Sobre a liberdade e a propriedade privada

A propósito deste excelente post do BZ, achei que talvez fosse oportuno relembrar algo que “a nossa geração esqueceu”:

“O que a nossa geração esqueceu é que o sistema de propriedade privada é a mais importante garantia de liberdade, não só para aqueles que têm propriedade como para aqueles que não a têm. É apenas porque o controlo dos meios de produção está dividido entre muitas pessoas actuando independentemente que ninguém tem um poder completo sobre nós, que nós como indivíduos podemos decidir o que fazer connosco próprios.” (F. A. Hayek, The Road to Serfdom)

Este esquecimento sai caro. E, por vezes, o esquecimento paga-se com a liberdade.

13 pensamentos sobre “Sobre a liberdade e a propriedade privada

  1. ” O que a nossa geração esqueceu é que o sistema de propriedade privada é a mais importante garantia de liberdade, não só para aqueles que têm propriedade como para aqueles que não a têm.”
    .
    garantia de liberdade é o sistema politico, sistema judicial, sistema universitário não estar subjugado a interesses de organizações secretas como a Maçonaria ! isso é que é garantia de liberdade, pelo menos ajuda…

  2. Caro tric,
    pois eu lembro-me de vários casos em que “o sistema politico, sistema judicial, sistema universitário” não estavam subjugados a nada senão ao Estado e não eram propriamente regimes de liberdade. Lembrarmo-nos disso também ajuda…

  3. tric, se tais sistemas fossem “subjugados” exclusivamente a interesses de organizações partidárias (e seus programas eleitorais) já seria para si aceitável?

  4. em rigor, isso é mais um argumento em defesa da propriedade distribuida (por várias entidades) do que da propriedade privada, ainda que admito que na prática acha uma grande associação entre as duas coisas.

  5. “pois eu lembro-me de vários casos em que “o sistema politico, sistema judicial, sistema universitário” não estavam subjugados a nada senão ao Estado e não eram propriamente regimes de liberdade. Lembrarmo-nos disso também ajuda…”
    .
    ajuda a desculpar o indisculpavel… o ” sistema politico, sistema judicial, sistema universitário” só esta subjugado ao Estado, o Estado é que está sob controlo Macónico…este Regime é Maçónico!! tal como o da I-Republica…por isso, é esta III-Republica Maçónica venera e branqueia a acção da miserável da gente que dominou a I-Republica que conduziu Portugal à miséria total…

  6. ” tric, se tais sistemas fossem “subjugados” exclusivamente a interesses de organizações partidárias (e seus programas eleitorais) já seria para si aceitável? ”
    .
    eu não percebo é como podem existir organizações politicas secretas em Portugal e com tanto poder!! a Maçonaria é uma organização politica, com objectivos politicos…e chegarem ao ponto de controlarem serviços secretos e o parlamento nacional e …mas deve ser uma nova definição de democracia…

  7. 6 – “A Maçonaria” não é “uma organização politica” pelo simples facto que não existe tal coisa (“A Maçonaria”); existem duas (ou mais) organizações que são desgnadas como “Maçonaria”, e a que alegadamente controla os serviços secretos até é a que diz ser apolitica

    Desconfio que parte desta discussão sobre “a Maçonaria” é confundida porque, até à pouco tempo, a expressão “a Maçonaria”, em “português corrente”, era usada simplesmente como sinónimo de “Grande Oriente Lusitano” (que, esse sim, pertence a uma família de organizações com uma tradição de envolvimento político e [anti-]religioso).

  8. tiago

    #4 Miguel Madeira,

    que outra forma de distribuição (eu prefiro a palavra dispersão) de propriedade podem existir para além da propriedade privada? Porque mesmo que um conjunto de propriedades seja distribuída de várias formas e por várias razões, o processo que deu origem a essa distribuição é de alguma forma central, (mesmo que o resultado seja disperso). Eu não consigo imaginar um sistema disperso de propriedade para além de um sistema baseado em princípios de propriedade privada.

  9. ricardo saramago

    Sem o direito de propriedade privada, dos bens físicos e dos créditos(dinheiro), não pode haver liberdade.
    Se o direito à propriedade for restringido, quem fica de fora torna-se servo de quem tem acesso à propriedade.
    A propriedade privada foi também a primeira condição para a produção de excedentes e a invenção do dinheiro.

  10. Luís Lavoura

    “muitas pessoas actuando independentemente”

    Este argumento só é, pois, válido se a propriedade privada estiver distribuída por entre muitas pessoas, e se elas atuarem de forma independente.
    Não é válido no caso de a propriedade privada, por quaisquer razões, só pertencer a um punhado de pessoas, ou no caso de os diversos detentores da propriedade privada atuarem de forma concertada.

  11. “Desconfio que parte desta discussão sobre “a Maçonaria” é confundida porque, até à pouco tempo, a expressão “a Maçonaria”, em “português corrente”, era usada simplesmente como sinónimo de “Grande Oriente Lusitano” (que, esse sim, pertence a uma família de organizações com uma tradição de envolvimento político e [anti-]religioso).”
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    depois apareceu a Loja Mozart, a Loja Universalis e afins…não são organizações politicas!!!??? conte-me histórias da carochinha que eu acredito…

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