Não me é possível estar hoje no congresso que vai terminar com a votação das listas e o discurso final de Manuela Ferreira Leite. Vi muita conversa, alguma política, naquilo que foi um fim de semana morno, porque o líder do partido já foi eleito há várias semanas. Há algo, no entanto, que julgo ser demasiado importante para que se perca: A ideia que fazer política é mudar o estado de coisas. Que quem queira estar na política o faça por considerar serem necessárias reformas importantes na saúde, na educação no peso do estado e se devolva o poder aos cidadãos. Não se esqueça que a política só vale a pena se for um desafio. Um desafio para que se consigam resultados aparentemente difíceis, porque os fáceis podem se obtidos pelos fracos.
Há que ser ambicioso, porque sem ambição nada disto vale a pena. Sem ambição, sem inconformismo, o que resta é apenas a vaidade, os contactos e as trocas de informações. O passa a palavra. Porque o entusiasmo da política está em fazer a diferença, em marcar posição, argumentar, saber recuar quando preciso e avançar quando necessário. A política é uma arte: A arte do difícil. Fora isso pouco mais resta e sem isso pouco vale um político.
É esse um dos grandes dramas. Com a evolução tecnológica a maioria da política já não é e cada vez será menos necessária, até porque o aumentos de produtividade deveriam chegar aos Governos. Por isso é que cada vez mais entram estatistas e “do gooders” para os Partidos e Governos, ou apenas pessoas que estão á procura de emprego e têm de se transformar na máquina . As pessoas que pensam de maneira diferente e têm capacidade não vão para a política.