A culpa do que se segue, pertence por inteiro à querida chefe aL. Como encaro estas coisas das correntes com um rancor impossível de determinar, vou quebrar a tradição e não vou pedir a mais ninguém que o faça (também por vergonha de estar a incomodar), a não ser o Paulo Pinto Mascaranhas, o Luiz Carvalho e o João Caetano Dias. Mas como o protagonista aqui sou eu, confesso que as minhas leituras diárias têm sido (livros) infantis. O último -ontem- foi Vencer a Timidez de Núria Roca e ilustrações de Marta Fabrega, da editora Livros Horizonte e gostei muito. E antes, na noite anterior, contei A Verdadeira História do Pai Natal de Colette Seigue e Téo Puebla da Porto Editora, já mais banal. Está bom de ver que nenhum dos dois-nem ambos juntos-dariam metade das 161 páginas.
De vez em quando, quando tenho tempo, passo os sentidos e a atenção pelo livro A Duas Vozes de William Golding, edição do Diário de Notícias. Dele já li e até recomendei O Deus das Moscas, tal o gosto que lhe tomei… Mas como não há bela sem senão, vou na página 32 e a aL*, obriga-me a saltar até à última página (159), onde a quinta linha preenche assim o papel esbranquiçado:
…proferir oráculos e o jovem que se sentava no nicho de Ion tinha já deixado de interpretar os seus ruídos para o consultante, quando, dizia eu, esse vento mortífero soprou e joeirou a neve por derreter pela calçada fora, regressei ao oráculo, como era meu direito, e abri uma jamba na porta.
*Vais pagá-las…
oooh! devias ter publicado as imagens dos livros infantis!!
Vais pagá-las…
olha que muita coisa se pode esconder dentro de um expresso enrolado!!! ;)-
“olha que muita coisa se pode esconder dentro de um expresso enrolado”
Desde que seja boa, nem é preciso ser muita. 😛
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