Escreve o RMD,
O RMD vê explicações minhas traduzidas em coisas que eu nunca disse, o que é realmente estranho, como se pode ver texto acima, ou então, neste, talvez porque, como já sabe tudo, não precisa nada de ler o que os outros escrevem. O que eu escrevi – e está aqui, para quem tiver paciência – é que, segundo a entidade de supervisão americana, as perdas decorrentes da falência vão ser suportados pelos accionistas e parcialmente pelos obrigacionistas. Podia ter sido diferente mas, no caso, parece que não é. Pode ainda embandeirar em arco (eu não disse em lado nenhum o que o RMD escreve aqui, é uma frase retirada do contexto do comunicado da SEC), mas ao que parece há já quem esteja interessado em adquirir unidades da Lehmans, permitindo viabilizar o processo de falência, e minimizar os danos. Reforço, quem o diz é a SEC. Escrevi ainda que a falência da AIG teria um impacto brutal na economia real (o que é uma banalidade, de tão repetida que foi esta ideia pelos analistas e comentadores). Agora; como o RMD fala como se já soubesse tudo, não precisando de ler o que os outros escrevem; como não estou com paciência para lhe dizer que não fica bem citar no ar o que os outros não escrevem, não fazendo um link para o conteúdo das afirmações para que elas possam ser escrutinadas; como já não tenho latim – e, sobretudo, paciência – para discutir taxas de juro com quem quer saber de nada do assunto, só quer mesmo mandar umas bocas, e mostrar que embora-marialva-conservador-é-malta-fixe-preocupado-com-os-coitadinhos-e-com-os-créditos-à-habitação-e-assim-dar-uma-de-socialista-fixe; da minha parte, deixo-o sossegado.
Com votos de boa sorte.
O Insurgente 