No primeiro dia do mês de Maio milhares de trabalhadores do Pingo Doce apresentaram-se em centenas de lojas do grupo Jerónimo Martins para participarem no maior evento promocional que Portugal já presenciou.
Como o Hélder, também eu fiz uma micro-sondagem e confirmei o enorme contentamento de quem, nesse dia, trabalhou bem mais intensamente que o habitual. Em tempos de desemprego recorde, não é de admirar que existam pessoas satisfeitas em ter emprego. Ainda, ao contrário do que a “intelligensia” socialista/comunista anda a dizer nos órgãos de comunicação social, tive a oportunidade de verificar que a promoção do Pingo Doce não deu apenas bons resultados junto dos consumidores mas, também, na moral dos seus recursos humanos.
Discute-se agora se este foi, ou não, uma prática “predatória” (i.e. dumping!) ou se os fornecedores terão de pagar a factura. Primeiro, esquecem que, para repor os stocks, a Jerónimo Martins terá de efectuar grandes encomendas que lhe permitirão negociar maiores descontos. Segundo, a promoção permitiu melhorar, ainda mais, a tesouraria da empresa (recebe a pronto, paga a prazo!).
E, ponto final, tratou-se, acima de tudo, de uma acção promocional. Como Pedro Pita Barros escreveu no seu relato (leitura integral recomendada):
imaginemos que o Pingo Doce pegava no dinheiro todo que lhe custou esta campanha (na presunção de que sacrificou alguma margem), e em vez de baixar os preços atribuía subsídios publicitários aos cinco principais clubes de futebol do país. Gastava o mesmo, mas não seria criticado (talvez até fosse louvado). Mas os consumidores não beneficiavam directamente da utilização destas verbas!
O Pingo Doce ainda tem liberdade de escolha sobre quanto e onde gastar as verbas do orçamento de marketing. Aproveitem… enquanto a classe política decide como vai intrometer-se nas decisões comerciais das empresas de distribuição.
foi uma palhaçada, foi o que foi…podiam ter os mesmos resultados com outros métodos…
“No primeiro dia do mês de Maio milhares de trabalhadores do Pingo Doce apresentaram-se em centenas de lojas do grupo Jerónimo Martins para participarem no maior evento promocional que Portugal já presenciou.”
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completamente falso!! o maior evento promocional que Portugal já presenciou foi o da Banca a apelar ao endividamento dos portugueses…a apelar à compra de casa…este foi o maior evento promocional que Portugal já presenciou…alguem tem dúvidas?
“podiam ter os mesmos resultados com outros métodos…”
Como disse, julgo que os gestores da Jerónimo Martins ainda têm liberdade de escolher as acções de marketing.
Este é o supermercado que garante não ter “talões e complicações” e que, em cartazes pendurados nas suas lojas, explica que no Pingo Doce a palavra promoção “não existe”. “Porque promoção quer dizer “vendemos barato só hoje, amanhã não”
Gestão e marketing português mas à moda dos souks…
Ainda bem que houve gente que não gostou da promoção. Assim, na próxima do mesmo género (que já está prometida) estará por certo muito menos gente.
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