Não vai ser com a receita que se acaba com o défice. O continuado aumento dos impostos dos últimos anos, liquidou o pouco que restava da economia que ainda era dinâmica e produzia riqueza. A única maneira de resolvermos o défice das contas públicas será com cortes na despesa do estado.
Todos os que defendem a reestruturação da dívida que será fruto da ajuda externa que ainda nem chegou, preparam-se para isso mesmo: impedir os cortes na despesa. Bloquear as reformas que permitirão às pessoas ficarem com os seus salários, em vez de os verem torrados em impostos. Bloquear as reformas que permitirão reduzir o peso do estado, vender activos do estado, empresas do estado, desregulamentar a actividade económica que está atrofiada por culpa dos agentes do estado. Bloquear as reformas que nos permitem passar para outro patamar e deixarmos de ser reféns de uma política socialista que implica despesa elevada e impostos altos. Implica submissão à vontade centralista do estado. Implica deixar sem argumentos os que ameaçam que sem uma despesa estatal desmesurada não há harmonia social.