A Doença

A principal doença da Europa está sintetizada nas Niederkirchenerstrasse e Zimmerstrasse (contíguas). Há o Topographie des Terrors, um museu ao ar livre à espera de casa que evoca a Gestapo e as SS. O ambiente é fúnebre, e o “circo“ que ocupa grande parte de Berlim está ausente. A cerca de 100 metros, no cruzamento da Zimmerstrasse com a interminável Friedrichstrasse, está uma caricatura do Checkpoint Charlie, o mais famoso posto de controlo do Muro. Há lojas de recordações, uma réplica da cabina de madeira, retratos de soldados ao estilo de Thomas Ruff, vendas improvisadas que oferecem toda a espécie de memorabilia de Berlim Oriental (e havia também o magnífico Café Adler, agora fechado). É o centro do circo berlinense. A foice e o martelo estão por todo o lado. Apenas a foice e o martelo, ali, como em toda a cidade. Porque o outro símbolo, aquele que, antes do comunismo, começou a preencher de negro as páginas da história de Berlim, não pode ser exibido. Te(re)mos o futuro que merecemos.

2 pensamentos sobre “A Doença

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Imagem do Twitter

Está a comentar usando a sua conta Twitter Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.