O governo espanhol, talvez por ter tido pouco confiança nas capacidades da selecção de futebol, marcou para hoje mais uma manobra de diversão progressista. Espanha ultrapassa meio mundo na corrida para o Homem Novo, proclama o “aborto livre” até às 14 semanas, e aprova uma lei que, entre outros detalhes, — e aqui está a grande novidade, o novo avanço civilizacional do mundo cor-de-rosa de Zapatero — permite a uma adolescente, com 16 ou 17 anos, abortar sem informar os pais da sua situação. A expensas dos contribuintes, claro!, porque quando falha a educação sexual, a educação para a cidadania, ou a educação para vamos-ser-todos-muito-progressistas-e-bem-comportados-e-saudáveis-e-idiotas, há que tapar os buracos com retórica, leis e, principalmente, dinheiro; dinheiro dos outros, ingrediente fundamental para moldar, corrigir, doutrinar. E agora, tal como em Portugal, todos os espanhóis vão pagar as opções e os erros do vizinho (já nem vou falar de moral, e de questões de consciência). Tudo, dizem, porque uma mulher tem o direito de fazer aquilo que bem entender com o seu corpo. Ou quase tudo. Este bando danado, liderado pelas feministas do género e da génera, e que não descansou enquanto não deixou mais este marco no inexorável caminho para a “igualdade”, diz que a prostituição é obra do demo e recusa qualquer passo no sentido da legalização da mesma. Bibiana Aído, a ministra(-bibelô) mais inútil da história das democracias europeias, e com provas dadas de preocupante debilidade intelectual — chamava-se burrice, antes de nos adestrarem na arte da linguagem politicamente correcta —, chegou ao ponto de iniciar uma cruzada contra aqueles castiços anúncios de “massagens” que hoje inundam, e pagam, até o jornal mais orgulhoso. Sobre a liberdade deste Admirável Mundo estamos conversados. Sobre a ignorância, a má-fé e os inquisidores também.
“Este bando danado […] diz que a prostituição é obra do demo e recusa qualquer passo no sentido da legalização da mesma.”
Ora bem, excelente observação!
“permite a uma adolescente, com 16 ou 17 anos, abortar sem informar os pais da sua situação”
Mal estávamos se tivesse que informar. Isso são coisas do âmbito pessoal da adolescente. Um adolescente também tem direito à sua privacidade. É uma pessoa humana, não é propriedade dos pais.
A agenda progressista de Zapatero é um descalabro global: violência entre jovens a subir, rituais macabros em que adolescentes matam adolescentes, o sexo irresponsável é vendido por tuta-e-meia (Catalunha), aumento de 20% nas mortes de violência doméstica, violência de jovens sobre os pais e avós em aumento vertiginoso, limpeza de cadastros de jovens extremamente violentos, desprezo pelas vítimas, etc, etc. A esquerda cultiva a morte, gosta da morte! A morte está-lhe nos genes: quantos mais melhor (fome, fuzilamento, pogroms, hologroms, aborto).
“É uma pessoa humana, não é propriedade dos pais”. Bem dito. O filho que traz no ventre é humano e também não é propriedade dela: depende dela mas isso não lhe dá o direito de o destruir.
Tão fácil apanhar estes progressistas em contradição.
aqui em Portugal a Vida Humana começa as 10 semanas em Espanha, mesmo aqui ao lado, a Vida Humana começa as 14 semanas…ridiculo!!!
os Abortistas deviam, tal como o Saramago, ganhar um Nobel, por promoverem a inteligencia cientifica humana…
Touche A.R.
Realmente, acho que o Luís Lavoura e os progressistas do mesmo calibre estão cobertos de razão…
Só espero que o nosso Estado progrida o suficiente para que quando o meu filho chegue aos 16 anos possa fumar charros e chutar para a veia à vontade (fumar é que não, que faz mal à saúde), comprar armas legalmente e quiçá, ter já a carta de pesados. Juízo nessa cabeça, pá!!!! Desde quando é que uma catraia de 16 anos tem cabeça para decidir seja o que for nessa ordem de importância? Nessa idade, se quiserem dispôr de alguma vida, que o façam com a do peixinho dourado ou do hamster de estimação, nunca com a vida que carregam dentro de si.
Digam de mim o que quiserem, mas com a educação ranhosa que temos em Portugal, estamos a criar uma geração de imbecis que vão necessitar que os pais tomem por eles todas as decisões chave até aos 30 anos ou mais. A única maneira de evitar consequências maiores seria cercear-lhes todas as liberdades de que eu e os demais da minha geração não tínhamos nos anos 70, porque isto de fazer todas as vontadinhas dos meninos só gera atrasadinhos mentais mimados.
E nunca é por demais lembrar que a liberdade só o é verdadeiramente quando exercida com responsabilidade. E o Luís Lavoura chama ao facto de uma criança de 16 anos poder abortar sem informar os pais de responsabilidade?
Liberdade e responsabilidade, como muito bem disse PT. Claro que para a esquerdalhada, o que interessa é a libertinagem e o total desrespeito pelo outro e pela propriedade.
Preocupam-se tanto com a “escolha” mas que escolha tem o bebé por nascer? Quem o defende? É mais fácil envenená-lo ou estraçar-lhe a cabeça e colocar o que sobra no lixo. Longe da vista, longe do coração. Mas também, sempre tiveram sede de sangue, as bestas…
“Desde quando é que uma catraia de 16 anos tem cabeça para decidir seja o que for nessa ordem de importância?”
Quem é que vai tomar conta do filho durante para aí uns dezoito anos?
Já agora, o PT acha que os pais de uma rapariga de 16 anos devem ter poder para obrigá-la a fazer um aborto (na verdade, até acho o cenário “rapariga não quer abortar mas os pais querem que ela aborte” muito mais realista que o cenário “rapariga quer abortar mas os pais opõem-se”)?
«“É uma pessoa humana, não é propriedade dos pais”. Bem dito. O filho que traz no ventre é humano e também não é propriedade dela: depende dela mas isso não lhe dá o direito de o destruir.
Tão fácil apanhar estes progressistas em contradição.»
A diferença é que a rapariga de 16 anos tem células cerebrais activas e o embrião (até certa altura) não.
A.R. – “o sexo irresponsável é vendido por tuta-e-meia (Catalunha)”
Imagino, portanto, que nesse ponto esteja de acordo com o governo espanhol
A diferença é que a rapariga de 16 anos tem células cerebrais activas e o embrião (até certa altura) não tal como alguns comentadores que aqui vêm defender o indefensável.
Incrivel…
16 anos, menor ou adulta?
…alguem tem duvidas ainda?
O que não falta são discursos éticos e não éticos, razões e faltas da mesma para discursar e lutar por cada lado, mas facilitando as coisas…
Quantos erros cada um de nós cometeu até aos dias de hoje? Olhando para trás, imaginem-se com 16 anos e comparem os conhecimentos que hoje têm com os da altura…a vossa decisão seria a mesma?
A questão não está em saber se a miuda de 16 anos tem capacidade ou não, mas em saber quem terá maior e melhor capacidade para! Ao contrário do que alguns afirmam, existem mais pais receosos com os efeitos secundários de um aborto para a futura mãe, do que o futuro de uma criança nascida tão cedo… mas a cada família cabe escolher, a cada pai e mãe cabe ensinar!
Um aborto é uma sentença, e uma CRIANÇA não tem capacidade para tal!
INFELIZMENTE nasci tarde o suficiente, para ter de viver numa época de liberdade que nada tem de livre!
Portanto, o D. Caires defende que os pais possam obrigar as filhas a abortar.
10 – O filho que traz no ventre é humano, mas não é pessoa. Logo, não há contradição nenhuma de L.L. Só pode ser considerado pessoa depois de iniciada a actividade cerebral.
“Portantes”……eu ainda não conheci nenhuma pessoa que não fosse humana, mas se me quiserem apresentar estou aberto a tudo quanto é novo.
Mas se “humana” é a pessoa nos direitos, “humana” será nos deveres, pelo que deveria deixar de ser encargo de menor para a família, responder pelos crimes, votar, etc etc.
Ou só se é “humano” e “privado” para umas coisas e com responsabilidade diminuída para outros?
Ainda ninguém me respondeu sobre se acham que os pais devem poder obrigar as filhas a abortar (que mantenho ser um cenário muito mais realista do que quererem impedir as filhas de abortar).
Pondere então na seguinte questão: os pais têm de autorizar os filhos menores para estes poderem sair desacompanhados do país. Significa então que os pais podem obrigar os filhos a sair do país?
E sobre questões de menores e a atitude da esquerda na educação das crianças, a não perder o artigo do Der Spiegel, versão em inglês, que saíu ontem.
http://www.spiegel.de/international/zeitgeist/0,1518,702679,00.html
17, está respondido em 18.
Digo mesmo mais: uma abominação não o deixa de ser por via legislativa. Antes pelo contrário!
Concordo em absoluto com o alargamento do prazo para a IVG.
10 semanas é manifestamente pouco. Algumas mulheres (sobretudo jovens) só chegam a aperceber-se que estão grávidas já depois de passadas as 10 semanas.
Em apenas uma coisa concordo com o autor do artigo: a IVG não deve ser gratuita. Até aos 18 anos aceito um custo simbólico. Depois disso é pagar o custo real da intervenção. E no caso de reincidência, o preço devia duplicar.
18 – Penso que os pais podem, efectivamente, obrigar os filhos a saír do país (sobretudo se eles próprios também sairem).
Mas, se percebo, a sua posição é que os pais devem poder impedir uma filha de fazer um aborto mas não a devem poder obrigar a fazer um aborto. Mas, então, porquê? Se se considera que uma rapariga de 16 anos não têm capacidade para decidir por ela fazer um aborto, então também não teria capacidade para decidir ter um filho (ainda mais porque a decisão de ter um filho tem consequências muito mais profundas na vida da rapariga em questão do que a de fazer um aborto, logo até haveria aí um argumento reforçado para serem os país a decidir).
Penso que tem a ver com o facto de se tratar de uma intervenção naquilo que já existe. Isto é, para alterar o estado das coisas é necessária a autorização dos tutores, não fazer nada (não intervir) não carece de autorização. Com certeza algum dos comentadores versados na lei poderão explicar quais os direitos que estão aqui em jogo. Apenas deduzo por aquilo que me parece sensato.
Quanto à decisão de ter um filho ter consequências mais profundas do que fazer um aborto, isso é uma avaliação e não um facto. Se do ponto de vista do “ter” parece que a jovem pode “ter” mais, do ponto de vista do “ser” já não é evidente que o aborto seja a melhor solução.
Note-se que a minha questão era mais do foro normativo do que positivo – não estava a inquirir sobre o que a lei diz, mas sobre o que deveria dizer.
“Quanto à decisão de ter um filho ter consequências mais profundas do que fazer um aborto, isso é uma avaliação e não um facto.”
Será? em principio ter um filho implica cuidar dele durante uns dezoitos anos no mínimo (e cuidados bastante itensivos durante os primeiros anos de vida); por mais traumas psicológicos que um aborto provoque, duvido que esses efeitos se manifestem tão intensamente e durante um periodo tão prolongado.
Essas consequências podem ser boas ou más, mas parece-me que são claramente mais profundas e afectam muito mais a vida futura do que as de um aborto.
Na verdade, eu suspeito que muitas das pessoas que defendem que as menores precisem de autorização dos pais para abortar, defendem isso não tanto por acharem que os pais tem maior capacidade para decidirem acerca do aborto do que a filha, mas simplesmente porque acham que ninguém deveria abortar e, portanto, quanto mais “pontos de veto” existirem na processo de decidir um aborto, melhor (já que menos abortos se realizarão).
Não precisamos de chegar “à autorização dos pais para abortar”. O ponto principal é: os pais não são sequer informados, se a adolescente assim o desejar. O Estado, claro, por definição, sabe.
Miguel #25,
é possível que sim mas eu suspeito que são mais os pais a optar pelo aborto que contra, pela parte que me toca e salvaguardando o natural espaço íntimo que vai crescendo ao longo da vida (é diferente numa criança de 5 anos ou numa adolescente de 16) não concebo de maneira nenhuma que, em questões desta dimensão, seja quem for entenda que tem mais capacidade que eu e a mãe de ajudar o NOSSO filho a tomar a decisão correcta – sendo certo que eu seria contra o aborto e a mãe a favor. Por alma de quem é que o estado e seus agentes se entendem mais competentes que eu? Esta mania de achar que uns iluminados com o rabo sentado num gabinete com ar condicionado sabem melhor do que eu o que é bom para mim e para os meus enerva-me.
25. Pessoalmente não me posso englobar, mas tenho de concordar com a sua opinião, pois infelizmente isso também sucede mais do que devia..
Eu defendo que os pais deviam ter esse “poder”, talvez porque os meus pais teriam em atenção e respeitariam as minhas decisões na sua grande maioria, ou seja, sobretudo nas acertadas.
Claro que a lei é geral e abstracta e não pode prever quem são os bons e os maus pais… (se é que posso dizer que os meus são bons)
Uma criança de 16 anos nem devia ter de optar entre abortar ou não… como já referiram, estão a discutir sobre um erro atras de outro erro proveniente de outro erro… mas cá estamos… como no 27 referiu e bem, ADOLESCENTE…
Tenham em mente que a geração de honra, moral, ética, etc, está a chegar ao fim… a partir de agora quem tenha tais características será a maçã podre de qualquer plantel…