As florestas também ardem porque deixámos de gostar delas.

No decorrer dos incêndios que desta vez decidi ignorar, li este trecho no ‘Danúbio’ de Claudio Magris, que nos conta o respeito pela floresta:

“Quando abatiam uma árvore, os lenhadores bávaros tiravam por alguns momentos o gorro e pediam a Deus que lhe concedesse o eterno descanso. Há uma religiosidade da madeira; o seu florescer e o seu envelhecer fazem-nos sentir irmanados com as árvores.”

Somos uma geração em que muitos poucos viram uma árvore crescer e a morrer velha. No livro ‘A Salmandra’ de Morris West, uma personagem diz às tantas a outra que todo o homem deve ter um bocado de terra seu. Só assim se faz parte de um lugar. Sem terra, nem árvores, resta o lamento indiferente que não altera nada.

Um pensamento sobre “As florestas também ardem porque deixámos de gostar delas.

  1. “No livro ‘A Salmandra’ de Morris West, uma personagem diz às tantas a outra que todo o homem deve ter um bocado de terra seu. Só assim se faz parte de um lugar. Sem terra, nem árvores, resta o lamento indiferente que não altera nada.”

    Nem mais.

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