E uma investigaçãozita pelo ministério público?

Perante esta exiguidade de indícios – pelo menos duas pessoas afirmam em tribunal que tiveram conhecimento de que Sócrates recebeu um pagamento pelo licenciamento do Freeport – ainda bem que o MP teve gente tão bem comportada que nunca ousou investigar o pm em exercício, apesar dos indícios de crime teimarem em existir. Foi como no caso do pagamento da siza da casa de José Sócrates na Rua Castilho: os únicos dois compradores que estavam isentos do pagamento de siza compraram as suas casas por valores muito acima dos declarados por aqueles que não estavam isentos de siza. O que, claro, é só uma coincidência. Por acaso o fisco é assim que detecta prováveis casos de fuga ao actual IMT: vê no mesmo prédio se casas semelhantes tiveram valores de venda muito díspares e investiga os proprietários dos que têm valores mais baixos. Mas isso é para a gente comum, para os pm, que deveriam ter um escrutínio mais apertado também pelo MP, há o respeitinho, o vergar da coluna, o mandar às urtigas o dever profissional.

Algo me diz que se os acusados no caso Freeport decidirem implicar Sócrates, teremos brevemente uma mudança do auto-exílio em Paris por um auto-exílio na Venezuela ou país semelhante.

4 pensamentos sobre “E uma investigaçãozita pelo ministério público?

  1. Pormenores, uns pequenos nada… e a Venezuela parece-me uma hipótese com um excelente futuro.
    Aliás, quem sabe se, amanhã, não surgirá mesmo um consórcio lá radicado para concorrer à privatização dos ENVC? El Presidente até já está familiarizado com a coisa!

  2. jp

    Depois destas declarações os agentes da justiça que ainda por aí andam já não enganam ninguém:
    http://noticias.sapo.pt/nacional/artigo/socrates-exigia-2-milhoes-de-eur_2982.html

    Mas há mais do CM de há muito: “Paula Lourenço, advogada de Manuel Pedro e de Charles Smith, dois dos arguidos do processo Freeport, é amiga de José Sócrates e do seu pai, o arquitecto Fernando Pinto de Sousa. Além disso, a advogada, que defendeu José Braga Gonçalves no caso da Universidade Moderna, é também a defensora de Carlos Santos Silva, um empresário muito conhecido da Cova da Beira, também amigo de longa data de José Sócrates. ”

    Como é que um sujeito que chama corrupto a José Sócrates a propósito do caso Freeport pode fazer-se representar por esta pessoa, e logo no mesmo processo?
    Quem é o “toninho” que se sente ben representado por uma pessoa nesta situação?
    A ser verdade, isto não está um pouco para além do cómico?
    Isto é normal em alguma parte do mundo?

  3. Manuel Costa Guimarães

    Acho mesmo amoroso quando alguém acha que o MP serve para alguma coisa.
    É como achar que o PGR não é um boneco empalhado que lá puseram.

  4. “Algo me diz que se os acusados no caso Freeport decidirem implicar Sócrates, teremos brevemente uma mudança do auto-exílio em Paris por um auto-exílio na Venezuela ou país semelhante.”

    Cara Maria João

    Espere sentada, senão ainda apanha varizes…
    .

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