A queda dos muros

Merkel recentemente veio reconhecer que a Alemanha falhou na sua política de integração dos emigrantes, o que só é uma surpresa para quem tem vivido nos últimos anos como a avestruz, com a cabeça enfiada na areia. O Henrique Raposo faz uma excelente análise no expresso online sobre este tema, cuja leitura recomendo.

França e Alemanha aparecem cada vez mais alinhados na preservação da identidade europeia, como comunidade de indivíduos, assente na Rule of Law, e na defesa de um modo de vida baseado na liberdade e no pluralismo.

O mundo está a mudar a um ritmo acelerado, e pelo menos uma certa Europa começa a perceber que a última coisa que lhe falta é perder a sua identidade e os seus valores fundamentais.

9 pensamentos sobre “A queda dos muros

  1. Não percebo a lógica deste post.

    Quer dizer: a Alemanha, como consequência de aplicar sempre a mesma lei, a todos os indivíduos – uma vez que o Direito alemão, como o Direito continental em geral, é de raiz latina e normativa -, falhou na integração dos imigrantes. O que se deduz daí? Que a Alemanha nunca deveria ter recebido imigrantes (o que teria sido calamitoso para a economia alemã)? OU que a Alemanha deveria aplicar um Direito diferente consoante a comunidade a que o indivíduo pertencesse?

    Faço notar que é nos EUA – esse país que, alegadamente, integra perfeitamente os imigrantes – que as soluções de Direito comunitário são mais aplicadas. Nos EUA é comum haver tribunais rabínicos, católicos, muçulmanos e hindus – ver artigo sobre o assunto na edição desta semana do Ecnomist. Nos EUA é também comum haver comunidades inteiras de pessoas que só vivem dentro da sua comunidade (e que, ocasionalmente, nem sequer aprendem a falar inglês, a língua nacional). Por exemplo, no centro da Pensilvânia há os Amish, no Utah há os Mormons, etc. Eu diria, em suma, que a Alemanha integra perfeitamente os imigrantes quando comparada com os EUA!

  2. Por acaso não concordo com a abordagem do HR. O mal está na integração forçada — não nos costumes diversos dessa gente, com os quais podemos discordar veementemente – por exemplo, se rapariga queria namorar, saísse de debaixo tecto dos pais –, aqui em Portugal a mesma regra aplica-se. Quanto à língua, também é um nacionalismo perfeitamente desnecessário.

  3. A. R

    O Luis Lavoura não entende a diferença entre emigrantes que vão para trabalhar e angariar o seu sustento nos EUA e os que vêm colonizar a segurança social dos indígenas europeus vivendo à custa deles.

  4. Portanto o AR só se opõe a que os imigrantes turcos desempregados não falem alemão? Se tiverem emprego já não há problema?

    É um perspectiva, mas penso que no seu discurso a Merkel não fez qualquer referência a isso (e, de qualquer maneira, não faço a mínima ideia se o desemprego entre os turcos da Alemanha é maior ou menor do que entre os mexicanos dos EUA)

  5. A. R

    “Merkel” não fez qualquer referência a isso” abundam referencias ao facto que não são produtivos (já falou com franceses a esse respeito? Não? Fale; e com austríacos já? Não? Fale) e tal tem valido a demissão de algumas pessoas (liberdade de expressão).

    “entre os mexicanos dos EUA” exclua os imigrantes ilegais e faça um cálculo relativo ao desemprego nos EUA a nível nacional. Não vale ir ao Vale do Ave por um lado e à Quinta da Marinha por outro.

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