O fracasso da CGTP

Segundo se vai lendo por aí, a greve convocada para hoje nada terá de geral e ficará muito longe de ser bem sucedida. Mas, mais relevante do que o fracasso da greve em si, é o confrangedor fracasso da CGTP, apesar das palavras do seu líder, sempre dispostas a inflacionar o sucesso das suas iniciativas mesmo quando ele não existe. Como habitualmente, a organização sindical tentou capitalizar o suposto descontentamento da população transformando-a numa arma de arremesso para defesa das suas políticas.

E aqui recorro à reflexão do Adolfo, nesta entrevista. Não é que as pessoas não experimentem neste momento um sentimento de descontentamento com o governo – mau seria se assim não fosse, já que as medidas que estão a ser seguidas são pesadíssimas, ainda que as consideremos fundamentais. Mas a grande vitória do fracasso desta greve é perceber que a esmagadora maioria das pessoas, nomeadamente os trabalhadores que a CGTP tanto se gaba de defender, não vêm necessariamente o reflexo do seu descontentamento nas palavras e nas atitudes anacrónicas e desligadas da realidade dos Arménios Carlos desta vida. E isso é um sinal que se saúda.

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