Como se desincha um orçamento inchado, sem desinchar?

Gostava que o João Galamba explicasse como é que com as taxas de crescimento previstas para Portugal, é possível fazer a consolidação sem diminuir drasticamente a despesa.

“Esmiuçando” o OE, e a forma como são alocadas as verbas pelas diversas rubricas, tomando como referência a dificuldade que haverá em aumentar as receitas fiscais, dado o crescimento anémico da nossa economia e a manutenção de uma elevada taxa de desemprego, não há dúvidas para ninguém que tenha feito as contas – e eu fiz as contas – que serão uns largos milhares de milhões de euros – no mínimo, oito mil milhões de euros – que vai ser necessário literalmente “cortar” em OE’s futuros, para atingir, primeiro os 3%, depois um défice 0.

[D]izer que consolidação orçamental não implica uma redução da despesa pública, pois consolidação é sobretudo um conceito qualitativo“, faz sentido no País das Maravilhas da Alice e do seu coelhinho, mas não no quadro da realidade orçamental portuguesa.

Convido o João Galamba a nos dizer, na sua perspectiva, como é que ele promoveria a consolidação orçamental, reduzindo o défice projectado, em 2010, de 8,3%, para um cenário, a 3 anos, de 3%? Gostava de perceber como é que se faz a nossa consolidação – do Portugal de 2010 – sem “cortar” na despesa, e sem diminuir o peso do Estado na Economia. Sou todo eu ouvidos.

5 pensamentos sobre “Como se desincha um orçamento inchado, sem desinchar?

  1. tric

    mas o Joao Galamba nao e especialista economico na area da Saude!? 180 dias e recebeu um balurdio…o quanto nao vale uma boa cunha lol

  2. Luís Serpa

    Pedir a João Galamba uma explicação sbre economia é como pedir a um talibã que explique o ateísmo. Perca tempo de outra maneira, caro Rodrigo Adão da Fonseca.

  3. Pelos vistos, mais vale ficar inchado…

    Tanta gente espantada
    por contas descontroladas,
    numa postura atada
    a ideias assoladas.

    A razão socialista
    tem pernoca encurtada
    por ser tão irrealista
    a certeza entortada.

    De tão bons samaritanos
    estamos todos atulhados,
    com seus portes lusitanos
    em casacos farfalhados.

    Com muito por explicar
    após tanta trapaça,
    se não o justificar
    fica sem carapaça.

  4. Joaquim Amado Lopes

    Por definição, aumentar as receitas do Estado a esse ponto significa necessariamente aumentar a receita fiscal. Resultado?
    1. Para as empresas que podem mudar-se para outros países, será mais fácil tomar essa decisão;
    2. Para as empresas que não se podem mudar para outros países, será mais difícil manter a actividade;
    3. Para os trabalhadores, menos dinheiro disponível, que leva a menos consumo, que leva a menos produção, que leva a menos receita fiscal.

    Mais receita fiscal significa mais desemprego, o que significa mais despeza social, o que significa necessidade de aumentar ainda mais a receita.

    O problema de “socialistas” como o João Galamba é julgarem que a ideologia substitui a ciência económica, a realidade e até o senso comum. Não é falta de inteligência nem ignorância. É apenas uma certa forma de ver o Mundo que devia ser estudada por especialistas. Em psiquiatria.

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