“(…) A austeridade que caracteriza a política orçamental na Europa tem em vista resolver um problema de cariz financeiro. Faz sentido, pois vários países, sobretudo os periféricos, não revelam potenciais de crescimento que, de modo suficiente e sustentado, permitam cobrir os respectivos serviços de dívida. Agora, à medida que se vai resolvendo o problema financeiro dos países mais deficitários, as debilidades internas de cada país tornam-se cada vez mais expostas (…) Enfim, a Europa do euro está num impasse. A zona económica e monetária é estruturalmente imperfeita e nem mesmo as medidas não convencionais do Banco Central Europeu permitirão acomodar para sempre o crescente desemprego, sobretudo o desemprego jovem que, na periferia europeia, é um barril de pólvora prestes a explodir. A manutenção do “statu quo” é, assim, um caminho sem futuro. Existem, portanto, três alternativas finais…”, excerto do meu artigo de hoje no Público (página 3).
Uma súmula do que tenho escrito aqui no Insurgente e noutros fóruns também…
O Insurgente 
Totalmente de acordo.
Sem crescimento económico é impossivel refinanciar 200 mil milhões de divida publica. !!
Vejam as taxas a 5 anos que não baixam dos 15% !!!!
em Portugal é uma tragédia total ! agora o Governo até já promete a criação de 30 000 empregos por ano, aonde é que eu já vi isto…a exportações nem tem força para puxar pela economia interna…a ecónomia interna vai ser completamente arrasada…o desemprego e a recessão economica estão a explodir…só um cego é que não vê! é urgente que o Estado se centre no dinamismo da ecónomia interna, repondo as fronteiras….e a moeda ! exporte ca dentro, só isto pode fortalecer a malha economica de Portugal e consequentemente alicerçar a ecónomia portuguesa de uma forma…PAC tem que acabar imediatamente…a seca extremissima de dinheiro a circular na ecónomia portuguesa,motivada pela absorção do dinheiro por parte Bancos Nacionais, consequencia das suas politicas erradas para a ecónomia nacional, actualmente os bancos são o cancro da ecónomia portuguesa…e da politica, visto estes terem um dominio avassalador no Governo e mesmo no sistema politico…vai ser uma sangria total na ecónomia portuguesa…como a Grécia ai esta, como demonstração, das politicas do FMI/BCE…quando é que Portugal se “fecha”…Portugal só foi grande quando se “fechou”…
Consegue-se ler tendências?
Na minha opinião, a Alemanha e os alemães, são quem dispõem da chave do futuro do €. Tudo passará por eles. A visão estratégica de Merkel infelizmente é bastante fechada e a própria União Europeia não consegue ter um desígnio de futuro, é sempre melhor quando se persegue algum ideal e este é entendido pelos povos.
O que se nota agora é um arrastar da situação, um dar tempo ao tempo, diversos países a fazerem reformas, a corrigirem desiquilíbrios e os bancos a reestruturar e a recapitalizarem-se…
Tudo isto é combinado por um fenómeno (salsada democrática) de futuras eleições e também por eleições que não aconteceram, nos vários países da UE.
A União Europeia está também ela enredada numa burocracia dispendiosa e sem uma grande legitimidade democrática.
O BCE tanto aplica mecanismos de forma indireta de reestruturação de dívida (Grécia) como emite dívida (Itália e Espanha).
Aos mercados resta afastarem-se, deixarem-se serem levados ou surfar na onda nesta corrente onde pode acontecer de tudo ou nada. Naturalmente nos investidores uns irão arriscar e outros não.
O que acho que devia ser o caminho correto:
Perguntar aos povos dos vários países da UE se querem tornar-se em estados federais.(1 ano de campanha)
Reestruturar dívidas (http://vivendi-pt.blogspot.com/2012/02/verdade-e-como-o-azeite.html)