Os intolerantes em geral marcam as suas intervenções com um tom justicialista; sofrem, também, de um complexo de superioridade moral que faz com que sintam que podem utilizam expressões pouco próprias naquilo que deve ser um debate civilizado. Só hoje tive oportunidade de analisar com atenção as intervenções de Louçã no debate quinzenal, no Parlamento, onde o lider do Bloco de Esquerda nos brinda com os seus comentários e expressões, no mínimo, surpreendentes. Chamar mentiroso ao Primeiro Ministro, a reboque de um acontecimento sem grande relevância para a governação, como é o caso de uma acção partidária, trazer à colação, sem qualquer necessidade, não sei o quê sobre Fernanda Câncio (o debate não era sobre combustíveis?), dizer que o PM será recordado como o homem que tirou as sardinhas do menu do S. António, é de um nível mesmo muito rasteiro (aliás, a tentativa de aproveitamento político e condicionamento de José Sócrates, trazendo para o debate insinuações sobre Fernanda Câncio merecem as mesmas críticas que foram feitas aos responsáveis do PSD, com a gravidade que Louçã trouxe-as para o Parlamento).
Portugal, o Parlamento e a democracia dispensam políticos como Louçã, Fazenda e, já agora, Alberto Martins.
Quem não acredita que Sócrates mente aos Portugueses só pode estar cego e surdo.
Miguel,
Uma coisa é confrontar José Sócrates com as suas promessas, afirmaçõe e inconsistências. Outras coisa é a pouca vergonha que assistimos no Parlamento.
Infelizmente o BE converteu-se na consciência de Portugal, porque nos outros partidos não há ninguém capaz, nem um! Todos os outros já nos provaram a sua incapacidade mais que uma vez. Não defendo um retorno ao PREC, mas como emigrante que vai a Portugal uma vez por ano, sou obrigado a constatar que o dinheiro tão necessário para construir infrastruturas tão básicas como hospitais, escolas, centros de apoio à 3a idade, cuidados paleativos, etc. vão para a bolsa dos grandes gestores (sim, esses que defendem a contenção de salários) e que o Zé e a Maria continuam de mãos a abanar.
Entre Sócrates e Ferreira Leite prefiro uma integração na Iberia, pelo menos asim corria-se com todos os incompetentes e os Espanhóis punham ordem no nosso País. Veja-se como eles recuperaram e como as coisas funcionam bem do outro lado da fronteira! Que os nossos políticos e gestores se enxerguem de uma vez por todas e trabalhem para aquilo que foram eleitos em vez de trabalharem para si.