No Egipto, manifestantes cristãos fazem cordão à volta de manifestantes muçulmanos para os proteger durante as orações (aqui).
No Egipto, manifestantes cristãos fazem cordão à volta de manifestantes muçulmanos para os proteger durante as orações (aqui).
Isto é que é dhimma!
Protecção não paga.
🙂
Se fosse o contrário é que era de estranhar. Sinceramente, parece-me mais que os cristãos egípcios se comportam como uns submissos aos próprios submissos (islão significa submissão).
“Se fosse o contrário é que era de estranhar. Sinceramente, parece-me mais que os cristãos egípcios se comportam como uns submissos aos próprios submissos (islão significa submissão)”
Pois a mim parece-me que se comportaram como verdadeiros cristãos…que não dizem só que o são…
Havia no meio daqueles que quiseram crucificar Cristo quem pensasse como o senhor Luís Cardoso e encarasse Cristo como um homem fraco e abaixo da expectativas criadas pelo messianismo!!!
Islão significa submissão às leis de Deus e foi sob esse Nome Universal que com certeza os cristãos egípcios protegeram os seus irmãos muçulmanos.
Por lapso disse luis Cardoso mas obviamente o comentário a que me reporto é de Firehead
JC,
Lamento discordar, mas não foi “sob esse Nome Universal que com certeza os cristãos egípcios protegeram os seus irmãos (!) muçulmanos”.
Os cristãos do Egipto tem o hábito de pensarem que quanto mais eles se prostraram aos muçulmanos, melhores vão ser as suas relações. Puro mito.
Antes demais, não há “nome universal” em comum entre cristãos e muçulmanos. Os cristãos invocam o Nome do Senhor Jesus Cristo, o Criador, enquanto que os muçulmanos invocam um deus com o nome pessoal de “Allah”.
O que os cristãos fizeram aqui é de se louvar mas isto é uma glória que pertence apenas e exclusivamente a Cristo.
Na notícia linkada:
‘Some Muslims have been guarding Coptic churches while Christians pray, and on Friday, Christians were guarding the mosques while Muslims prayed.’
Uma razão para ter esperança no futuro do Egipto.
«enquanto que os muçulmanos invocam um deus com o nome pessoal de “Allah”.»
“Allah” não é nenhum nome pessoal (ou os anglicanos invocam um deus com o nome pessoal de “God”?).
“Nome do Senhor Jesus Cristo, o Criador”
Não será em nome do Senhor Jesus Cristo, o Salvador, filho de Deus?
Caro Miguel,
Surpreende-me, não a sua assertividade, mas que não saiba que Allah quer dizer «O Deus» (um deus concreto e determinado do panteão árabe, o deus da lua), e não simplesmente «Deus», o Deus único, o Senhor, que em árabe é Ilah.
O monoteísmo maometano atribui a um dos deuses do panteão árabe as características do Deus único dos judeus e dos cristãos. Não é impossível que, com a evolução do idioma árabe e com a imposição do islão no mundo arabófono a expressão Allah se tenha aproximado semanticamente do significado de Ilah, mas não deixam de ser termos distintos com significados não coincidentes.
A este propósito assinalo que a expressão «Allahu akbar», erroneamente traduzida por Deus é grande, significa Ala é o maior.
Segundo a Enciclopédia Britânica, também os cristãos, baha’i e judeus de língua árabe chama Allah a Deus.
“…significa Ala é o maior.”
Quando se compara, neste caso um maior ou um menor “Deus”, limita-se (por definição) a omni essência do referido “Deus”.
Além disso é semântica de confronto. “O maior” é linguagem apropriada para futebol, mas não para Paz (divína)….
Pelo que sei, “Lah” (ou “Ilah”) quer dizer “divindade” e “al-Lah” quer dizer “a divindade”.
Já agora, convém recordar que estamos a falar de um lingua semitica, onde as vogais dependem muito do contexto.
Sem dúvida.
Mas o nome Allah é pré-islâmico e referia-se a um deus concreto, o deus da lua (daí o crescente como símbolo do islão).
Creio que o crescente era um símbolo turco, não um símbolo islâmico (repare-se, p.ex., que o Estado islâmico mais “purista” tem na sua bandeira uma espada e inscrições arábicas mas nenhum crescente).
Diga-se, aliás, que o nome do deus lunar pré-islamico era Hubal (o Bin Laden até tem umas cassetes a acusar o Bush de ser o “Hubal dos tempos modernos” ou coisa parecida), não Allah – “Allah” era usado como uma espécie de “alcunha”, simplesmente com o significado de “divindade mais poderosa” (como, aliás, os cristãos e penso que também os judeus chamam “Deus” a Jehovah).
Onde eu quero chegar com esta conversa toda é onde comecei:”Allah” é simplesmente a palavra árabe para “Deus” (com letra grande).
Os árabes chamavam ao deus da lua Allah, O Deus, porque era o mais poderoso do seu panteão.
O seu nome era, efectivamente, Hubul (ou Hubal), mas também Sin, Illumquh, i.a.. O local do seu culto era a Kabah.
IHVH não quer dizer o mesmo que Allah. o nome hebraico El é mais aproximado.
Quanto ao crescente: é como diz: a relação pode existir mas não é directa. O símbolo é anterior ao islão e não foi usado logo desde o seu início.
Foi adoptado encontra-se no topo das mesquitas.
Pode também haver da parte muçulmana uma tentativa de apagar a relação entre o deus da lua e Alá.
«”Allah” é simplesmente a palavra árabe para “Deus” (com letra grande).»
Sim. Tem razão.
Teologicamente, são, pelas suas características, entidades diferentes: um quer misericórdia, o outro sacrifícios com derramamento de sangue.
“IHVH não quer dizer o mesmo que Allah. o nome hebraico El é mais aproximado.”
Mas é isso mesmo que eu queria dizer (se percebo bem o que o LC quer dizer) – que “Allah” não é propriamente o nome de Deus (como IHVH) mas sim uma palavra com o significado de “divindade suprema” (como penso queira dizer El)
Estamos de acordo: Allah é a expressão árabe equivalente a Deus (com maiúscula). Eu só comecei esta conversa porque o Miguel disse que Allah não é um nome próprio – o que é verdade; apenas digo que, embora não o seja, foi usado como nome de um deus pré-islâmico, o que leva alguns defensores do Ocidente a apontar para o paganismo subjacente do islão, linha que não sigo.