
Portugal tem uma oportunidade de ouro para receber e tornar clientes parte dos turistas que fogem da Grécia – e mais tarde ou mais cedo de França que é só o maior destino turístico do mundo- queria ver a esquerda a destruir com violência as cidades que votam na esquerda e a afugentar todos os turistas. Demoraria umas décadas a recuperar…
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