Impostos

David Cameron defendeu, no início desta semana, uma descida dos impostos, mais precisamente daqueles que oneram as empresas. Tal qual o governo português, o executivo em Londres enfrenta uma forte quebra das receitas, ao mesmo tempo que as despesas do estado aumentam. O défice das contas públicas atingiu números impensáveis há poucos anos. Independentemente de tudo isso, Cameron reconhece que este défice é um problema do estado, criado pelo estado, não lhe cabendo a ele onerar ainda mais os cidadãos pela incompetência dos governos.

Cabe a um governante criar condições para que as pessoas vivam melhor. Para tal, deve interferir o menos possível com a  actividade económica e reduzir, ao máximo, a despesa pública. Esta deve ser a preocupação principal de um político. Saber quando sair de cena, pois, apenas com crescimento económico, há receitas que paguem as despesas.

Infelizmente, por cá, o governo prepara o país, com um recado aqui e um desmentido acolá, para uma subida dos impostos. Infelizmente, por cá, o PSD ainda não acordou.

8 pensamentos sobre “Impostos

  1. Eu iria escrever o que Pi-Erre já escreveu.

    Esperar algo do PSD, mais mirubundo que furibundo (a não ser internamente), é esperar Godot.

    Quando é que se acaba com a fixação de o PSD ser alternativa?

    É lama da mesma lama. Isto está assim por causa de um e de outro.

    Deixem de ser cegos, não é só o Zé Povinho.

  2. Este Cameron é um génio. Desce-se os impostos sobre as empresas. Estas, imediatamente, estúpidas como são, põem-se a produzir mais, de tal forma que acabam por pagar mais impostos. A receita do Estado aumenta.

    O insight do Cameron é, de facto, espetacular.

  3. André
    Já vi várias entrevistas de Cameron, e alguns discursos, em que defende o corte das despesas do estado para poder libertar os cidadãos do seu peso excessivo. Cameron é um político que prepara os temas, informa-se, domina as diversas áreas, sabe do que está a falar, refere-se sempre a números concretos, exactos, e em que áreas se poderia cortar sem perder eficácia dos serviços e sem comprometer as áreas mais sensíveis.
    Cameron nunca diria, por exemplo, “estar surpreendido com os números”. É esta a diferença. Um político que sabe do que está a falar.

    Se o estado não cria riqueza, só gasta e tantas vezes mal… o que vai taxar daqui a uns tempos? As empresas continuam a fechar, outras fugem daqui para outros países…
    Subir impostos, além de irrealista, pois já não há margem possível, é imoral. E nem é preciso explicar porquê: bastava o buraco do BPN combinado com ausência de supervisão bancária, mas há muito mais: corrupção, crise da Justiça, ausência de transparência em concursos públicos, a que ainda se quer somar gastos em TGV, auto-estradas, etc. Fora a máquina de propaganda socialista que nos deve ficar caríssima (alguém já fez as contas? Intervir financeiramente em canais de televisão e ter a mãozinha noutros negócios sensíveis da comunicação social, deve custar os olhos da cara, não acham?)
    Como combinar subida de impostos com tudo isso?
    E além disso, dizem os especialistas da fiscalidade que já há impostos “camuflados” em taxas diversas como algumas municipais.

    De qualquer modo, o povinho aqui não tem grande margem para refilar, uma vez que voltou a apostar neste estilo de política que desconhece o significado de “compromisso eleitoral”. E nem se podem queixar de não ter sido informados da situação económica real do país, pois bastava ouvir vozes como a de Medina Carreira.

  4. essa do psd acordar é tanga, não? e o sr. silva a assinar de cruz tudo o que o governo lhe põe à frente ainda dá alguma margem de manobra a um partido acéfalo perdido na idolatria ao gajo? não venham com tangas por favor… um bocadinho de realismo é preciso…

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