Alguém me explica com que documentos foi feita a anterior investigação à licenciatura de José Sócrates?

Se OS documentos sobre a licenciatura de José Sócrates foram agora entregues ao Ministério Público, e se antes disso estiveram em poder de Rui Verde, podem Cândida Almeida e o PGR Pinto Monteiro esclarecer com que documentos – se alguns – foi realizada a investigação efectuada (e concluída e arquivada) à licenciatura de Sócrates? Basearam-se em meras fotocópias? Procurou-se aceder aos originais? Ou a investigação resumiu-se a abrir informaticamente o processo, a folhearem displicentemente umas folhas enquanto tomavam café e a redigirem, da forma como já sabiam que o fariam antes de iniciar a dita investigação, o arquivamento do processo?

E o poder político no meio disto tudo? Eu sei que pode parecer aproveitamento político da parte da actual maioria e do Presidente da República, mas este assunto é demasiado grave para cálculos de imagem. Também sei que da ministra da Justiça nada se deve esperar. Mas era conveniente pelo menos a AR  investigar em que condições são feitas as investigações do MP aos políticos em exercício, se há de facto investigações ou se são apenas papas e bolos para enganarem os tolos. Porque se a investigação à licenciatura de Sócrates foi a pantominice que aparenta, há que punir exemplarmente os responsáveis por tal fantochada. Num momento em que o governo pretende ter exigência igual para um comum cidadão eleitor e um primeiro-ministro no que toca à justificação dos seus gastos, em que praticamente legaliza o pequeno furto, em que rasga os direitos dos cidadãos perante a administração fiscal e em que até quer prender quem poupa uns trocos no IRS, é conveniente os eleitos perceberem que é bom mostrar ao mundo que as investigações judiciais aos políticos não são apenas sombras chinesas.

4 pensamentos sobre “Alguém me explica com que documentos foi feita a anterior investigação à licenciatura de José Sócrates?

  1. Pingback: Eu também acho estranho « O Insurgente

  2. Houvesse um mínimo de decência ao nível do Estado e algumas cabeças já teriam necessariamente rolado a propósito deste e de outros casos bem conhecidos de todos. Não existindo nem se vislumbrando qualquer caminho para que venha a existir, o problema parece-me irresolúvel no quadro da presente República,

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