João Carlos Barradas (Jornal de Negócios)
Um homem digno.
É o caso do pai do homem que atacou Berlusconi.
Na sua casa, em Milão, esse pai foi claro e singelo.
Disse o senhor Alessandro Tartaglia que o filho sofre de problemas psiquiátricos, afirmou que a família vota à esquerda e discute política em casa, mas, reiterou que não se cultivam ódios pessoais pelo que lamenta tudo o que aconteceu e se manifesta consternado pela agressão ao chefe do governo.
O senhor Tartaglia foi dos primeiros a telefonar para o hospital onde Berlusconi está internado para apresentar a suas desculpas.
O senhor Tartaglia pediu desculpas pessoais, está constrangido, preocupado com o seu filho que aos 42 anos e visivelmente perturbado anda a dizer à polícia ter atacado Berlusconi por não suportar o primeiro-ministro ainda que se mostre arrependido.
Nesta Itália em transe, em que tudo gira em torno das idiossincrasias políticas, familiares e empresariais de Berlusconi, o pai Tartaglia é quem mais lembra outro mundo gentil e idílico.
É o senhor Tartaglia quem evoca o melhor da velha aldeia de Don Camillo e Peppone.
Pena que o senhor Alessandro Tartaglia quase pareça um homem só, solitário, mas, pelo que diz, aparenta ser uma pessoa bem digna das melhores tradições do liberalismo italiano que nunca admitiu nem ses nem mas na hora de se opor à violência.
LEITURAS COMPLEMENTARES: O culto da barbárie, O culto da barbárie (2), O culto da barbárie (3), O culto da barbárie (4)
Muito bem.
Pois que o senhor Tartaglia é um homem é honesto, coisa que não poderemos dizer do sr. Berlusconi.
PS. Vir falar de “barbárie” a propósito disto, é não ter sentido de medida. Ou contribuir para a banalização das palavras, para não dizer outra coisa capaz de te ofender 😉
Vai ler o 5 Dias. És capaz de te sentir mais em casa.
“Vai ler o 5 Dias. És capaz de te sentir mais em casa.”
Por acaso é uma das minhas leituras “bloguísticas”. Mas confesso que venho mais aqui. Como a inibição/proibição de comentar é só nas postas do inenarrável douto Gabriel…
É precisamente devido a esse tipo de coisas que estás inibido. Preferes essas piadinhas de mau gosto a comentar os assunto de forma séria. E já agora, peço que não o voltes a fazer.
E qual é seriedade de um post intitulado “Contra o Culto da Barbárie”?
Fim da conversa, Marvão.
Percebeste perfeitamente o que escrevi.
Pingback: O “clube de fãs” da mulher que agrediu o Papa « O Insurgente