a direita que é de esquerda, por rui a.
Veja-se, por exemplo, o horror de algumas virgens pudicamente ofendidas pelo facto do nosso salário mínimo ser baixo. O que propõem elas? Que se ponha termo a um expediente legal falacioso e demagógico que inibe a liberdade contratual e impede o acesso de milhares de jovens e desempregados temporários a um emprego ocasional? É claro que não. O que a nossa direita propõe é que o estado aumente o salário mínimo para patamares de «dignidade», ao gosto e ao paladar de cada um dos seus comentadores e articulistas, baseados, sabe Deus, em que contas e em que critérios. O estado a substituir a liberdade individual e contratual, em suma, o mesmo que a esquerda propõe. No meio disto, nem sequer lhes ocorre, quando dizem que é impossível uma empresa competitiva viver de trabalhadores com salários mínimos (e, de facto, não vive), que esse é mesmo o melhor argumento para acabar com ele.
Leitura complementar: Salário mínimo e os princípios económicos mais básicos
É bonito a socialistada, de esquerda e de direita, sair dos buracos agora que a sua ideologia de Estado em tudo está em perigo
os rapazes humanistas não fazem um pequeno esforço que seja para pensar nos desempregados que gostariam de aceitar um emprego por valor menor e alguém lhe diz que está proibido, nas micro-empresas que poderiam ter um inicio de actividade e aos poucos crescerem.
Não pensam nos principais prejudicados que são as economias do interior, qual é a mercearia ou micro-empresa que pode pagar o smo e extras a um aprendiz? com que direito se proíbe o aprendiz de aceitar um emprego que ele deseja e precisa?