O nosso primeiro, por via do governo por ele presidido, prepara-se paulatinamente para deixar a sua marca geracional, construindo as fundações do novo ensino do futuro (via Blasfémias).
Não mais um pobre rapaz do interior terá que recorrer, a caminho do ambicionado e indispensável canudo, ao ensino politécnico e posteriormente ao ensino privado mais nebuloso e a expedientes menos claros para atingir o desejado desfecho. Entrará obviamente pela porta da frente da Faculdade que entrega o desejado canudo a que tem direito.
Não mais uma brilhante carreira política será agitada por inconvenientes e inoportunos esqueletos do passado, criados afinal por meras dificuldades administrativas. Ao homem novo bastará ter a consciência que sabe, livre de dependências desagradáveis de terceiros.
Nem precisará de saber o que é o mastoideu.
Já nada me surpreende.
Não me surpreende se as escolas facilitam a vida aos estudantes. Se por um lado há que pensar no “sucesso escolar” e nos “traumas psicológicos” associados às “retenções”, por outro há que pensar nas “economias de escala” e “logística” que se conseguem ao transitar mais alunos. E o que se passa no ensino secundário também acontece no ensino superior.
A culpa aqui é de todos: dos alunos por muitas vezes procurarem o caminho mais curto, dos pais por quererem os filhos bem sucedidos a qualquer custo (custo é uma palavra francamente interessante no vocabulario dos pais), dos professores por facilitarem a vida, e dos governantes por olharem primeiro para os números e depois para o resto.
…o desânimo é grande…