Régric lembra-nos hoje os 28 anos passados do desaparecimento de Hergé. Ele soube-o pela televisão. Eu, mais novo, fiquei a saber, ainda me lembro como se de uma fotografia se tratasse, à porta da entrada da sala de estar dos meus avós, quando uma das minhas tias o contou ao meu pai. Cresci numa família fã de BD, entre as revistas do Tintin, no meio dos Mortimers e outros que tais. Pode ser chocante, mas a oitava arte parece-me a última expressão original da cultura francesa. Malraux que o diga. Com a morte de Hergé, aquela geração que sabia mais francês que inglês perdeu uma referência e uma infância rodeada de quadradinhos é hoje em dia impossível. Agora, quando se fala Hergé é com um sentido crítico, porque o politicamente correcto nunca permitirá uma mensagem tão humana e heróica.