“Aqueles que votam não decidem nada. Aqueles que contam os votos decidem tudo.” – Josef V. Stalin
Como é óbvio o Ron Paul não vai ganhar um único Estado. Ele representa um perigo enorme para o Status Quo. Eles vão fazer tudo para ele não chegar a candidato presidencial. Eles esquecem-se é que isto, é uma questão de tempo. A minha geração (menos de 30 anos), tanto na Europa como nos E.U.A), começa a perceber que isto não é democracia. Chama-se feudalismo. Somos controlados por uns quantos políticos e alguns grandes empresários que controlam todos os aspectos da nossa vida (o que comemos, o que bebemos, o que podemos fazer, o que nos é ensinado nas escolas, etc). A liberdade vai triunfar pode começar agora ou ser daqui a uns anos, mas o que eles não percebem é que agora ainda pode ser a bem e daqui a uns anos pode ser tipo revolução francesa.
“Eles vão fazer tudo”
“Eles esquecem-se é que isto”
” que eles não percebem é ”
Eles, quem, ó António? Quem são “eles”?
Onde está a fraude, afinal?
Talvez se qualifique como fraudulento pessoas radicalmente ignorantes sobre estes processos a escreverem e a falarem sobre eles com tanta ligeireza.
Quando as pessoas em Washington County tiverem o caucus podem votar na straw-poll e quem quiser pode adicionar os resultados.
E Waterville é Kennebec County – os caucus lá são apenas amanhã. Como é que os resultados poderiam estar listados se ainda ninguém votou? “Are not listed”? “Strange inconsistencies”? Como é que um jornalista profissional pode fazer uma reportagem destas sem pesquisar os mais básicos dos factos?
Mas enfim, o partido é que tem culpa disto. Não deveriam centralizar e divulgar os resultados da straw poll – deixem os jornalistas fazê-lo se quiserem. Aliás, deveriam encorajar os caucus a não fazerem straw poll alguma.
Suponho que a única razão porque os caucus do Iowa ou do Maine interessam para alguma coisa (os delegados que lá se atribuem não devem ser muitos) é pela straw poll (e pelo efeitos que esses resultados têm na dinâmica da corrida).
Antonio Ferreira,
Isso dava um post d’O Insurgente quase =)
Lidador,
Eles os representantes do Status Quo.
Neste caso os dirigentes dos media e o establishment Republicano.
Satisfeito, ou quer nomes?
Ricardo,
Obrigado por ter respondido por mim. Eu até especificaria mais: a Fox, CNN, NBC, a indústria de armamento americana, os bancos, as companhias petrolíferas, etc. No fundo todos aqueles que tem algo a ganhar com a continuidade das políticas de crony-capitalism (capitalismo corporativo), que acabaram com Portugal e com a Europa e que agora ameaçam fazer o mesmo nos E.U.A.
P.S.- Eu quase que me atrevia a falar na New World Order, mas depois ainda me chamavam maluquinho…
“Eles os representantes do Status Quo.”
Bem, uma vez em plena narrativa conspiratória, dos maus (eles), contra os bons (nós), nada há a acrescentar.
Quem acredita que as coisas são controladas por uns gajos esquisitos,e omnipotentes, a fazer poções pela calada da noite, e a dar gargalhadas maléficas, precisa de voltar à religião.
Ao menos nessa temos anjos e demónios, está tudo mais claro e mais organizado.
Agora com “eles”, de resto referenciados por todo e qualquer motorista de taxi, a coisa não vai tão bem.
Mas cada um tem os demónios que merece.
Ah, já sei a que se referem. São os reptilianos que estão a controlar a Nova Ordem Mundial.
Pois claro….eles.
Caro Lidador,
Eu não tenho demónios nenhuns, álias tenho bastantes anjos na minha vida, graças a Deus. Se não quer acreditar que há Lobbies muito fortes que controlam grande da sua vida, , não acredite. O senhor é que sabe da sua vida e acredita no que quiser. Eu não lhe quero impôr a minha verdade, mas tenho direito a ela sem que ninguém me tente ridicularizar. Se quer ter uma discussão construtiva, muito bem. Se é para puxar para o disparate, não conte comigo. Já agora, não somos nós contra eles, pois está visto de forma clara que o senhor ou é um deles ou é mais um que eles que conseguiram enganar. Investigue os negócios da Mota-Engil, Lusoponte, BCP/CGD, Scuts, JP Sá Couto e depois falamos. Se quer um vídeo, também lhe deixo um:
H: Há um vencedor declarado com uma margem mínima, com uma percentagem de votos contados que é insuficiente para se saber se o vencedor declarado é mesmo o vencedor ou não. E depois há um “GOP chairman” de Maine, que diz que os votos que não foram contabilizados de Kennebec, Washington e Waldo, não vão alterar a decisão do GOP de atribuir a vitória ao candidato pré-declarado. Se isto é fraude ou não não sei, mas que é um claro favorecimento do partido a um determinado candidato é. Felizmente tenho a certeza absoluta que o Ron Paul vai conseguir levar a maioria dos delegados de Maine.
“Bem, uma vez em plena narrativa conspiratória, dos maus (eles), contra os bons (nós), nada há a acrescentar.”
Isso é ignorar o comentário.
Viu o que aconteceu no Maine, OU NÃO?
Viu como o Ron Paul recebeu 89 SEGUNDOS num debate?
O Establishment e os Media já nem se escondem muito bem.
Porque nega essas evidências?!?
(Outros grupos é mais questionável para S. Tomés que precisam de “ver para crer” e não reconhecem a lógica de cada grupo, mas estes dois…)
E aliás, eu cito exemplos concretos, o Lidador coloca vídeos pouco credíveis da net:
Vá, vamos argumentar com algo concreto e não com esse tipo de materiais…
Miguel,
Eu não colocaria esses dois casos no mesmo plano apesar de, numa perspectiva processual e formal, serem semelhantes .
O Iowa caucus tem um efeito forte na narrativa (por enquanto?), em virtude do calendário e da tradição (et por cause, dos níveis de participação elevados). Devido a esse efeito, é uma atraccãozinha bem interessante para o estado: milhões a serem injectados com regularidade quadrianual durante quase um ano – as campanhas agora começam 3 e 4 meses antes de Ames – com candidates, jornalistas, entourages, anúncios na rádio, nos jornais, na tv, festas, comícios, apoios e caciquismos que se compram e vendem. E as receitas indirectas são ainda mais significativas: se a indústria do etanol ainda existe, isso deve-se, em grande parte, à posição do Iowa nas primárias.
No caso do Maine, essas razões não existem. O efeito na narrativa é quase nulo – o estado foi mais mencionado pelas alegações de fraude que pelos resultados – logo ninguém lá gasta dinheiro que se veja. A straw poll fez-se para atrair alguma atenção dos media locais e para incentivar a participação no caucus – que são, primeiramente, reuniões para tratar dos assuntos do partido e iniciar o processo da convenção estadual. Boas oportunidades de recrutar e envolver pessoas e resolver potenciais conflitos nas corridas locais – ver que lugares precisam de candidatos e em quais há primárias desnecessárias. Na verdade esse incentivo só funciona no papel (nem 3% dos republicanos registados no Maine foram ao caucus) e se a atenção mediática que se consegue é a que se vê, mais vale prescindir da straw poll. Ou fazer os caucus mais tarde, mas o deadline para as primárias para a legislature no Maine é salvo erro a 15 de Março e as primárias em meados de Junho, por isso é conveniente ter os caucus municipais por esta altura. Ou seja, a straw poll no Maine, feita nesta altura e nestes moldes, não acrescenta nada de muito positivo ao Maine GOP. Que até é muito funcional; temos lá a trifecta.
Ricardo,
O establishment não passa de um red herring. É uma palavra com conotações negativas que serve para uns atirarem aos outros. Não há qualquer establishment a influenciar primárias – ironicamente, foram as primárias a matar o establishment.
Quem faz parte do establishment? Os biltres e os velhos sicofantas que se acotovelam nos think tanks em DC e Arlington? Os lobbyists e consultores da K Street? Os incumbentes no congresso e as manadas de assessores? Essa gente não forma nenhum corpo homogéneo, tem poucos interesses convergentes (quando os tem) e a capacidade de influenciar umas primárias nacionais é completamente nula. E a nível estadual e local passa-se a mesma coisa. O Charlie Webster foi senador local durante décadas; reformou-se, abandonou a política eleitoral e dedica algum tempo ao partido. É um activista como centenas de outros. Se estas lideranças locais e estaduais são o establishment, então o Ron Paul está a caminho de ser o candidato do establishemt. Aliás, quem é o candidato do establishment (ou quem são)? Quem não é? Não há respostas para estas perguntas porque não há um establishment. É apenas um conceito que se aplica a um corpo difuso e meio ectoplasmático de acordo com a perspectiva de cada um.
Algo como uma máquina partidária ou uma teia de influências mais ou menos cristalizada com um sindicado de voto ou pelo menos capacidade de influência real? Isso não existe. Ou existe a nível estadual em alguns locais – por exemplo, há um establishment no GOP da Pennsylvania, construído em redor do controle do governo dos condados; ou em NYS, construído em redor do domínio republicano do Senado e da rivalidade upstate vs city. Mas mesmo aí as coisas já não são o que eram – uma das últimas máquinas partidárias/sindicatos de voto com capacidade de mover muito dinheiro e votos foi o GOP em Long Island/Nassau County no tempo da máfia do Joseph Margiotta (que acabou preso) – e a influência dessa gente tem muito pouca amplitude. É razoável dizer que ceteris paribus é um bocado mais difícil a um candidato sem quaisquer laços, contactos ou experiência em termos políticos vencer umas primárias estaduais ou distritais na Pennsylvania – mas desde que haja dinheiro (principalmente dinheiro), carisma e sentido de oportunidade, tudo se consegue. Em termos nacionais, não há estalishment que conte. Há redes de dadores, umas mais próximas deste grupo, outras daquele; como há redes de comentadores, jornalistas e comentadores, mas não existe qualquer escol dominante ou com influência decisiva. À maioria dos chefes locais, estaduais e nacionais do partido, ninguém realmente liga. Com a predominância de primárias, eles estão esvaziados de poder real.
Não há neste caso – e nestas primárias em termos gerais – qualquer maquinação ou influência de um qualquer establishment. Apenas um processo conduzido de forma muito informal e amadora (e nem o digo no sentido pejorativo, é literalmente um grupo de amadores) que poderá ter tido alguns precalcos. Mas nada que se assemelhe a fraude.
H: Há um vencedor declarado com uma margem mínima, com uma percentagem de votos contados que é insuficiente para se saber se o vencedor declarado é mesmo o vencedor ou não. E depois há um “GOP chairman” de Maine, que diz que os votos que não foram contabilizados de Kennebec, Washington e Waldo, não vão alterar a decisão do GOP de atribuir a vitória ao candidato pré-declarado. Se isto é fraude ou não não sei, mas que é um claro favorecimento do partido a um determinado candidato é. Felizmente tenho a certeza absoluta que o Ron Paul vai conseguir levar a maioria dos delegados de Maine.
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Comentário por por — Fevereiro 16, 2012 @ 23:37
————
Eu vejo as coisas assim: o GOP do Maine resolveu fazer uma straw poll durante os caucus e organizar uma festa para anunciar os resultados (aproveitando, como disse acima, para fazer algum fundraising e ganhar alguma imprensa). Marcaram a festa para o dia 11 de Março e disseram as estruturas locais (na NE tendem a estar organizadas por “towns”) para organizarem os caucus até essa data e para lhes telefonarem a dar os resultados. Na maioria dos sítios fez-se assim; outros, porque as pessoas não podiam ou não dava jeito, acabaram por marcar para depois dessa data e num local teve de ser adiado por motivos climatéricos. Mas o senhor tinha a festa, tinha lá os jornalistas e fez o anúncio com os resultados dos sítios em que houve caucus. É tudo.
Eu não vejo que isto seja favorecimento algum (cui prodest?), nem claro nem obscuro; e estivesse eu no lugar do senhor também teria anunciado os resultados. Quando se fizerem esses caucus, se as pessoas votarem na straw poll, alguém há-de comunicar quais foram e qualquer um de nós pode fazer as contas – não precisamos de estar à espera de um comunicado oficial do Maine GOP ou coisa que valha (e eu tenho razões para crer que eles apresentarão um resultado final com todos os resultados parciais incluídos, esteja à frente quem estiver). Mas todo este processo da straw poll é basicamente irrelevante. Much ado about nothing. Há um grupo de tontinhos que se quer indignar, victimizar e fazer de conta que são heróis em luta contra um tenebroso establishment a todo o custo.
“Marcaram a festa para o dia 11 de Março e disseram as estruturas locais (na NE tendem a estar organizadas por “towns”) para organizarem os caucus até essa data e para lhes telefonarem a dar os resultados. Na maioria dos sítios fez-se assim; outros, porque as pessoas não podiam ou não dava jeito, acabaram por marcar para depois dessa data e num local teve de ser adiado por motivos climatéricos. Mas o senhor tinha a festa, tinha lá os jornalistas e fez o anúncio com os resultados dos sítios em que houve caucus. É tudo.”
11 de Fevereiro, queria dizer.
A questão é que se era assim, então:
1. Todos os resultados de dia 11 deveriam ter sido contabilizados (como os de Belfast, por exemplo)
2. Os resultados já reportados de dia 4 deveriam ter sido contabilizados
3. Quem adiou a votação de Washington County deveria ter tornado isso claro
Dados estes 3 “detalhes”, eu acho que esse argumentação não é consistente.
“O establishment não passa de um red herring. É uma palavra com conotações negativas que serve para uns atirarem aos outros.”
O establishment são os dirigentes Republicanos a nível nacional e estadual.
Mas a onda está a mudar, pois por exemplo em Iowa o “establishment” é agora do Ron Paul =)
Ricardo, o H. explicou sensatamente o que está em causa.
Usou a tesoura de Okham.
Há sempre muitas “explicações” para os fenómenos. Se, na sua sala, um lapis cai da mesa, pode ter sido o gato, pode ter sido o vento, pode ter sido a dinâmica, pode ter sido um dragão invisivel, pode ter sido Deus, pode ter sido um fantasma sem cabeça.
Agora se você aponta logo o fantasma sem cabeça como culpado, sem investigar o gato, o vento e a física, o problema já não é o lápis, mas a sua cabeça.
É típico das mentalidades conspiracionistas, saltarem de imediato para as explicações paranóides, ignorando as explicações simples, prováveis e mais facilmente testáveis.
Você diz que foi o “establishment” mas a sua prova é o facto de você acreditar que foi o “establishment”.
Lembre-se de Okham.
Você até é um bom bloguer, tem umas ideias catitas, mas parece-me que embarca facilmente em teorias da conspiração, sem descartar primeiro as explicações mais prosaicas.
A explicação do H, é clara, possível, provável, está de acordo com a natureza humana, e não necessita de forças extraordinárias e malevolas em acção.
Um bom exempo de um raciocínio sensato e pragmático.
Foi o gato, segundo o H.
Creio que o meu novo post sobre o establishment ajuda a esclarecer a minha posição.
E já agora sobre o que os “Paulites” estão a fazer para que daqui a algum tempo seja eu a dizer “o establishment não faz nada disso, não sejam conspirativos” 😉
“Aqueles que votam não decidem nada. Aqueles que contam os votos decidem tudo.” – Josef V. Stalin
Como é óbvio o Ron Paul não vai ganhar um único Estado. Ele representa um perigo enorme para o Status Quo. Eles vão fazer tudo para ele não chegar a candidato presidencial. Eles esquecem-se é que isto, é uma questão de tempo. A minha geração (menos de 30 anos), tanto na Europa como nos E.U.A), começa a perceber que isto não é democracia. Chama-se feudalismo. Somos controlados por uns quantos políticos e alguns grandes empresários que controlam todos os aspectos da nossa vida (o que comemos, o que bebemos, o que podemos fazer, o que nos é ensinado nas escolas, etc). A liberdade vai triunfar pode começar agora ou ser daqui a uns anos, mas o que eles não percebem é que agora ainda pode ser a bem e daqui a uns anos pode ser tipo revolução francesa.
Isto não é novidade, nestas primárias já existiu fraude, ou pelo menos indícios, no Iowa, Nevada, Carolina do Sul, Colorado, Minnesota e agora Maine. Felizmente o Ron Paul tem ganho alguns Caucus, porque o mais importante não é o voto popular mas os delegados escolhidos no pós-Caucus, como explica aqui o “senior adviser” à campanha do Ron Paul, Doug Wead: http://www.youtube.com/watch?v=5O2zP2VfRZk&feature=g-user-lik&context=G28772e2UCGXQYbcTJ33ZWS3TFkcVHq0MVKipNAWnhr27dhRjy4xQ
Doug Wead explica a fraude em Maine: http://www.youtube.com/watch?v=wHLXsgn4_B0&feature=g-user-u&context=G22418f1UCGXQYbcTJ33ZWS3TFkcVHq7CzTIChNlp4DJ8rqhwxpP4
“Eles vão fazer tudo”
“Eles esquecem-se é que isto”
” que eles não percebem é ”
Eles, quem, ó António? Quem são “eles”?
Onde está a fraude, afinal?
Talvez se qualifique como fraudulento pessoas radicalmente ignorantes sobre estes processos a escreverem e a falarem sobre eles com tanta ligeireza.
Quando as pessoas em Washington County tiverem o caucus podem votar na straw-poll e quem quiser pode adicionar os resultados.
E Waterville é Kennebec County – os caucus lá são apenas amanhã. Como é que os resultados poderiam estar listados se ainda ninguém votou? “Are not listed”? “Strange inconsistencies”? Como é que um jornalista profissional pode fazer uma reportagem destas sem pesquisar os mais básicos dos factos?
Mas enfim, o partido é que tem culpa disto. Não deveriam centralizar e divulgar os resultados da straw poll – deixem os jornalistas fazê-lo se quiserem. Aliás, deveriam encorajar os caucus a não fazerem straw poll alguma.
Suponho que a única razão porque os caucus do Iowa ou do Maine interessam para alguma coisa (os delegados que lá se atribuem não devem ser muitos) é pela straw poll (e pelo efeitos que esses resultados têm na dinâmica da corrida).
Antonio Ferreira,
Isso dava um post d’O Insurgente quase =)
Lidador,
Eles os representantes do Status Quo.
Neste caso os dirigentes dos media e o establishment Republicano.
Satisfeito, ou quer nomes?
Ricardo,
Obrigado por ter respondido por mim. Eu até especificaria mais: a Fox, CNN, NBC, a indústria de armamento americana, os bancos, as companhias petrolíferas, etc. No fundo todos aqueles que tem algo a ganhar com a continuidade das políticas de crony-capitalism (capitalismo corporativo), que acabaram com Portugal e com a Europa e que agora ameaçam fazer o mesmo nos E.U.A.
P.S.- Eu quase que me atrevia a falar na New World Order, mas depois ainda me chamavam maluquinho…
“Eles os representantes do Status Quo.”
Bem, uma vez em plena narrativa conspiratória, dos maus (eles), contra os bons (nós), nada há a acrescentar.
Quem acredita que as coisas são controladas por uns gajos esquisitos,e omnipotentes, a fazer poções pela calada da noite, e a dar gargalhadas maléficas, precisa de voltar à religião.
Ao menos nessa temos anjos e demónios, está tudo mais claro e mais organizado.
Agora com “eles”, de resto referenciados por todo e qualquer motorista de taxi, a coisa não vai tão bem.
Mas cada um tem os demónios que merece.
Ah, já sei a que se referem. São os reptilianos que estão a controlar a Nova Ordem Mundial.
Pois claro….eles.
Caro Lidador,
Eu não tenho demónios nenhuns, álias tenho bastantes anjos na minha vida, graças a Deus. Se não quer acreditar que há Lobbies muito fortes que controlam grande da sua vida, , não acredite. O senhor é que sabe da sua vida e acredita no que quiser. Eu não lhe quero impôr a minha verdade, mas tenho direito a ela sem que ninguém me tente ridicularizar. Se quer ter uma discussão construtiva, muito bem. Se é para puxar para o disparate, não conte comigo. Já agora, não somos nós contra eles, pois está visto de forma clara que o senhor ou é um deles ou é mais um que eles que conseguiram enganar. Investigue os negócios da Mota-Engil, Lusoponte, BCP/CGD, Scuts, JP Sá Couto e depois falamos. Se quer um vídeo, também lhe deixo um:
H: Há um vencedor declarado com uma margem mínima, com uma percentagem de votos contados que é insuficiente para se saber se o vencedor declarado é mesmo o vencedor ou não. E depois há um “GOP chairman” de Maine, que diz que os votos que não foram contabilizados de Kennebec, Washington e Waldo, não vão alterar a decisão do GOP de atribuir a vitória ao candidato pré-declarado. Se isto é fraude ou não não sei, mas que é um claro favorecimento do partido a um determinado candidato é. Felizmente tenho a certeza absoluta que o Ron Paul vai conseguir levar a maioria dos delegados de Maine.
“Bem, uma vez em plena narrativa conspiratória, dos maus (eles), contra os bons (nós), nada há a acrescentar.”
Isso é ignorar o comentário.
Viu o que aconteceu no Maine, OU NÃO?
Viu como o Ron Paul recebeu 89 SEGUNDOS num debate?
O Establishment e os Media já nem se escondem muito bem.
Porque nega essas evidências?!?
(Outros grupos é mais questionável para S. Tomés que precisam de “ver para crer” e não reconhecem a lógica de cada grupo, mas estes dois…)
E aliás, eu cito exemplos concretos, o Lidador coloca vídeos pouco credíveis da net:
Vá, vamos argumentar com algo concreto e não com esse tipo de materiais…
Miguel,
Eu não colocaria esses dois casos no mesmo plano apesar de, numa perspectiva processual e formal, serem semelhantes .
O Iowa caucus tem um efeito forte na narrativa (por enquanto?), em virtude do calendário e da tradição (et por cause, dos níveis de participação elevados). Devido a esse efeito, é uma atraccãozinha bem interessante para o estado: milhões a serem injectados com regularidade quadrianual durante quase um ano – as campanhas agora começam 3 e 4 meses antes de Ames – com candidates, jornalistas, entourages, anúncios na rádio, nos jornais, na tv, festas, comícios, apoios e caciquismos que se compram e vendem. E as receitas indirectas são ainda mais significativas: se a indústria do etanol ainda existe, isso deve-se, em grande parte, à posição do Iowa nas primárias.
No caso do Maine, essas razões não existem. O efeito na narrativa é quase nulo – o estado foi mais mencionado pelas alegações de fraude que pelos resultados – logo ninguém lá gasta dinheiro que se veja. A straw poll fez-se para atrair alguma atenção dos media locais e para incentivar a participação no caucus – que são, primeiramente, reuniões para tratar dos assuntos do partido e iniciar o processo da convenção estadual. Boas oportunidades de recrutar e envolver pessoas e resolver potenciais conflitos nas corridas locais – ver que lugares precisam de candidatos e em quais há primárias desnecessárias. Na verdade esse incentivo só funciona no papel (nem 3% dos republicanos registados no Maine foram ao caucus) e se a atenção mediática que se consegue é a que se vê, mais vale prescindir da straw poll. Ou fazer os caucus mais tarde, mas o deadline para as primárias para a legislature no Maine é salvo erro a 15 de Março e as primárias em meados de Junho, por isso é conveniente ter os caucus municipais por esta altura. Ou seja, a straw poll no Maine, feita nesta altura e nestes moldes, não acrescenta nada de muito positivo ao Maine GOP. Que até é muito funcional; temos lá a trifecta.
Ricardo,
O establishment não passa de um red herring. É uma palavra com conotações negativas que serve para uns atirarem aos outros. Não há qualquer establishment a influenciar primárias – ironicamente, foram as primárias a matar o establishment.
Quem faz parte do establishment? Os biltres e os velhos sicofantas que se acotovelam nos think tanks em DC e Arlington? Os lobbyists e consultores da K Street? Os incumbentes no congresso e as manadas de assessores? Essa gente não forma nenhum corpo homogéneo, tem poucos interesses convergentes (quando os tem) e a capacidade de influenciar umas primárias nacionais é completamente nula. E a nível estadual e local passa-se a mesma coisa. O Charlie Webster foi senador local durante décadas; reformou-se, abandonou a política eleitoral e dedica algum tempo ao partido. É um activista como centenas de outros. Se estas lideranças locais e estaduais são o establishment, então o Ron Paul está a caminho de ser o candidato do establishemt. Aliás, quem é o candidato do establishment (ou quem são)? Quem não é? Não há respostas para estas perguntas porque não há um establishment. É apenas um conceito que se aplica a um corpo difuso e meio ectoplasmático de acordo com a perspectiva de cada um.
Algo como uma máquina partidária ou uma teia de influências mais ou menos cristalizada com um sindicado de voto ou pelo menos capacidade de influência real? Isso não existe. Ou existe a nível estadual em alguns locais – por exemplo, há um establishment no GOP da Pennsylvania, construído em redor do controle do governo dos condados; ou em NYS, construído em redor do domínio republicano do Senado e da rivalidade upstate vs city. Mas mesmo aí as coisas já não são o que eram – uma das últimas máquinas partidárias/sindicatos de voto com capacidade de mover muito dinheiro e votos foi o GOP em Long Island/Nassau County no tempo da máfia do Joseph Margiotta (que acabou preso) – e a influência dessa gente tem muito pouca amplitude. É razoável dizer que ceteris paribus é um bocado mais difícil a um candidato sem quaisquer laços, contactos ou experiência em termos políticos vencer umas primárias estaduais ou distritais na Pennsylvania – mas desde que haja dinheiro (principalmente dinheiro), carisma e sentido de oportunidade, tudo se consegue. Em termos nacionais, não há estalishment que conte. Há redes de dadores, umas mais próximas deste grupo, outras daquele; como há redes de comentadores, jornalistas e comentadores, mas não existe qualquer escol dominante ou com influência decisiva. À maioria dos chefes locais, estaduais e nacionais do partido, ninguém realmente liga. Com a predominância de primárias, eles estão esvaziados de poder real.
Não há neste caso – e nestas primárias em termos gerais – qualquer maquinação ou influência de um qualquer establishment. Apenas um processo conduzido de forma muito informal e amadora (e nem o digo no sentido pejorativo, é literalmente um grupo de amadores) que poderá ter tido alguns precalcos. Mas nada que se assemelhe a fraude.
H: Há um vencedor declarado com uma margem mínima, com uma percentagem de votos contados que é insuficiente para se saber se o vencedor declarado é mesmo o vencedor ou não. E depois há um “GOP chairman” de Maine, que diz que os votos que não foram contabilizados de Kennebec, Washington e Waldo, não vão alterar a decisão do GOP de atribuir a vitória ao candidato pré-declarado. Se isto é fraude ou não não sei, mas que é um claro favorecimento do partido a um determinado candidato é. Felizmente tenho a certeza absoluta que o Ron Paul vai conseguir levar a maioria dos delegados de Maine.
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Comentário por por — Fevereiro 16, 2012 @ 23:37
————
Eu vejo as coisas assim: o GOP do Maine resolveu fazer uma straw poll durante os caucus e organizar uma festa para anunciar os resultados (aproveitando, como disse acima, para fazer algum fundraising e ganhar alguma imprensa). Marcaram a festa para o dia 11 de Março e disseram as estruturas locais (na NE tendem a estar organizadas por “towns”) para organizarem os caucus até essa data e para lhes telefonarem a dar os resultados. Na maioria dos sítios fez-se assim; outros, porque as pessoas não podiam ou não dava jeito, acabaram por marcar para depois dessa data e num local teve de ser adiado por motivos climatéricos. Mas o senhor tinha a festa, tinha lá os jornalistas e fez o anúncio com os resultados dos sítios em que houve caucus. É tudo.
Eu não vejo que isto seja favorecimento algum (cui prodest?), nem claro nem obscuro; e estivesse eu no lugar do senhor também teria anunciado os resultados. Quando se fizerem esses caucus, se as pessoas votarem na straw poll, alguém há-de comunicar quais foram e qualquer um de nós pode fazer as contas – não precisamos de estar à espera de um comunicado oficial do Maine GOP ou coisa que valha (e eu tenho razões para crer que eles apresentarão um resultado final com todos os resultados parciais incluídos, esteja à frente quem estiver). Mas todo este processo da straw poll é basicamente irrelevante. Much ado about nothing. Há um grupo de tontinhos que se quer indignar, victimizar e fazer de conta que são heróis em luta contra um tenebroso establishment a todo o custo.
“Marcaram a festa para o dia 11 de Março e disseram as estruturas locais (na NE tendem a estar organizadas por “towns”) para organizarem os caucus até essa data e para lhes telefonarem a dar os resultados. Na maioria dos sítios fez-se assim; outros, porque as pessoas não podiam ou não dava jeito, acabaram por marcar para depois dessa data e num local teve de ser adiado por motivos climatéricos. Mas o senhor tinha a festa, tinha lá os jornalistas e fez o anúncio com os resultados dos sítios em que houve caucus. É tudo.”
11 de Fevereiro, queria dizer.
A questão é que se era assim, então:
1. Todos os resultados de dia 11 deveriam ter sido contabilizados (como os de Belfast, por exemplo)
2. Os resultados já reportados de dia 4 deveriam ter sido contabilizados
3. Quem adiou a votação de Washington County deveria ter tornado isso claro
Dados estes 3 “detalhes”, eu acho que esse argumentação não é consistente.
“O establishment não passa de um red herring. É uma palavra com conotações negativas que serve para uns atirarem aos outros.”
O establishment são os dirigentes Republicanos a nível nacional e estadual.
Mas a onda está a mudar, pois por exemplo em Iowa o “establishment” é agora do Ron Paul =)
Ricardo, o H. explicou sensatamente o que está em causa.
Usou a tesoura de Okham.
Há sempre muitas “explicações” para os fenómenos. Se, na sua sala, um lapis cai da mesa, pode ter sido o gato, pode ter sido o vento, pode ter sido a dinâmica, pode ter sido um dragão invisivel, pode ter sido Deus, pode ter sido um fantasma sem cabeça.
Agora se você aponta logo o fantasma sem cabeça como culpado, sem investigar o gato, o vento e a física, o problema já não é o lápis, mas a sua cabeça.
É típico das mentalidades conspiracionistas, saltarem de imediato para as explicações paranóides, ignorando as explicações simples, prováveis e mais facilmente testáveis.
Você diz que foi o “establishment” mas a sua prova é o facto de você acreditar que foi o “establishment”.
Lembre-se de Okham.
Você até é um bom bloguer, tem umas ideias catitas, mas parece-me que embarca facilmente em teorias da conspiração, sem descartar primeiro as explicações mais prosaicas.
A explicação do H, é clara, possível, provável, está de acordo com a natureza humana, e não necessita de forças extraordinárias e malevolas em acção.
Um bom exempo de um raciocínio sensato e pragmático.
Foi o gato, segundo o H.
Creio que o meu novo post sobre o establishment ajuda a esclarecer a minha posição.
E já agora sobre o que os “Paulites” estão a fazer para que daqui a algum tempo seja eu a dizer “o establishment não faz nada disso, não sejam conspirativos” 😉
Já agora, aqui fica o link:
https://oinsurgente.org/2012/02/18/ron-paul-e-o-establishment/