Claro que um partido político deve exibir e vender o seu peixe também nas redes sociais, na blogosfera e noutros espaços interactivos da internet. Parece-me muito bem que, num partido político, haja quem se dedique a escrever textos elogiosos do seu partido em blogues, a contestar em comentário posts de blogues de outras opiniões, a expor as fragilidades políticas dos adversários, a comentar artigos de jornais online com a posição do seu partido, e mais uns etc.. Que o faça anonimamente, sob pseudónimo ou assinando por baixo é uma questão de estilo. O que não se admite é que haja quem, a mando de um partido político, se dedique a insultar, a atacar pessoalmente, a difamar e a ameaçar quem esse partido considera desalinhado, tudo coisas a que os blogues socráticos se dedicam com grande afã.
Este é apenas mais um sintoma desta doença socrática que vivemos. Juntemos a isto as pressões a jornalistas, as pressões a magistrados (as conhecidas e as que nunca serão reveladas), os castigos a funcionários públicos, as recompensas aos empresários bem-comportados, e todas as restantes manifestações de uma democracia musculada. António Guterres deixou-nos num pântano político. José Sócrates vai deixar-nos num pântano ético.
Muito bem!
Falando de insultos, ou campanhas insultuosas, reza a história do PSD ser bem experiente na matéria – E não me refiro apenas à tentativa (ridícula) do Pateta Santana a PM. Quanto ao «pântano ético», na minha terra tem outro nome: Dor de Cotovelo.
HM, estamos bem quando os males dos outros justificam os nossos, sim senhor. Claro que o PSD não é virgem em insultos; mesmo actualmente, a ala passoscoelhista gosta de fazer política com insultos e ataques pessoais. Mas ninguém (nem os ataques a Sá Carneiro por viver com Snu Abecassis) conseguiu igualar este nojo produzido pelo socratismo.
De qualquer forma, HM, continue. Cada um merece o ordenado como entende.
Cara Maria João Marques, apenas quis salientar que o PSD (ou militantes do mesmo) não me parecem ter moral alguma para apontar insultos, pois promoveram bastante aquilo que chamo de política destrutiva. Quanto ao segundo parágrafo não discordo na totalidade.
Acho que a Dra. Maria João ainda não engoliu o resultado das legislativas…
às vezes a democracia pode ser chata não é?