“(….) num piscar de olhos, há já quem afirme que não falta margem para o BCE comprar mais, mais e mais. A este propósito, o exemplo que mais se tem citado é o do Banco Central da Suíça que, recentemente, a fim de travar a valorização do franco suíço, aumentou exponencialmente o seu balanço para cerca de 60% do PIB suíço. Ora, tendo em conta que o balanço do BCE está nos 25% do PIB da zona euro, alguns analistas afirmam que não existirá problema algum em duplicar esse valor a partir do patamar actual sem com isso, atendendo ao exemplo suíço, se despoletar uma vaga inflacionista; ou, pelo menos, assim nos dizem. O problema é que se trata de um presente envenenado porquanto representará uma fuga para a frente, que em nada contribuirá para mudar as debilidades estruturais dos países ditos periféricos nem as suas distintas realidades económicas, tão distantes e díspares do caso suíço (onde, recorde-se, existe um excedente na balança de pagamentos equivalente a 12% do PIB, onde o rácio entre a dívida pública e o PIB é de 40% e onde não há défice orçamental).”, no meu artigo desta semana na Vida Económica (“O rating da cimeira”).
Ps: E, assim, concluo a minha colaboração de 2011 n’ O Insurgente. Um Bom Natal. Um Feliz Ano Novo. E cá nos leremos em 2012!
A compra de titulos por troca de reservas não tem efeito inflacionista duradouro.
O aumento da inflação só acontece quando os salários crescem duradouramente acima da inflação.
Pingback: erro histórico « O Insurgente
O Paulo Pereira conhece os 2 conceitos de Inflação – a monetária e a dos preços – certo?