São oito e meia da noite de domingo, dia de descanso para muitos portuenses e matosinhenses. Infelizmente, e com a aprovação da Câmara Municipal do Porto, um “Rodeo” no Parque da Cidade impede que se feche a semana em sossego. Podia pensar-se que um espectáculo desta natureza não perturbaria a vizinhança, mas nem a Queima das Fitas faz tanto ruído. Neste momento, toca música electrónica, que tem como som de fundo uma sirene estridente. Como se não bastasse, carros com tuning passeiam-se, com música funk e megafones, apelando à participação.
A falta de respeito que a CMP revela para com os munícipes do Porto e Matosinhos ao autorizar toda esta barulheira – e são dezenas de milhar os incomodados – é de bradar aos céus. Ainda vivemos numa sociedade onde se entende que há horas do dia em que se pode fazer barulho, perturbando o descanso dos outros.
“Ainda vivemos numa sociedade onde se entende que há horas do dia em que se pode fazer barulho, perturbando o descanso dos outros.”
Sinceramente, começo a ter dúvidas…
hahahahaha!
Também estava a ouvir os bardos digitais (ontem era “Jesus Cristo, eu estou aqui!” até à 1 da manhã). Uma explicação que lança um pouco de luz sobre o que se passa na cabeça do executivo municipal é o facto de os índices de construção de Matosinhos Sul contarem para o cálculo da indemnização a pagar pelos terrenos da IMOLOC (agora acho que os créditos estão na mão de uma empresa chamada Médio e Longo Prazo, que é um nome brilhante para uma empresa que está à espera que um tribunal português decida um processo de indemnização). Como esses índices de construção são altos e vão contribuir para levar a CMP à falência, o digno executivo desdobra-se em “iniciativas” para promover a desertificação da envolvente, seguida de demolição dos edifícios, para que nos últimos instantes do último recurso do processo, quando a indemnização voltar a ser calculada (na altura já Rui Rio cumpriu os dois mandatos como Primeiro-Ministro e está a candidatar-se à Presidência da República) previne-se a falência da CMP e ele volta a aparecer como o herói contra os interesses instalados.
Meia-noite e meia e ainda não se calaram. Vou buscar a espingarda…
Excelente post (se os factos relatados forem verdadeiros).
há que ser liberal.
se há malta que faz barulho, os que não fazem devem tentar que o seu silêncio seja mais forte e se sobreponha ao barulho.
eu sou pela economia de mercado, a venda de buzinas estimula a competitividade, quem dorme e descansa nada está a produzir para o país.
que mania dos liberais económicos andarem sempre a pedir um conservadorismo social, deixem o mercado funcionar, porra.