…fala Alberto João Jardim. Fala das “grandes massificações em termos planetários”, fala de “big brothers”, alerta para “o que diz a imprensa internacional sobre Portugal”, e avisa que “desde a Queda do Muro de Berlim houve um desplante total do Capitalismo Selvagem”. Segundo o Governante Madeirense a “especulação financeira deixou o poder democrático nas mãos do grande Capital.” Aproveita para filosofar sobre o “Pós-Modernismo” Refere também que “se tivesse seguido as normas feitas por um certo capitalismo que domina as nossas sociedades” não teria sido reeleito, pois foi eleito por aqueles a quem deu aquilo a “que socialmente tinham direito.” Para AJJ é inconstitucional a Lei de limitação de mandatos – e recebe um largo aplauso do Congresso. O que mais me impressiona é vê-lo sempre com a bandeira da Revisão Constitucional quando ele tem sido o político que mais tem feito pelas premissas da própria da CRP. E no final da sua intervenção usa o termo “pós-capitalista” uma dúzia de vezes. Segundo AJJ: “Temos que nos preparar para um sociedade pós-capitalista, vai haver algo depois disto.” “O Estado terá que ser mais regulador em relação à riqueza criada pelas nações”. “O Estado Social vai substituír o Estado-Providência.” Vai tentando acabar com uma nova referência ao fracasso do Capitalismo e aproveita para criticar os Lobbies, a Esquerda, os Conservadores, os Radicais e os Liberais. E deixo o toque final, a cereja no topo do bolo: a sua recomendação para que não existam divergências na linha do partido, o seu apelo ao “um por todos, todos por um” num tom chega a passar por soviético.
Alberto João Jardim não é um populista qualquer. É um Socialista perigoso, um hábil demagogo que conduziu a Madeira a um desastre financeiro acompanhado duma pornográfica intervenção do Estado no processo democrático e na liberdade de imprensa. Não se desenganem, isto não é um desabafo solitário e pouco sóbrio duma voz incomodada. É o discurso de além que venceu as eleições regionais com uma votação exemplar e que Passos Coelho fez questão de escolher para seu mandatário na Madeira.
JJ só o de Setubal e era grande. O AJJ é um vendedor de carros, promotor imobiliário, constructor civil, especulador financeiro, empresario nas horas vagas e jornalista nas não vagas e um arruaceiro quando lhe dá na veneta e até palhaço poderá ser enquanto emborca uns penalties e chucha no “Havano”. Se calhar nem se importará que digam que é socialista, chupista, comunista, nacionalista e outras coisas que tais. O AJJ sabe que incomoda e gosta de incomodar e é um chato e o que ele quer é money money, policia, poder e tanto lhe faz Deus ou o diabo. O AJJ é da Madeira, de Viseu, de Braga, do raio que o parta.
Muito bom artigo.
Enquanto os liberais insistirem na sua análise errada baseada em mitos sobre o funcionamento da economia e do sistema monetário moderno, estarão a facilitar a vida aos estatistas e demagogos.
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