Via José da Porta da Loja, soube que quatro estudantes de comunicação social foram convidados pelo Público para escolher três temas a serem tratados pela edição comemorativa dos 20 anos. Ora estão aqui abaixo os alter-temas escolhidos. Depois admirem-se. Cada vez merecerão menos a palha que comem.
- o “trabalho das associações” que apoiam os mais pobres e as suas motivações
- o lado menos convencional de um outro ensino
- artigo sobre os grafittis e graffiteurs.
- as dificuldades dos recém-licenciados que estagiam sem receber
- artigo sobre a Holanda e o regresso da xenofobia em paralelo com o caso português
- como a música estrangeira chega até nós
- as associações que combatem a discriminação
- artigo sobre alguns jornalistas que “arriscaram as próprias vidas”
- artigo sobre o aquecimento global
- automóveis que dominam a paisagem urbana
working as intended!
«o “trabalho das associações” que apoiam os mais pobres e as suas motivações »
Pensei que vossês até fossem a favor da caridade privada
«o lado menos convencional de um outro ensino»
O “outro ensino” é o ensino profissional; julgava que também eram a favor
«artigo sobre alguns jornalistas que “arriscaram as próprias vidas” »
E? (os esmeplos que eles dão – Carlos fino, José Rodrigues dos Santos, etc, – realmente são um bocado risiveis)
quanto à critica fundamental que o “José” faz (de serem todos temas que acabam por implicar análise e interpretação em vez de descrição simples de factos – aconteceu isto, isto e isto) penso que era inevitável à propria ideia de escolher um “tema que gostavam que o jornal abordasse” (das duas uma – ou o futuro jornalista tinha mesmo conhecimentos em 1ª mão de algo que achava que podia dar uma noticia concreta, ou então claro que vai responder um tema “socio-civilizacional”)
Miguel,
Artigos como os escolhidos são coisa que não falta. O problema para mim é que todas as escolhas correspondem a um padrão de enviesamento ideológico que, para ti, poderá ser o correcto, admito. Pelo menos são muito alter-mundialistas e politicamente correctos. Em nenhum deles a informação(nem na coisa da musica pois parece que o rapaz terá dito que até meados dos anos 70 era muito difícil ter acesso a música estrangeira) se safa. Só causas, causas e mais causas. O jornalista enquanto missionário gramsciano.
Podia continuar mas não adianta. Gramsci vence, pelo menos durante as próximas gerações. Logo se vê o resultado.
Nota: o artigo sobre jornalistas que arriscaram a própria vida é menos causa mas nem por isso deixa de corresponder ao um padrão de circularidade dentro da imprensa, que já enjoa.
so faltou a eutanásia