Na rua e na comunicação social diz-se que o OE que o governo quer aprovar é mau. Mau no sentido em que levar um pontapé nos dentes é mau. Mas esse não é o sentido que interessa.
Este OE é mau porque o governo não sabe o que está a fazer e tirou um coelho da cartola apenas para ganhar tempo. É mau porque o governo não consegue governar o país e quer obrigar-nos a pagar essa incompetência. É mau porque o governo não faz a menor ideia de como é que nos vai tirar deste buraco mas quer convencer-nos de que não há alternativas.
Por absurdo que pareça, chegámos a um ponto em que mudar as moscas já seria meio caminho andado para resolver esta situação. Com eleições ou sem elas.
O caminho que nos espera quando a receita não chega para tapar o abismo…
http://www.forexlive.com/142392/all/greek-bonds-tumble-as-government-says-tax-revenues-falling-short
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2,
Estava à espera de algo diferente, era? O documento é o PEC, mas onde estão as medidas que visam tornar real o “C”? Reformas estruturais? Alguém? Aumentar a competitividade de Portugal? Medidas que visem controlar as empresas públicas, cuja dívida ascende a mais de 30 mil milhões de euros? Reduzir o peso do Estado no PIB? Alguém?
Estou a falar sozinho.
Que venha o FMI.
Eu não estava à espera de nada. O que eu não gosto é do unanimismo à volta da necessidade do principal partido da oposição “ter de” baixar as calças pela terceira vez porque não podem haver eleições e porque o país sem OE fica na bancarrota. Como disse o Rui Ramos recentemente:
“Há razões para a viabilização: por exemplo, a eleição presidencial, que impede uma transição rápida. Mas evitar a bancarrota? Essa já foi a história do PEC de maio, com a bênção de Bruxelas – e eis onde chegámos. Há ainda quem gostasse de aguardar por melhor ocasião para apear Sócrates. Mas quando é que, nos próximos anos, estará o país numa situação em que não seja uma “irresponsabilidade” derrubar o governo?”
Na prática, já estamos na bancarrota. Na prática, já estamos a ser governados do exterior. A única coisa que podemos fazer para já é lutar para mudar as moscas. Sinceramente, se responsabilidade é governar como o PS governou nos últimos 15 anos, não precisamos de mais argumentos para defender “irresponsabilidades”.
Um belo Yoko Gueri. Boa posição, bom apoio… o apoio, então, é sumamente importante. A quantidade de tipos que caem, ou sofrem contra-ataques aos joelhos e partes baixas, por falta de apoio é impressionante.
Também estou a falar de Karate.