A direcção editorial da revista Atlântico decidiu suspender a sua publicação, depois de ter constatado a impossibilidade de garantir os investimentos em publicidade necessários. Apesar disso, devem todos aqueles que participaram neste projecto estar orgulhosos do que conseguimos fazer: uma revista independente, que se manteve durante três anos, saindo regularmente todos os meses, com uma tiragem e uma circulação que nenhuma revista de ideias tinha antes conseguido em Portugal. E se foi assim, tal deve-se em primeiro lugar a uma equipa de colaboradores dedicados e entusiastas, a quem agradecemos um empenho que nunca falhou. Convictos de que um projecto como o da Atlântico faz cada vez mais sentido, propõe-se a actual direcção editorial prosseguir todos os esforços para relançar a revista. Voltaremos.
A direcção editorial
Rui Ramos
João Marques de Almeida
Paulo Pinto Mascarenhas
“os investimentos em publicidade necessários”
Que expressão tão reveladora. Quer dizer que a publicidade comprada na Revista Atlântico não era na verdade uma publicidade real, feita com o objetivo de anagariar consumidores para os produtos publicitados, mas sim uma forma encapotada de subsidiar a Revista Atlântico. Quer isto dizer que uma série de empresas, possivelmente empresas detidas por muitos e variados aciionistas com muitas e variadas ideias políticas, gastavam o seu dinheiro a subsidiarem a Revista Atlântico através de falsa publicidade, através de publicidade paga a valores superiores aos de mercado, em vez de a subsidiarem através de meios diretos e transparentes ao escrutínio dos acionistas.
Estão a enganar o povo! Ainda bem que temo o Luís Lavoura para nos abrir os olhos.
O seu conceito de “falsa publicidade” merece constar na literatura académica.
“…através de publicidade paga a valores superiores aos de mercado, em vez de a subsidiarem através de meios diretos e transparentes ao escrutínio dos acionistas.”
Sim, porque como toda a gente sabe, os accionistas são todos parvos por definição, logo ao verem nas contas, publicidade paga acima do preço do mercado não percebiam o que estava acontecer.
Portanto exigiam em vez vez disso dar subsidios e pagar taxas autónomas de IRC em nome da transparência.
Bolas que é….
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Fora isso espero que a interrupção seja mesmo curta.
E que contratem muita publicidade “falsa” ou “verdadeira”, para o efeito tanto faz.
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