Miguel Castelo Branco a propósito deste post do 5 Dias.
Li e reli, não fosse a rotunda sonoridade das palavras ocultar uma elegante parábola. Mas não, pois ali estava tudo quanto de mais desprezível encerra a violência gratuita, aquela que mata o combate político e a guerra das ideias, que faz do ódio uma bandeira, apela aos mais primitivos instintos e justifica o assassínio como modalidade da acção política. (…) É o velho fantasma da acção directa, da “propaganda pelo facto”, do revolverismo e do dinamitismo – usando expressões consabidas, património das esquerdas ditas libertárias, que sempre acabaram no liberticídio – que assoma na pinchagem de Renato Teixeira. Podia ser uma blague, mas não é, pois provocação – se a fosse – exigia um exercício de retórica. Ali está, sem tirar, a arte da comunicação totalitária, palavras barrando a inteligência comunicativa. Ali está, apenas, oratória, a arte por excelência de todas as tiranias, o analfabetismo dos sentimentos, a proibição do pensamento. Jamais encontrei melhor no género e bate aos pontos o mais sórdido ódio ao humano que em tempos invadiu uma certa blogosfera racista e miserável que o curso do tempo em boa hora, à míngua de argumentos, acareou e levou à extinção. Que diferença, pois, entre o nazismo e este comunismo que se dissimula no à la page das ideias ditas progressistas? O 5 Dias morreu hoje.
LEITURAS COMPLEMENTARES: O culto da barbárie, O culto da barbárie (2), O culto da barbárie (3)
Concordo em absoluto com o seu post. É uma vergonha ler/ver uma coisa assim. Só quem não consegue pensar sente necessidade de se exprimir desta forma lamentável. Era bom lembrar ao 5 dias e ao tal Renato não-sei-quê um pouco da história recente. Como começou o nacional-socialismo, por ex.
Pobres de espírito ou neo-fascistas com outro look?