O Luís Aguiar-Conraria recupera o célebre artigo de Cavaco Silva intitulado “O Monstro” e que foi publicado no DN a 17/02/2000. Numa altura em que parecia estar genuínamente precupado com a trajéctoria insustentável da despesa pública.
Na ciência económica há um modelo explicativo do crescimento das despesas públicas em que o estado é visto como um monstro de apetite insaciável para gastar mais e mais. É o modelo do Leviatão. São várias as razões apresentadas para justificar o apetite do monstro:
– os ministros estão convencidos de que mais despesas públicas trazem-lhes mais popularidade e votos, porque assim podem distribuir mais benesses e ser simpáticos e generosos com os grupos que comem à mesa dos orçamentos dos seus ministérios;
– os burocratas, os directores da Administração Pública, lutam pelo aumento das despesas controladas pelos seus departamentos, porque isso lhes dá poder, influência e estatuto;
– os grupos que beneficiam directamente com os gastos do Estado estão melhor organizados do que os contribuintes que pagam os impostos e pressionam os políticos para mais despesa pública;
– muitas pessoas pensam que os serviços fornecidos pelo Estado não custam nada, porque sofrem de ilusão fiscal e não se apercebem de que as despesas têm sempre de ser financiadas com impostos, presentes ou futuros.(…)
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(…) os ministros estão convencidos de que mais despesas públicas trazem-lhes mais popularidade e votos, porque assim podem distribuir mais benesses e ser simpáticos e generosos com os grupos que comem à mesa dos orçamentos dos seus ministérios (…)
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realmente, com tantos emprestimos Estatais à banca falida…a despeza publica não tem parado de aumentar!!! Passos demite-te!!!
“com tantos emprestimos Estatais à banca falida”
Imagino que esteja a falar do BPN ou do BPP. Não conheço outros casos.
Não, estou a falar dos emprestimos a BES, BCP, BPI…aliás o BPN, estou convencido de que serviu para encobrir financiamentos estatais a essa banca falida…
Quais empréstimos? Do BCE? Não tenho conhecimento de qualquer empréstimo do estado português a esses bancos.
emprestimos, engenharias financeiras…
Amigo Noronha, quem diz estado português diz, p.ex, CGD e todas as caixinhas, inclusive as que nasceram no estrangeiro – Espanha, Brasil, Grécia -, que só deram prejuízos e que agora temos que cobrir sob a forma, enganadora, de aumentos de capital da CGD mãe. Entendeu?