O líder da JP, Michael Seufert, deputado, afirmou à Lusa que vai defender na reunião que a bancada assuma uma posição contra o PEC, por considerar que as propostas nele contidas “são más demais”, a começar pela “quebra da promessa de não aumentar impostos”.
“O primeiro ministro faz a incrível pirueta mental de considerar que a redução dos benefícios fiscais não é um aumento de impostos”, sublinhou, em comunicado.
O Governo, disse, “não só quebra a promessa de não subir impostos, como deita por terra o TGV que há meses era indispensável para combater a crise”, ironizou o deputado.
“Não há uma única medida estrutural e a única redução de despesa imediata é feita no TGV, o que se aplaude, não se compreendendo porque insiste o governo na linha Madrid-Lisboa que serve a região mais rica de Portugal”, acrescentou.
Em nome da JP, o deputado defendeu que “o problema do défice tem que ser atacado pela despesa pública” e não pelo aumento da receita dos impostos.
“O estado não pode continuar a gastar sistematicamente mais do que aquilo que ganha, nem pode continuar a cobrar cerca de metade da riqueza gerada em Portugal”, disse.
Grande Micha!:)
Ps: Cheira-me, porém, que a bancada assina o PEC de cruz a troco de lentilhas, leia-se, subsídios à lavoura ou algo do género.
Muito bem.
Este deputado sabe do que fala 😉
Como é evidente nenhum partido da oposição à direita do PS, irá chumbar o PEC, se isso tiver como consequência a queda do governo e convocação de novas eleições. Em novas eleições, CDS ou PSD iriam defender maiores cortes na despesa? Pois, era o que deviam fazer, mas com isso arriscavam-se a ser estrondosamente derrotados nas urnas.
O que passou com o OGE foi que o foi. Agora, será mais do mesmo.
Grande atitude! Palmas.
Bela Escola 🙂
Será que lhe estão a crescer tomates finalmente? Boa! Veremos é se tem coragem para votar contra o seu partido se este se decidir pela abstenção (ou aprovar o PEC). Mas aí provavelmente seguirá o rebanho. Já deu para ver que não é nenhum Ron Paul: não tem coragem para ser a ovelha negra do parlamento, estragando assim a sua promissora carreira de político.
O PEC já determinou. O equilíbrio das contas do Estado vai ser concretizado à custa da classe média, principalmente das famílias (clássicas, com filhos).
A redução dos benefícios fiscais não é, por si só, uma má medida. Um sistema fiscal ideal não incluiria qualquer benefício.
O problema reside no facto do sistema português estar longe do ideal pelo que a medida tomada sobre os benefícios acabar por ser (outra vez) uma medida contra aquelas que produzem e que asseguram (com filhos) as gerações futuras.
Desta forma, aumentando a carga fiscal sobre aqueles extractos sociais, o Estado mantém a sua (desproporcional) despesa, criada, em grande parte pelos benefícios sociais concedidos a uma parte da população portuguesa, cada vez maior, que pouco ou nada produz.
Desta forma, aproxima cada vez mais o nível de rendimento dos que nada produzem ao dos que produzem. O que leva cada vez mais portugueses a se questionarem sobre de que lado estarão melhor e, no passo seguinte, a decidirem pelo lado que aumentará o problema português: haver cada vez menos riqueza produzida.
O corte nos benefícios fiscais cairá como uma bomba no grupo de famílias que trabalham para sustentar e educar os seus filhos. Que somam despesas de educação e saúde e que deixam de poder deduzi-las no IRS pago.
A solução seria simples e até poderia ser acompanhada pelo fim total dos benefícios fiscais: a introdução no coeficiente conjugal de valores respeitantes aos dependentes do agregado. Por exemplo, 0.5 para o primeiro filho, 0.4 para o segundo e assim sucessivamente.
Desta forma, estaríamos a precaver o futuro, a defender a família e a agir efectivamente sobre as variáveis que actuam sobre as taxas de natalidade. Cuja evolução precisa de ser invertida para assegurarmos Portugal. No futuro.
eh lindo fásssista!