Ao contrário do Bernardo, eu gostei do ‘Se perder, perdi’ de Manuela Ferreira Leite. Gostei, porque demonstra, além de desapego, uma forma de estar na política que se traduz na apresentação de propostas que se os eleitores quiserem serão aplicadas mas, caso não o pretendam, cada um fica na sua e seremos amigos como sempre. Esta qualidade política é rara.
Só com este desapego é possível ser sincero. Só com este desapego é possível falar verdade. Pode dar pouco votos, mas quando o país acordar para a realidade, dará uma legitimidade imensa a quem souber estar desta maneira na vida política.
Totalmente de acordo! Esta senhora já conquistou o meu voto (tenho sido abstencionista militante, com duas únicas excepções: os dois referendos do aborto). Estou convencida que, da mesma forma que me vai conquistando, conquiste também uma boa parte dos mais de 50% de portugueses que pensam como eu!
É mais uma achega à ideia que tenho de que MFL pode ser o início de qualquer coisa diferente. Talvez seja imaginação a mais da minha parte, mas dá um certo alento. (linkado no SB)
“eu gostei do ‘Se perder, perdi’ de Manuela Ferreira Leite.”
Eu também.
Um dos problemas da nossa democracia é, precisamente, a falta de políticos capazes desse desapego. São frases como esta que aprecio – e que contrastam com atitudes como as de Elisa ou Ana Gomes, que se candidatam em duas frentes incompatíveis precisamente com receio da derrota.
Eu também gostei. E é por estas e outras parecidas que o slogan “política de verdade” se adequa a MFL e as pessoas vão pecebendo isso. Mesmo quando aparentemente diz coisas que não são esperáveis nos políticos. Pelo menos o que diz é o que pensa e não passa atestados de idiotia aos eleitores como a rábula de Sócrates sobre as palavras do PR. Nestes tempos duvido que as pessoas não apreciem o carácter, algo que MFL tem para dar. Se isso chega para ganhar eleições é outra conversa.
Também concordo. Pena o resto que fez, faça ou diga seja ao contrário. Quanto ao resto a Manuela Ferreira Leite tem um carácter de apparatchik de Estado como demonstrou quando esteve nos Governos. Para ela tudo se resume ao dinheiro que consegue colectar e sem o minímo respeito por quem lhe paga o ordenado. Que pessoas supostamente com tendências liberais pensem que vem ali alguma coisa boa é mais um dos sinais da dissonância cognitiva que este país é useiro e vezeiro.
Totalmente de acordo.
Ainda que neste país, o falar verdade conte pouco coisa para grande parte dos eleitores. Para além disoo, a percentatem dos que percebem se estão a ou a ser enganados é tristemente baixa.
Tenho alguma dificuldade em compreender como se pode hesitar entre alguém (MFL), com a sua preparação técnica, experiência governativa, modo de estar na vida política, sentido de estado e ética e José Sócrates: o da licenciatura ao Domingo, o do inglês técnico, dos 150.000 empregos, dos processos aos jornalistas, do desrespeito pela Assembleia da República, dos relatórios da OCDE, do não afinal sim ao casamento homossexuais, da propaganda do Magalhães, de um sistema de informação dos tribunais gerido por um instituto dependente do MAI, etc, etc, etc…
Bem…olhando um pouco à volta , até compreendo…
Subscrevo o post, e acima de tudo cada palavra do comentário de Maria João Marques!
A experiência Governativa de Manuela Ferreira Leite foi um desastre não se distinguindo nos resultados de Sócrates & Co. Com o seu sentido de (falta de)ética diz coisas como ““podem reclamar….mas o dinheiro já está do lado de cá” a quem lhe paga o ordenado.
Eu por mim não hesito são todos socialistas e por isso não levam o meu voto.
Saber perder
é uma qualidade,
quem se agarra ao poder
não tem tal sinceridade.
Ao poder desapegada,
sem viver com essa obsessão,
temos uma política abnegada
em livrar-nos da depravação!
O mexilhão inteligente
entende esta mensagem,
não tolera esta gente
em que a verdade é uma miragem!
A História encarregar-se-á de fazer a crítica justa da postura de Manuela Ferreira Leite. Por enquanto, teremos de continuar a ler as opiniões desta bandalheira de jornalistas e comentadores enviesados para a esquerda, mesquinhos, medíocres e arrogantes.
Pingback: Eu também
“Que pessoas supostamente com tendências liberais pensem que vem ali alguma coisa boa é mais um dos sinais da dissonância cognitiva que este país é useiro e vezeiro.”
Caro lucklucky
É mais o desespero de saber que o que está lá agora, é muito pior.
Eu tenho mais ou menos a mesma opinião que a sua, acerca da Senhora, mas como a esperança é última coisa que morre, quem sabe, talvez ela se tenha redimido.
Tenhamos fé.
Eu vou dar-lhe o beneficio da dúvida.
.
Depois não se queixe que ela seja Estatista. Mas não tenha muitas esperanças de vitória, tudo o que o PSD e CDS conseguiram nos últimos 20 anos foi não só não fazer uma miníma mossa no sistema de compra de votos social, mas mais ajudaram a construir uma larga maioria de esquerda que se não houver divisões implica até que Cavaco está acabado. Ainda não entenderam que não podem bater esquerda socialista nessa compra, porque mergulham num rio onde a lógica e a narrativa é a da Esquerda.
A última sondagem da Marktest mostra isto: CDS,PSD partidos moderados social democratas que apoiam extensivos gastos sociais, nenhuma ideia de reforma e que querem deixar tudo como está têm 35% de votos.
Legislativas. Marktest, 14-19 Abril, N=803, Tel.
PS: 36,2% (36,7%)
PSD: 26,4% (28,4%)
BE: 13,6% (12,6%)
CDU: 11,2% (8,9%)
CDS-PP: 8,3% (9,4%)
OBN: 4,3% (4,0%)
http://eleicoes2009.info/legislativas/bloco-central/
André: também de acordo.
Agora gostava mesmo de saber é como é que se conseguem aqueles resultados nas sondagens das legislativas…
Frontalidade e verdade é o que precisamos. Não se aguenta mais a incerteza !A dúvida !O contornar das situações! O prometer e não fazer .Haja alguém que seja autêntico e isso MFL É!
Votar de acordo com sondagens é totalmente incompatível com um comentário. Quem comenta julga que tem opinião, quem segue tendências eleitorais demite-se de a ter.
Seguir tendências de voto em sondagens revela o imobilismo que o nosso querido líder tanto condena. Esse seguidismo torna os governantes preguiçosos porque sem avaliação não há excelência!
O que se está a dizer de MFL na RTPN… acho interessante o acomodar da sociedade portuguesa às obras públicas… para muitos dos nossos jornalistas, criticar as obras do Estado é uma blasfémia… julgo que a iniciativa empresarial PRIVADA morreu no dia que Cavaco Silva deixou de ser primeiro-ministro… Mas essa já não interessa, a não ser que seja uma empresa ligada ao Governo/PS.
o André só pode estar a brincar… é exactamente o mesmo desapego com que ela lixou a vida aos portugueses quando foi ministra das finanças… o dinheiro não era dela…
e não se iludam, não é pelo facto do pinto de sousa ser uma nódoa que ela vai ser melhor… o que nasce torto dificilmente se endireita e ela não deu nenhum sinal de o ter feito… este ano voto na abstenção, ninguém me merece o esforço de me deslocar até à cabine de voto!
A RTP-1 está passar descaradamente propaganda do PS com Mário Soares . O PSD vai fazer alguma coisa? protestar?
Continuo sem saber como é que se obtêm aqueles resultados em sondagens de legislativas…
“I wonder…”
“Continuo sem saber como é que se obtêm aqueles resultados em sondagens de legislativas…”
Duvida da sondagem? A pergunta não é retórica, como é que seriam os resultados que pensa reflectem a verdade?
A 22:
Gostava apenas de perceber, nada mais. Não percebo como pode o PS manter-se com aqueles resultados, àquela distância do PSD, por exemplo. Apenas isso…
Uma quantidade enorme de pessoas que vivem daquilo que o Estado Socialista lhes dá: empregos, contratos por outro lado a escola e os media socialistas produzem uma data de meninos adoradores de Che & Co. Não sei como é que se pode esperar outra coisa.
A acreditar na sondagem e eu acredito o BE e o PCP, isto é a extrema esquerda, já têm mais de 20% com mais uns pozinhos da ala esquerda que está no PS: Soares & Co. Sócrates é capaz de ter sido o último dos Secretários gerais do PS centristas.
Para haver mudança só há uma solução: Limites ao confisco inscritos na Constituição, possibilidades de regionalizar a sério não fantochadas de mais Regiões Autónomas , arrasar o Ministério da Educação, entregar a RTP, CGD aos Portugueses, acabar com o 24 de Abril na Saúde e Educação. O resto é tudo conversa fiada.
Desapego ou jogada de marketing? Lembrem-se: estamos a falar de políticos.