Ontem à tarde, a vendedora das Edições 70 na Feira do Livro disse-me que já não tinha nenhum exemplar de “O Caminho para a Servidão” de Friedrich August von Hayek porque esgotou o stock que tinham levado para o stand.
Ontem à tarde, a vendedora das Edições 70 na Feira do Livro disse-me que já não tinha nenhum exemplar de “O Caminho para a Servidão” de Friedrich August von Hayek porque esgotou o stock que tinham levado para o stand.
Eu também já perguntei por três vezes pelo livro do José Manuel Moreira, em três livrarias diferentes, e nunca o tinham.
(Perguntei pelo livro só para o ver, não para o comprar.)
A semana passada estava disponível na FNAC do Colombo.
Eu nunca vou à FNAC, vou a livrarias de rua pelas quais passo no dia-a-dia, ou então que ficam perto da minha casa.
O Colombo fica a meia hora de transportes de minha casa. Vou lá talvez uma vez de dois em dois anos.
A FNAC está disponível na internet:
http://www.fnac.pt/pt/Catalog/Detail.aspx?cIndex=0&catalog=livros&categoryN=Livros&category=economia&product=9789898184191
Muito obrigado por se incomodar, LA. Eu também não tenho cartão de crédito para fazer compras pela Internet. Sou um gajo primitivo, tá vendo? Mas governo-me assim…
‘Tou vendo…
Não incomoda nada, caro Lavoura.
No espírito de aceitação do seu estado “primitivo” ou no estado que lhe der na gana estar (por mim, só lhe desejo as maiores felicidades), informo-o que a FNAC também aceita pagamentos por Multibanco (assim informa o site).
Já agora: não sou comissionista da FNAC ou de qualquer outra livraria 😉
É, de qualquer modo, uma excelente notícia, em linha também com os novos recordes de vendas de Atlas Shrugged nos EUA. Pela minha parte, apesar de ter uma edição americana, comprei também a portuguesa para reler e para emprestar aos amigos.
Apesar do mundo global em que vivemos, é muito importante ter edições traduzidas das principais obras liberais se se pretende que esta mensagem de liberdade e responsabilidade individuais ganhe alguma expressão num país habituado a viver do e para o Estado.
Diogo Almeida
“é muito importante ter edições traduzidas das principais obras liberais”
O Movimento Liberal Social está a tentar obter acolhimento junto de alguns editores para editar em Portugal traduções de algumas obras liberais.
Mas não serão da versão de liberalismo que se propagandeia neste blogue.
“Mas não serão da versão de liberalismo que se propagandeia neste blogue”
Isso é que é pena…
“Apesar do mundo global em que vivemos, é muito importante ter edições traduzidas das principais obras liberais se se pretende que esta mensagem de liberdade e responsabilidade individuais ganhe alguma expressão num país habituado a viver do e para o Estado.”
Diogo,
My thoughts exactly.
LT,
O liberalismo do MLS tem de ser “socialmente” enquadrado em ideias “sociais” que responsabilizem a “sociedade” atrvés de um programa “social”.
LA (# 11)
A que se refere, em concreto? Ou seja, deixando de parte o facto de Você não gostar da palavra “social”, que posições concretas do MLS considera serem incompatíveis com o liberalismo?
Da declaração de pricípios do MLS. Partes dos pontos 3, 4, 6, 7, 8, 10.
Só como complemento ao que o Miguel já respondeu e para especificar apenas um ponto (significativo para mim) e que se liga à tal palavra “doninha”:
#4 “(…)Acreditamos numa sociedade justa, regulada pelo mérito(…)”
Só os individuos podem ser justos; a sociedade a que se referem não é mais que conjunto da acção dos individuos; estes devem agir de acordo com normas de justa conduta apuradas ao longo do tempo, que de forma alguma podem servir para ser garantias de resultados e portando não asseguram que os objectivos de cada individuo seja atingidos segundo os méritos que cada um julga possuir. De forma alguma a sociedade (que não existe autonomamente nem pode por isso tomar decisões e fazer escolhas independentes dos individuos) pode determinar a justiça dos resultados obtidos que dependem das capacidades de cada um aproveitar as oportunidades que lhe aparecem, sujeitos à imprevisibildade de incontáveis factores.
Já agora: há uns tempos deixei-lhe uma pergunta sobre as suas “mui liberais” posições sobre proteccionismo, numa caixa de comentários por si bastante usada nesse dia, e que ficou por responder.
O liberalismo do MLS tem de ser “socialmente” enquadrado em ideias “sociais” que responsabilizem a “sociedade” atrvés de um programa “social”.
Isso não é socialismo?
Encomendei o livro na Bulhosa, fiquei três semanas à espera, encontrei-o na Europa-América, comprei-o e desisti do que tinha encomendado.
“Isso não é socialismo?”
No mínimo é social-democracia, ao estilo Lib-Dem ou Democrat (aliás, “the american liberals”).
Ainda fui a tempo de comprar um dos exemplares d’”O Caminho para a servidão” na Feira do Livro. O preço foi bastante porreiro, uns 4€ a menos do que pagaria na FNAC. Só por isso já vale a pena ir à FLL. Aproveitei para comprar o “Caderno de Saramago”, “A Caipirinha de Aron” e “O dever da Verdade”. Só falta o “Sec. XX esquecido”, do Tony Judt (estava esgotado, infelizmente) e a minha lista de compras fica completa.
Ponto 10:
“Cremos num futuro de Portugal como membro activo da União Europeia, desempenhando esta um papel influente e de responsabilidade no mundo, não em contraposição, mas em complementaridade a outros poderes. Vemos num aprofundamento democrático da União Europeia vantagens e oportunidades para o futuro, sem que isso signifique uma diluição das identidades e dos patrimónios culturais dos estados-membros.”
Com que é que o Miguel não concorda, aqui?
Ponto 8:
“Defendemos a economia de mercado livre como forma preferencial de organização económica: um sistema económico de livre iniciativa, de respeito pela propriedade privada, concorrencial e pleno de diversidade, onde o Estado desempenha essencialmente um papel regulador.”
Com que é que o Miguel não concorda nisto?
Ponto 7:
“Reconhecemos que uma educação de qualidade que favoreça a tolerância e a compreensão na diversidade e pluralidade, que estimule a reflexão crítica e o juízo autónomo, é um factor de libertação do ser humano, por isso indispensável ao desenvolvimento das sociedades livres e de uma cultura de responsabilidade.”
O que é que isto tem de mal, para o Miguel?
Ponto 4:
“Defendemos a igualdade de oportunidades e não a de resultados. Acreditamos numa sociedade justa, regulada pelo mérito, onde todos possam exercer livremente os seus talentos e desenvolver o seu potencial, livres de coerção, num ambiente solidário e de respeito entre indivíduos.”
Não concorda com o quê nisto, Miguel?
Ponto 3:
“Consideramos essenciais todos os direitos estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos do Homem, os quais devem ser sempre salvaguardados pelo Estado, nomeadamente a liberdade de expressão, de associação e a abolição de todas as discriminações, entre as quais as que tenham como base o sexo, etnia, cor, religião ou orientação sexual.”
O que está mal aqui?
LA, # 14
Aquilo que o MLS entende por “sociedade justa” é aquilo que está expresso no texto imediatamente seguinte: “[uma sociedade] regulada pelo mérito, onde todos possam exercer livremente os seus talentos e desenvolver o seu potencial, livres de coerção, num ambiente solidário e de respeito entre indivíduos.”
Ou seja, a “sociedade justa” do MLS nada tem a ver com aquilo que o LA imagina no seu comentário.
LA, # 14
Não me lembro da pergunta a que se refere. Se a quiser repetir…
Caro Lavoura,
Quer isso dizer que não atribui nenhum mérito à minha imaginação?
Isso parece-me injusto, uma vez que me esforcei bastante, usando todo o meu talento (limitado, obviamente). Consegui mesmo o apoio (ditado pela solidariedade, condição numa sociedade de iguais oportunidades) dos colegas aqui da “repartição” que solidariamente me incentivaram a imaginar o que representa a social-democracia para o MLS.
A sociedade deveria assegurar que a minha opinião tivesse o reconhecimento e aceitação (porque não celebração?) que julgo ser justo. Mais: devia a sociedade recompensar-me pela angústia que me causa não ver esse mérito (enorme, aos meus olhos) por si (e sabe-se lá por quantos milhões mais) devidamente reconhecido.
É que nem uma comendazita…
Repito, com certeza.
Não quero que sinta que a sociedade não é justa para com o mérito da sua resposta (não esqueça quando a encontrar, à sociedade, diga-lhe que a acho muito injusta).
Neste post:
https://oinsurgente.org/2009/04/03/proteccionismo-e-o-g20-2/
Escrevi eu (repare-se no alto mérito da minha pergunta):
Mesmo considerando a Wikipedia como a fonte das fontes, no mínimo a sua interpretação do que cita é bastante restrita.
Diga-me uma coisa, por favor. Quando argumenta:
“O protecionismo refere-se apenas ao impedimento de comércio entre países.”
Refere-se só a bens físicos (mercadorias que estão num armazém, passíveis de contagem de stock) ou considera também o comércio de serviços?
Se a prestação de serviços implicar a deslocalização de uma equipa de prestadores desse serviço às instalações do comprador (construção civil ou engenharia, p.ex); se ambos forem de países diferentes; se existirem limitações legais/administrativas de movimentações de trabalhadores; se existirem limitações legais/administrativas para os prestadores levarem capitais para fora (resultante pagamento aos prestadores)estamos ou não perante proteccionismo (no mercado de trabalho aos trabalhadores locais e no mercado de capitais impedindo a sua deslocalização)?
Eu discordo de quase(arriscaria todas) as citações Socias Democrates que Luís Lavoura trouxe aqui.
Por exemplo esta:
“todas as discriminações, entre as quais as que tenham como base o sexo, etnia, cor, religião ou orientação sexual.”
Acabaram as quotas.
Tirania e Anti-vida e anti-humanidade. Os Humanos só estão cimo da terra por causa da discriminção que sempre fizeram sobre tudo. O nosso corpo é uma extraordinária obra discriminatória. Por isso é que temos de ir á casa de banho. Há é discriminação má e discriminação boa.